Capítulo 74

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- Cuíca Narrando -

A Nat tinha me chamado pra um almoço na casa da vó dela hoje, eu até pensei em recusar mas eu sabia que ela iria ficar chateada e nem motivos pra recusar eu tinha, só a minha vergonha mesmo. Quando eu saí da boca fui direto pra casa e me arrumei, assim que eu fiquei pronto parti pra casa da Nathália, apertei a campainha e não demorou pra ela atender.

- Os faces de fofoca tão demais - falou assim que abriu o portão

- Você postou ontem - falei entrando - E eles amam falar da vida dos outros

- Gente desocupada - resmungou e eu entrei atrás dela

- Cadê o carinha? - perguntei olhando pra ela

- Tá descendo já - falou e eu assenti

- Tá linda - dei um selinho nela e ela sorriu

- Nem pareço que tenho filho, né? - falou e eu alisei a perna dela

- Não mesmo - falei sincera

- Ótimo - riu baixo se levantando

- Eles não vão achar ruim? - perguntei receoso

- Não tem que achar nada - falou me olhando

- Não é assim - falei e ela revirou os olhos

- Éverton, eu tô com você e todo já sabe, né? - falou séria - Não tem criança aqui pra ficar esperando tempo de namoro pra levar pra família conhecer

- Tá certo - concordei e o Kauã desceu

- Bora - falou e a Nat pegou a chave na mesinha

Quando chegamos na vó dela não tinha muitas pessoas mas a mesma avisou que o povo ainda ia chegar. Acenei com a cabeça pra alguns primos dela que estavam no quintal e entrei na casa com ela.

- Oi, velha - falou quando entramos na cozinha

- Seu rabo - a senhora falou e a Nat riu

- Esse é o meu namorado - apontou pra mim

- Ah, o pandeiro - a senhora falou e a Nat negou com a cabeça

- Cuíca, vó - corrigiu - Mas na verdade o nome dele é Éverton

- Éverton - a senhora falou me olhando

- Muito prazer, dona Sônia - estendi a mão mas ela me abraçou

- Gostei de você - me soltou - Parece ser uma bolsa pessoa

- Ele é sim, vó - Nat confirmou sorrindo

- Agora peguem uma cerveja pra mim, vou morrer seca se depender dos seus primos - dona Sônia falou e a Nat riu

- Vamos - Nat me chamou e saímos da cozinha - Primo novo? - um rapaz que estava chegando perguntou

- Sim, tratem com carinho - Nat alertou

- Tiro, porrada e bomba - brincou e a Nat deu um tapa na cabeça dele - Ela é esquentada

- É sim - concordei - Bravinha

- Depois você doma ela - o cara falou rindo

- Tô nessa missão aí - brinquei

- Mais fácil o contrário - Nat retrucou e nós rimos

- Shiu - falei fazendo sinal - Não explana

- Pode deixar - riu - Vou pegar cerveja

- Tá - falei e ela foi até um isopor, pegou duas latas, pegou um copo na mesa que tinha ali no quintal e se aproximou

Nathália Onde histórias criam vida. Descubra agora