Capítulo 41

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- Nathália Narrando -

Sabe aquele beijo que te deixa toda mole e já pensando no que vem depois? É o beijo do Cuíca, um beijo instigante e a famosa pegada que desgrama.

- Chega - afastei o mesmo e suspirei

- Foi ruim? - perguntou e eu revirei os olhos fazendo ele soltar uma risada maliciosa

- O Kauã daqui a pouco desce e eu não quero que ele me veja nessa situação, entende? - falei e ele assentiu

- Me desculpa, Nat - falou me olhando e eu ajeitei o meu cabelo - Se tu se sentiu desrespeitada não foi essa a intenção

- Relaxa - falei indo até a geladeira e peguei uma garrafa de água - Somos dois adultos solteiros que fizeram o que sentiram vontade, né?

- Exatamente - falou e eu peguei um copo no armário, enchi o mesmo e bebi respirando fundo em seguida - Tá tudo bem?

- Sim - falei e bebi mais um pouco, eu estava parando uma adolescente excitada após a primeira pegação

- Cuíca - escutei a voz alta do Kauã e não demorou pro mesmo aparecer na cozinha

- Oi, carinha - Cuíca falou se virando pra ele

- Vamos jogar mais? - perguntou olhando pra ele

- Vamos - Cuíca confirmou

- Vem então - arrastou o Cuíca pra sala e eu coloquei as coisas na pia

- Tá fudida, Nathália - falei baixo batendo a mão na testa e me lembrando do beijo

O Kauã tinha dormido na minha mãe e eu aproveitei pra arrumar a casa bem cedo, no meio da tarde eu saí de casa pra ir na padaria e depois na minha mãe ficar um pouco lá e pegar o Kauã.

- Anda, menino! Segura essas coisas - escutei a voz de uma mulher falando e quando eu olhei era o Cuíca com a dona Cida, tia dele, na entrada da padaria

- Calma, tia - falou pegando as bolsas e eu terminei de pegar as minhas coisas na prateleira - A senhora pode não falar comigo assim? Se nego ouve pega mal pra mim - eles entraram na padaria mas tinham me visto ainda

- E eu com isso? Sou sua tia e você me obedece, fim de papo - falou e eu segurei uma risada

- Você é fogo - negou com a cabeça e eu fui levar as coisas pra dona da padaria

- Oi, Nat - dona Cida falou assim que me viu e o Cuíca arregalou os olhos

- Oi, dona Cida - sorri olhando de lado pra mesma

- Cadê o pequeno? - perguntou sorrindo, todo mundo no morro gostava do Kauã, sem falar que ele era bem simpático e conversava com todo mundo

- Tá na minha mãe - falei olhando pra ela

- Aproveita enquanto tá pequeno, depois cresce e acha que não pode mais brigar - falou olhando pro sobrinho

- Tia - Cuíca repreendeu

- Briga mesmo, dona Cida - falei e peguei as coisas quando a dona da padaria me chamou, eu tinha pedido o pão assim que eu entrei

- Não dá força - Cuíca falou e a tia deu um cutucão nele

- Coloca na linha - falei brincando pra dona Cida

- Vou mesmo - falou rindo e eu estava segurando uma risada da cara envergonhada dele

- Tchau - acenei pra eles e saí rindo

Como eu estava com preguiça peguei um moto táxi e cheguei rapidinho na casa da minha mãe. Deixei as coisas na cozinha e fui pra sala aonde a Gabi e a Ju tentavam fazer alguma coisa.

Nathália Onde histórias criam vida. Descubra agora