Capítulo 35

7.3K 477 12
                                    

- Nathália Narrando -

Eu fiquei duas semanas no asfalto, eles tinham retomado a parte de cima do morro há 1 semana mas o Rael pediu pra eu esperar mais um pouco, pra evitar de ter um imprevisto. Assim que eu cheguei em casa fiz uma faxina e desisti de lavar o quintal quando começou a chuviscar. Fui com o Kauã pra casa da minha sogra que também tinha voltado e quando nós chegamos tinha algumas pessoas lá.

- Que cara é essa, garota? - perguntei pra uma prima do Michel quando a minha sogra e a tia foram pra cozinha com o Kauã

- O nome disso é chifre - Nanda falou rindo

- Mentira - falei olhando pra ela

- Acredita que o Diego comeu a piranha da Marcelle? - falou se referindo ao marido, provável ex, e a amiga dela

- Ele, o Jefferson, o Matheus e vários outros aqui - falei apontando

- Até eu comi - um tio avô do Michel falou e todo mundo riu

- Não, tio Doni - falei rindo - Você banca e todo mundo come, menos você

- Comi sim - insistiu e neguei com a cabeça

- Vamos voltar ao foco que ele me traiu? - Renata bateu palma

- E daí, amada? Você traía o cara á beça e deu sorte dele não descobrir - falei e ela revirou os olhos - O mundo só deu voltas

- A Marcelle ainda mostrou pra ele as fotos que a burra tinha na cama com outro cara - Nanda contou

- Ele só queria um motivo pra ir embora então, porque mesmo ele não sendo do movimento aposto que você ia se lascar com ele - falei e um primo do Michel encheu um copo com cerveja pra mim - Valeu, Jefferson

- Mas precisava ser com a menina que eu colocava dentro da minha casa? - perguntou irritada

- Tudo que fazemos, seja bom ou ruim volta pra gente e em dobro, gata - pisquei pra ela e bebi um pouco

- Agora para de drama e bebe - Nanda falou sem paciência

- Todo mudo pode sofrer pelo chifre e eu não? - perguntou debochada

- Não quando você só recebeu um troco - falei simples

- Chatas - reclamou e eu ri

- Dg Narrando -

Eu estava na calçada da boca batendo um papo com os caras quando a novinha que o Menor vive de conversa passou e ele chamou, o tempo inteiro mandando maior letra pra ela mas eu sabia muito bem o que ele queria.

- De novo, Juliana? - escutei a voz do Rael e quando olhei ele estava na entrada da boca

- Rael - falou surpresa e antes que ela tivesse chance de falar algo ele assoviou quando o Neguinho passou de moto

- Leva ela na irmã dela - falou sério pro Rael

- Não precisa disso - ela negou com a cabeça

- Anda logo - Rael falou irritado

- Bora, Juliana - Neguinho falou sério e ela resmungou mas subiu na moto, ele arrancou na hora

- Ela não falou que era sua mulher - Menor falou quando ele se aproximou

- E não é - Rael falou sério - Se afasta dela pra não termos problema, eu vou resolver do lado de lá e eu espero que você mantenha esse piru dentro das calças

- Ela é sua filha? - perguntei já que ela parecia ser bem novinha

- Não, é como se fosse uma sobrinha - falou me olhando - Espero não ter essa conversa contigo de novo - falou olhando pro Menor

Nathália Onde histórias criam vida. Descubra agora