capitulo 43

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Nota: obrigada pelo carinho cada voto e comentários. Tive sugestão de uma leitora de fazer 2 temporada da espelho meu. Mas quero que vocês me digam se é sobre yaman e seher , Halit e Nihan ou só Halit e Nihan que vocês querem?

 
Halit aguardava Leyla voltar, ansioso, andava de um lado para o outro.
Leyla, logo que chegou na sala se sentou cansada. Halit a encarava.
- Mãe! Ela assinou?- indagou.
Leyla o fitou por um longo tempo, se decidindo se usaria as palavras de Nihan ou falaria de outra forma. Suspirou.
- Mãe, fala logo. – Halit gesticulava nervoso.
- Ela não assinou, e mandou falar que se você foi homem suficiente para assinar os papéis do casamento… – Leyla hesitou em terminar de dizer as palavras de Nihan, mas proseguiu – Seria homem suficiente para fazê-la assinar o divórcio.
- Por que ela tem que dificultar as coisas? – Halit levou as mãos a cabeça.
- Vou para meu quarto. – Leyla se levantou – Quando estiver disposto à ouvir a verdade, me procure. – ia se afastando.
- Que verdade?- Questionou a mãe.
- Que você a ama. E agiu errado. – Leyla disse se afastando.
Halit continuou sua caminhada de um lado para o outro, pensativo.
“ Apenas quero acabar de uma vez! Evitar nos machucamos mais. Ela já fez a escolha dela!” Halit estava convicto que Nihan queria terminar com o casamento.
 
 
 
Nos últimos dias Seher mal lhe dirigia a palavra, somente o necessário e relacionado as crianças. Yaman se mantinha em silêncio, enquanto seu coração estava sendo dilacerado, por não poder abraçar e confortar sua esposa.
Cada vez que via Hayat, seu coração se enchia de esperanças, ela já reconhecia sua voz. Com sua mãozinha, segurava fortemente o polegar do pai.
Durante a noite era uma tortura para Yaman, escutava Seher chorando até adormecer, compreendia que a forma que a esposa reagia era para aliviar a dor que sentia. Ele, muitas vezes reagira da mesma forma, mas agora entendia que não era se isolando que resolveria as coisas, ao mesmo tempo não sabia como ajudar sua amada.
 
 
 
Halit quase não comeu durante o jantar pensativo. Leyla se afastou, se sentando na sala e tomando café calmamente até Halit tomar a decisão de ouvir a mãe.
- Estou disposto a ouvir, mãe. – se sentou e abaixou a cabeça esperando a mãe falar.
- Halit, você ama a Nihan, isso eu tenho certeza. – Leyla sorriu – Mas você é tão teimoso quanto ela é orgulhosa.
 
Halit encarou a mãe espantado.
- Porém, você agiu mal com ela, meu filho...– Leyla colocou a xícara na mesinha – Dando ouvidos ao Alif, e casando da forma que vocês casaram.
- Sei que errei. – engoliu em seco- Eu tenho medo de perdê-la, mãe.
- Mas agindo da forma que você agiu é que vai perdê-la.- Disse o encarando séria.
- Eu sei...- suspirou.
- Por mais decidida e determinada… nós, mulheres, meu filho, somos sensíveis...- suspirou esperançosa – Uma mulher espera 1 pedido de casamento tradicional com declaração, nem o menos você comprou um par de alianças. – Leyla gesticulou com as mãos mostrando seu desagrado com filho.
- Me esqueci disso. – coçou a cabeça sem graça. - Pensei apenas no colar e no anel.
 
- A aliança de casamento simboliza firmamento do compromisso de amor e lealdade. – encarou o filho – O amor… você tem, porém, foi desleal com a Nihan… provavelmente, usou de um momento de fraqueza dela… - acrescentou astuta.
 
