Capítulo 22

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- Nathália Narrando -

Novembro chegou e esse ano eu decidi montar a árvore de natal, no último ano por causa da morte do Michel eu nem tive ânimo pra comemorar natal, eu e o Kauã fomos pra casa da minha sogra pra não deixa-la sozinha e ficamos lá junto com a Nanda e duas tias do Michel, por mim eu ficaria em casa sozinha mas eu sabia que se pra mim estava sendo bem difícil pra minha sogra estava sendo muito mais. Hoje quando deixei o Kauã na escola aproveitei pra ir na Vivian Festas da Barra e comprei a árvore e vários enfeites e comecei a montar quando o Kauã chegou da escola.

- Podemos fazer o natal aqui esse ano - falei chamando a atenção do Kauã - Nós chamamos suas avós e suas tias

- E o dindo vem um pouco aqui e os meninos também? - perguntou me olhando

- Como sempre foi - confirmei - O que você acha?

- Eu acho legal - falou sorrindo - Meu pai gostava do natal, principalmente das comidas

- Igual você - falei rindo e coloquei um enfeite na árvore

- Verdade - concordou rindo e colocou outro enfeite, eu peguei algumas fotos que eu tinha revelado no estilo polaroid e coloquei algumas "tags" pra conseguir pendurar na árvore

- Vamos colocar? - perguntei mostrando pra ele

- Vamos - falou animado e começamos a colocar

- Ficou linda - falei me levantando depois de um tempo - Gostou?

- Gostei - falou sorrindo - Vamos comprar sorvete?

- Sim - falei catando as coisas que tinha ficado pelo chão

Assim que chegamos no mercadinho ele logo pegar alguns doces e eu fui para a parte do freezer pra pegar o sorvete, na hora que eu me virei tomei um susto com o 2N parando me olhando.

- Ih, assombração - falei e ele ficou me olhando sério, eu fiquei encarando ele e percebi que ele estava com o rosto meio machucado

- Fica ligada, viu? Vai achando que eu vou deixar passar batido - falou e olhei em volta pra ter certeza que o Kauã não estava por perto

- Isso é uma ameaça? - perguntei séria - Fique você sabendo que eu não tenho medo de você

- Se eu fosse você teria - retrucou

- Teria o que, 2N? - tomei um susto com uma voz grossa e quando eu olhei era o Dg

- Nada não, chefe - 2N falou pro Dg mas sem tirar os olhos de mim

- Nada não? - perguntei debochada e olhei pro Dg - Ele estava me ameaçando

- Eu ouvi - Dg falou me olhando mas logo olhou pro 2N - Vai pra boca que eu já chego lá

- Se alguma coisa acontecer comigo você já sabe quem foi - falei assim que o 2N saiu

- Você tá bem? - perguntou me analisando

- Tô sim - falei olhando pra ele - Ele não fez nada e também não seria burro de fazer algo com um monte de gente por perto

- Eu vou resolver isso - falou e eu assenti

- Espero mesmo - falei sincera

- Qualquer coisa fala comigo - falou me olhando

- Ta bom - falei olhando pra ele

- Mãe - escutei a voz do Kauã e passei o olho pelo mercadinho

- Vou lá - falei me afastando e ele apenas acenou

Depois que eu saí do mercadinho fui pra casa da minha mãe, fiquei conversando com a Juliana e comendo o sorvete que eu tinha comprado. Estava sentada na sala com eles e minha mãe entrou na sala do nada e ficou me olhando.

- Que foi? - perguntei olhando pra ela

- Vem aqui - me chamou e levantei indo atrás dela - Vai pro banheiro, tira a roupa, entra no box e toma um banho

- Por que? - perguntei confusa

- Só vai, Nathália - falou e eu deixei o copo que eu estava tomando sorvete na pia

- Tô indo - falei indo pro banheiro e tirei as minhas roupas, fiz um coque no cabelo e tomei o banho, uns 15 minutos depois a minha mãe entrou no banheiro com um balde

- Já mandei as crianças pra rua pra dar uma aliviada nas energias da casa - falou me olhando

- Isso é sal grosso? - perguntei olhando pro balde cheio, minha mãe não tinha uma religião certa, ela sempre foi inclinada mais pra católica por causa da minha vó mas acredita e respeita todas

- Sim! Romã, eucalipto e alecrim - falou me olhando - Tô sentindo que você precisa de uma limpeza

- Tudo bem - falei e ela pegou o balde

- Mentaliza só as coisas boas e visualiza as coisas ruins indo embora - mandou

- Ok - falei e segui o que ela falou sentindo a água sendo despejada do meu pescoço pra baixo

- Agora vou preparar um banho de proteção, ele tirou todas as energias, tanto boas quanto ruim - falou me olhando - Já sabe, né?

- Tem que deixar o corpo secar sozinho - falei e ela assentiu

- Eu vou preparar um banho de ervas pra proteção pra você - falou abrindo a porta do banheiro

- Vai lá - falei e ela saiu

Nathália Onde histórias criam vida. Descubra agora