Capítulo 110

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Hoje era o aniversário do Kauã e como todo aniversário dele eu acordei bem cedo e já comecei a ajeitar as coisas do café da manhã com tudo que ele mais gostava. Terminei de arrumar a mesa e escutei um barulho, não demorou muito e ele entrou na cozinha.

- Meus parabéns - sorri e dei um abraço apertado nele

- Valeu, mãe - falou sorrindo e eu beijei a bochecha dele

- Que você tenha muito juízo, viu? E não faça igual - falei e ele me olhou confuso

- E o que você fez? - perguntou tentando entender

- Fiz um filho meses após os 15 anos - falei simples e ele soltou uma gargalhada

- Pode certeza que eu não vou fazer - falou rindo e pegou a jarra de suco

- Fico mais tranquila - falei rindo e cortei um pedaço de bolo

- Corta pra mim também - pediu e eu cortei outro pedaço

- Vontade de desligar esse telefone - falou e mexeu rapidamente

- Por que? - perguntei e comi um pedaço do bolo

- Entrando um monte de mensagem - falou me olhando

- Coisas de aniversário - falei dando de ombros

- Chatura - reclamou e eu ri baixo

- Come, garoto - falei e ele começou a comer

- Qual a nossa programação? - perguntei e ele me olhou

- Piscina, almoço e sessão de filmes e séries com muitos chocolates - contou nos dedos - Por enquanto só

- Gostei - falei sorrindo

O nosso dia foi exatamente do jeito que ele falou, depois do café da manhã ele falou por chamada de vídeo com as tias e as avós, sem falar nos meninos lá do morro e os amigos dele, por mais que elas quisessem passar o dia com ele e até comemorar super respeitavam a decisão dele. Lá pelas 19:00 ele subiu pra pegar o carregador e a campainha tocou, eu tinha encomendado um bolo e alguns docinhos pra comemorar mas ele não sabia de nada. Paguei a menina e fui pra cozinha, coloquei tudo na mesa e não demorou pra eu escutar ele me chamando.

- Mãe, cadê você? - perguntou alto

- Na cozinha - falei no mesmo tom

- Caramba - falou assustado quando entrou

- Surpresa - falei baixo - Nao resisti

- Eu tô surpreso, muito surpreso - falou me olhando

- Fiz de algo que você gosta - me referi ao tema - Poderia fazer do Flamengo mas seria repetido

- Mãe - tentou falar e eu não deixei

- Eu sei que você não quer comemorar e eu entendo mas um bolo não pode faltar, se não quiser não precisa comer - falei e ele revirou os olhos

- E eu vou deixar você comer o bolo sozinha? Ta bom - debochou roubando um docinho

- Posso? - apontei pra vela e o fósforo

- Pode, vai - falou depois de um tempo e eu sorri

- Assopra e faz um pedi - falei depois que eu acendi e ele fez o que eu falei

- Eu pedi - começou a falar mas eu fiz sinal de silêncio

- Não pode falar, senão não realiza - falei e ele riu

- Ta bom - falou pegando outro docinho

- Bolo que a Nath comprou -

- Bolo que a Nath comprou -

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Nathália Onde histórias criam vida. Descubra agora