- Como faço para corrigir meu erro? – perguntou a mãe, esperando uma solução.
- Primeiro lugar, compre uma par de aliança, segundo deixe seu orgulho de lado e peça perdão e admita que errou, terceiro vá até ela e faça uma declaração de amor. – Leyla respirou fundo, pensativa que nessa declaração Halit poderia fazer besteira – E vá até os pais dela e peça desculpas pela forma que agiu, se a Nihan fosse minha filha te dava uns cascudos. – Leyla falou sorrindo.
Halit sorriu encabulado.
- E tem mais uma coisa. – Leyla sorriu antes de falar- E o quarto, é mais importante de tudo. SEU Halit, eu quero um neto.
Halit engoliu em seco, só balançou a cabeça.
- Quero ter essa alegria antes de morrer. – gargalhou enquanto falava.
Halit levantou beijou a testa da mãe e saiu sorrindo.
Quando Halit já tinha saído, Hana se aproximou da patroa sorrindo.
- A senhora contou a ela a suspeita? – perguntou a moça, curiosa.
 
- Não.  -Leyla sorriu – Deixa os dois se acertarem pelos motivos certos. – fitou a moça – Vai que a minha suspeita e da Ferya, está errada? – Questionou a moça
Que assentiu sem jeito.
- Vai que esses mal está dela, não passe de saudades desse cabeçudo do meu filho.- Leyla sorriu.
 
 
Yaman saiu bem cedo para ir ao hospital, estava com uma sensação estranha que nem conseguiu pregar os olhos durante a noite.
Várias vezes foi até o quarto dos trigêmeos, Ayla e Arif dormiam tranquilamente com suas barriguinhas cheias. Inúmeras vezes passou as mãos pelas grades do berço de Hayat imaginando-a ali, com os irmãos.
Seu coração acelerou ao olhar pelo vidro e ver o berço da UTI neo Natal vazio, sua filha não estava ali.
“ Não Deus, por favor, não!” Se desesperou.
- Senhor kirimli, a pediatra quer lhe ver. – disse a enfermeira.
Yaman assentiu a seguindo até um quarto.
A respiração de Yaman ficou pesada, seu coração acelerou.
“ Seher não vai suportar!” se preocupou com a esposa.
- Doutora, o senhor kirimli. – informou a enfermeira.
A pediatra assentiu e continuou de costas.
- Senhor kirimli. – parou de falar, pegando a algo na maleta.
- Doutora, fale logo. – pediu desesperado. - O quê aconteceu com minha filha?
Tentou se preparar para a péssima notícia que iria receber.
 
- Se acalme, Senhor kirimli.- pediu a médica.
A médica se virou, segurando Hayat nos braços, fazendo Yaman respirar aliviado ao ver a menina. A pediatra lhe entregou a menina, contemplou o rostinho adormecido da filha, que lhe passava tranquilamente.
- Darei alta a Hayat. – a médica sorriu, vendo o semblante de Yaman aliviado e emocionado – Porém, terá que seguir a risca algumas recomendações.
Yaman assentiu, seus olhos estava fixos em Hayat. Era a primeira vez que segurava a filha nos braços, a sensação era totalmente diferente de segurar os outros filhos, era como alívio, uma imensa alegria. Beijou a testa da filha e sorriu.
A médica passou todas as orientações que deveria seguir a risca. Ouviu atentamente cada uma.
 
 
 
Seher entrou em desespero, ao saber por cenger que Yaman havia saído cedo.
Seu coração se desesperou, pensando em Hayat. Desceu as escadas apressadamente.
- Adalet, por favor, cuide das criança para mim – disse desesperada – Eu preciso ir no hospital. Aconteceu alguma coisa com Hayat e ele está me escondendo. – esbaforida caminhava em direção a porta.
 
 
Yaman encostou o carro olhou para trás sorriu ao ver Hayat acordada. Desceu do carro a pegou em seus braços . Cenger, prontamente abriu a porta.
- Agora, minha princesinha, vamos ver sua mãe. – disse a  menina, com voz rouca de emoção.
 
Seher ficou paralisada ao ver Yaman entrando e segurando a filha nos braços. Yaman entregou-a, em seus braços com um lindo sorriso.
Lágrimas caiam pelo rosto de Seher, beijou a testa da filha, abraçando-a com carinho e emoção.
- Graças a Deus. – Adalet levantou as mãos, agradecendo a Deus ao ver a pequena.
Yaman apenas contemplou, vendo sua esposa segurando a filha, levantou seu rosto lhe dando o sorriso que tanto amava ver da esposa.
 - Obrigada . – agradeceu
Yaman puxou a esposa para um abraço, aninhando sua cabeça em seu peito. A pequena Hayat, estava em casa.
 
