Capítulo 27

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- Nathália Narrando -

Depois que o Cuíca voltou eu saí do banheiro e ele ajudou o Dg a trocar de roupa, eles saíram do banheiro e eu dei um remédio pro Dg, ele tomou e sentou no sofá.

- Tá melhor, irmão? - Cuíca perguntou pra ele

- Só meio enjoado - falou fechando os olhos

- Agora não vomita mais - falei olhando pra ele

- Menos mal - Cuíca falou fazendo careta

- Ele dormiu - falei baixo pro Cuíca

- Eu preciso ir na boca resolver algumas coisas e avisar que ele não vai aparecer por lá - falou e eu assenti

- Vou fazer algo pra ele comer - falei olhando pra ele

- Depois eu venho rebocar ele - falou e eu ri baixo

- Ta bom - falei e assim que ele saiu eu fui pra cozinha

Fui pra cozinha e resolvi fazer uma sopa pro Dg comer, pelo menos foi isso que eu fiz pro Michel uma vez que ele ficou chapado e adiantou. Quando ficou tudo pronto eu coloquei no prato e fiz um suco de laranja, peguei as coisas e fui pra sala, ele estava sentado no sofá e com as mãos na cabeça.

- Não sabia que você era tão burro - falei entregando o prato com sopa pra ele - Tem nem idade mais pra isso

- Como é? - perguntou sem entender

- Você se drogando, se não fosse o doido do seu amigo ia tá jogado na rua - falei olhando pra ele

- Aconteceu umas paradas e eu fiquei fora de mim - falou e comeu um pouco

- E o que faz uma pessoa se drogar desse jeito? - perguntei e ele ficou quieto - Cara, você usou pó, você já usava antes?

- Não - negou com a cabeça

- Então não usa mais, já viu o estado que você fica - falei olhando pra ele

- A minha mãe sofreu um avc - falou e eu olhei surpresa pra ele

- Ela - estava falando mas fiquei quieta

- Se morreu? Não - negou com a cabeça

- Ela precisa de você bem e não drogado, sabia? - falei calma

- Eu surtei porque eu não sabia o que fazer - falou e eu assenti - Eu não posso nem ir visitar, só sei o que a enfermeira dela me conta

- Como não pode? Não sabia que você era procurado pela polícia - falei confusa

- E eu não sou - falei simples - Mas sei que a minha cabeça tá a prêmio

- Ela tá internada aonde? - perguntei olhando pra ele

- Copa D'Or - falou baixo e voltou a comer

- Eu posso ir lá se você quiser - falei e ele me olhou - Eu sei que não temos nenhuma intimidade mas eu iria pirar se a minha mãe ficasse internada e eu não pudesse fazer nada

- Você faria isso? - perguntou surpreso

- Faria - confirmei - Se quiser só falar

- Eu quero sim - falou rápido - A minha coroa é tudo que eu tenho nessa vida

- Depois combinamos então - falei e ele balançou a cabeça concordando

- Obrigado por ter me ajudado - falou e eu sorri sem graça - Nem me conhece direito e ajudou muito mais que muito conhecido

- É, eu não conheço direito - concordei - Mas eu não conseguiria deixar ninguém naquela situação

- Tem coração bom então - falou e eu ri baixo

Nathália Onde histórias criam vida. Descubra agora