capitulo 3

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Não temos controle , o tempo é ligeiro, na estrada da vida somos passageiros.
 
A equipe médica corria contra o tempo para salva a vida de Yaman. Estava desacordado perdendo sangue, com uma bala cravada em seu peito, não tinham certeza ainda onde a bala tinha atingido. Só se ouvia no centro cirúrgico o barulho do monitor cardíaco e da máquina de oxigenação, era uma cirurgia muito  delicado. A cirurgia  durou 4 horas de muito trabalho duro e correndo contra o tempo.

Nedin aguardava por notícias de Yaman, estava completamente perdido, pois sabia que Yaman estava a procura de Seher e Yusuf. No momento Yaman estava baleado Sehe e Yusuf sumidos.
 
Yaman em seu subconsciente,  caminha em uma estrada escura - vestia uma camisa branca - e ao final dessa estrada via Seher com um vestido branco indo embora. Quanto mais caminhava, mais Seher se afastava, em certo momento Yaman parou e ficou vendo Seher ir embora.
 
O monitor cardíaco começou a aptar Yaman estava tendo uma parada cardíaca.
- O desfilibrador a 180. – O médico pediu.
 
Com o desfilibrador a equipe médica corria contra o tempo tentando salva a vida do seu paciente, a cada movimento do aparelho o corpo de Yaman levantava na cama. Uma lágrima correu no canto dos seus olhos. Tinha chegado ao fim, estava morrendo, seu passado escuro de dor e sofrimento estava acabando ali nesse instante.

- Aumente a voltagem 220. -ordenou o médico.

Assim que a enfermeira tentou novamente com desfilibrador o coração voltou a bater. Fazendo uma nova corrida contra o tempo para terminar a cirurgia.
 
Após, mais de 4 horas de cirurgia e contra tempos, Yaman foi mandado para a terapia intensiva em uma ala específica do hospital para os casos mas graves. Aonde seria monitorado a cada instante por uma equipe médica. Não se tinha certeza quanto tempo demoraria sua recuperação. Pois havia poucos dias que tinha sofrido um incidente que perdera muito sangue e ainda estava se recuperando.
As próximas 24 horas seriam vitais entre a vida e a morte de Yaman.
 
 
O Comissário Ali comandava as equipes de buscas a Seher, pedindo maior cuidado por causa de Yusuf que a poucos dias havia passado pelo trauma de um sequestro, agora estava passando por essa situação. Ali se preocupava com o menino e estava sem acreditar no que tinha acontecido. Caminhava entrando floresta a dentro a procura . Estava correndo contra o tempo logo anoiteceria e a região que estavam era de caça noturna, uma área bem perigosa a noite.
- Deus me ajude encontra os dois. -Ali pediu.
 
Conforme caminhava ouviu a voz de Yusuf, caminhou até onde vinha a voz. Encontrou o menino observando borboletas e próximo a ele, Seher sentada com olhar perdido. Seus olhos inchados de tanto chorar. O Comissário guardou sua arma e fez sinal para Kara o seguir.

- Olha tia. – o menino apontou para Ali – O tio Ali.

Ali caminhou em direção ao menino, pegando-o no colo.

- Pasha viemos buscar vocês. – Ali conversou com menino.

- Meu tio que me chama assim. -Yusuf sorriu – Tio Ali, você também pode me chamar.

- Seher precisamos conversa - Ali se dirigiu a Seher – Primeiro, sairemos daqui.
 
Na caminhada de volta, Kara observava Seher com Ali carregando Yusuf . Assim que se aproximavam da viatura , pediu a Yusuf que seguisse com Kara para conversa com Seher em particular.
 
- Seher,  infelizmente tenho um mandado de prisão para você.  - Seher permanecia de cabeça baixa – Por tentativa de assassinato. Kirimli nesse momento está no hospital
- Yusuf? – a única coisa que conseguiu pronunciar por entre o choro.

- Yusuf … não contaremos nada a ele. – Ali suspirou – Yusuf irá em custódia com serviço social, até essa situação  seja esclarecida. Não vou te algemar, mas te peço que colabore.
Seher entrou no carro com Yusuf ao seu lado, as lágrimas caiam. Yusuf mesmo sem entender o que estava acontecendo passou a mão no rosto da tia tentando secar.

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