 
Nihan assim que soube que Hayat estava em casa, foi visitar a amiga.
Sorriu ao ver a pequena, Seher colocou  a menina no colo de Nihan, e ficou observando-a enquanto ela contava os últimos acontecimentos e o pedido de divórcio.
- Nihan, as vezes para sermos felizes temos que deixar o orgulho de lado. – Seher falava calmamente, enquanto amamentava Arif o menino agitava a mãozinha – Se não tivesse perdoado Yaman e deixado de lado meu orgulho.. – suspirou pensativa – Hoje não teria os meus filhos.
 
- Mas ele é muito arrogante. - tentava se defender.
 
- Yaman não era nada fácil também. – Seher balançou a cabeça, se lembrando – Era um grosso, arrogante… as vezes até violento, hoje é um excelente marido e pai.
 
Yaman estava atrás da porta entreaberta, ouvindo a conversa das duas amigas.
 
-Se você não admitir que o ama, os dois vão  sofrer e se separar. – Seher a fitou segurando sua mão . – Se dê a oportunidade de serem felizes juntos.
- Ele me enganou. – Nihan estava ofendida.
 
-Vocês dois, precisam de uma boa conversa. – disse tranquilamente-  Todos nós cometemos erros e temos direito de mudar e sermos felizes, basta querermos.
Nihan beijou a testinha de Hayat antes de colocá-la no berço.
 
- Amor da titia, seja cheia de vida igual a titia. – Nihan disse, colocando-a no berço e sorrindo.
 
“ Não, pelo amor de Deus, minha filha! Seja igual a sua mãe, pura e recatada!"  Yaman pensou.
Ao perceber que as duas iam para a porta, Yaman se afastou, para não ser pego as ouvindo.
 
 
Assim, que as duas desceram as escadas, Yaman foi para o quarto dos filhos e ficou parado na porta ao ouvir a voz de Yusuf.
Yusuf estava olhando os bebês no berço. Parou em frente ao berço de Hayat e ficou olhando, pensativo.
- Oi – Yusuf disse, sorrindo – Você é diferente de Arif e Ayla. 
Yaman estava atento às atitudes de Yusuf. Hayat observava Yusuf e agitava os bracinhos.
- Você deve ser a Hayat. – sorriu, acariciando a cabeça da bebê- Eu sou Yusuf, seu irmão mais velho.
 
O menino olhou os bebês a sua volta, curioso.
- Bem vindos morar com a gente. – Yaman sorriu com a atitude de Yusuf. – Aqui com a gente, mora o irmão Cenger que brinca comigo e vai brincar com vocês, a irmã Adalet que faz uma comida deliciosa, tem tio Ziya que gosta de cuidar das plantas, ele casou com a tia Eda, que é boazinha e brinca comigo. Tio Ziya era casado com a tia Ikbal, eu tinha medo dela. Eu vi ela e minha mãe brigarem e tia Ikbal empurrou a minha mãe. – Yusuf fungou triste – Depois que minha mãe morreu, a minha tia, mãe de vocês veio morar com a gente. Ela faz meus biscoitos preferidos, e meu tio, pai de vocês sempre cuidou de mim e me protegeu, me livrou dos homens maus.
 
Yaman ficou orgulhoso ao ouvir as palavras de Yusuf, porém, mais uma vez o problema batia a porta. Como que contaria a Seher, que Yusuf viu a mãe ser morta por Ikbal.
- Eu sempre estarei aqui para proteger você,  pasha. – Yaman disse se aproximando do menino – E você me ajudará proteger seus irmãos? – perguntou enquanto afagava os cabelos do menino.
Yusuf balançou a cabeça afirmando .
 
 
Nihan estava sentada na sala de pernas cruzadas, olhando para o teto. Lembrando das palavras de Seher.
Hanife se aproximou, lhe chamando atenção.
- Senhorita Nihan, tem uma pessoa que quer lhe ver. – disse a moça sorridente.
- Mande entrar. – disse suspirando desanimada.
- A pessoa pediu se a senhorita pode ir lá fora. – a moça disse se afastando.
- Quem quer ver a Nihan? – Ferya indagou a moça.
- O promotor, senhora. – informou a moça.
Aslan e Ferya se entreolharam levantando os dois juntos, e indo atrás.
Preocupados com o que iria acontecer e ficaram observando da porta.
 
 
 
Halit esperava ansioso por Nihan, segurando o boque de rosas, suas mãos suavam devido o nervosismo, contemplou a piscina sorridente.
Nihan ao ver o que estava acontecendo, mudou a expressão do seu rosto, ficando séria. Halit engoliu em seco vê-la se aproximando. Nihan começou olhar em volta. No chão, próximo a piscina várias pétalas de rosas laranjas espalhadas, ele segurava um busque de rosas laranja, espalhados nos 4 cantos da piscina balões vermelhos em formato de coração, sobre a água da piscina pétalas de rosas cobriam escrevendo Nihan Te amo.
Halit se ajoelhou a encarando, seus olhos brilharam. Estendeu as rosas em sua direção, ela pegou, sem tirar os olhos um do outro.
- Você é especial como essas rosas. – engoliu em seco,  tomando coragem. – Trouxe a minha vida, alegria, energia e vivacidade. – o nervosismo de Halit era visível, sua testa estava suada – Quando te vi pela primeira vez me apaixonei. Te desafiei, para ter você perto de mim.
Nihan suspirou, ouvindo as palavras de Halit, pela primeira vez deu um sorriso tímido.
- E vi a mulher inteligente e competente, no início me assustei com que sentia por você. -  Halit sorriu – Minha vida era só pensar em trabalho e me dedicar ao meu trabalho, até que conheci você. Ali, minha vida mudou. Eu sei que errei com você e te peço perdão . Eu não consigo viver sem você.– perguntou sem esperar resposta – Por que te amo, e vou lutar até o fim para ter você ao meu lado.– se levantou pegou uma caixa de veludo vermelho, a abriu aonde estava duas alianças-  Mas, quer ser a minha esposa de verdade e a mãe dos meus filhos?
Nihan se virou, fazendo menção de se afastar, dando alguns passos. Halit suspirou, decepcionado.
Nihan parou e olhou para o chão, suspirou. Virou os calcanhares, o encarou sorriu e correu para os braços de Halit agarrando no seu pescoço, com impacto os dois caíram dentro da piscina espalhando as pétalas.
Halit a beijou enquanto caiam.
 
 
Seher ficou pensativa na conversa que tinha tido com Nihan. Enquanto, ela mesma precisava pedir desculpas a Yaman, como havia agido com ele nos últimos dias.
Andou durante um bom tempo tomando coragem de falar com o marido. Olhou os três bebês dormindo, suspirou e saiu decidida ao encontrar com Cenger pelo caminho, pediu para observar o sono das crianças.
 
Yaman estava concentrado em preparar as coisas para mudança assim que Hayat estivesse bem. Estava procurando algumas casas em Antep, uma boa escola para Yusuf.
 
Seher entrou trancando a porta, chamando atenção de Yaman, que a olhou sem entender.
- Precisamos conversar. – disse caminhando em sua direção.
- As crianças?- indagou preocupado – Hayat não pode ficar sozinha. – se levantou caminhando para a porta.
 
- Cenger está com eles. – Seher disse, entrando na frente do marido.
 
- Yusuf? – perguntou preocupado.
 
- Com irmão Ziya e Eda. – o encarou – Me desculpe pela forma que agi com você.
 
- Não precisa me pedir desculpas. – suspirou a abraçando - Compreendi que era por causa do desespero que estava sentindo por Hayat.
 
- Eu errei com você, me perdoa. – seus olhos brilhavam de encontro o do marido que assentiu.
Seher puxou Yaman até o quarto.
- Vamos aproveitar o tempo que temos. – sorriu envergonhada.
 
Yaman a beijou lentamente, matando a saudade da sua esposa e dos seus carinhos.
 
 
 
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