capitulo 15

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Nota. Muito obrigada pelos votos e comentários. 



 
O promotor chegou animado pela manhã na promotoria. Aguardava a chegada de Nihan para iniciar seu dia de trabalho. Calmamente tomava seu café, mas a visão de Nihan entrando na sala que estava, o fez engasgar com café quente.
Nihan vestia um blazer preto , de botões dourados, com uma camiseta branca e calça preta de sapato de salto preto. Retirou os osculos escuros.
“ Que morra com esse café quente promotor.” Sorriu-lhe lindamente.
 
“ Por Deus, essa mulher com essa roupa é uma tentação.”
- Vamos trabalhar?! – Nihan quebrou silêncio.
 
Halit procurou sobre a mesa o documento da exumação.
-  O Juiz liberou seu pedido. – estendeu documento.
 
Nihan caminhou se sentando à  mesa ao lado do promotor, fitando-o. Pegou o documento,  jogou cabelo para o lado e olhou as folhas em sua mão.
- Vamos trabalhar, promotor. – sorriu.
Já em pé ao lado da cadeira, ela visualizou a vidraça a sua frente.
- Só uma coisa. – mudou tom de voz.
- Sim. -Halit fingia olhar o notebook.
- Não envolva o meu pai nos seus joguinhos. - sua voz estava alterada.
Halit virou a cadeira para ficarem frente a frente, o impulso assustou-a desequilibrando-a, e acabou caindo no colo do promotor.
Seus rostos próximos, seus olhos não saiam da boca um do outro. Nihan se apressou em sair da situação constrangedora que se encontrara . Pegou sua bolsa, pronta para sair.
- Aonde vai?- perguntou ele.
- Começar meu trabalho. – permaneceu de costas – Já resolveu o caso da legista?
- A legista fugiu. – falou a observando - Assim que for encontrada, será presa. Você estava certa, ela está escondendo alguma coisa.- passou por Nihan indo até o quadro.
- Irei coordenar a exumação.  – falou e saiu.
 
Yaman aguardava, andando de um lado para o outro, por Seher e Yusuf. Sorriu ao lembrar que Yusuf mais uma vez ajudara sua tia escapar. Na noite anterior, ao ouvir a voz de Yusuf chamando-a, se afastou e deixou-a ir.
Nedin foi até a mansão conversar com Yaman, antes que partissem.
- Yaman… a legista fugiu.  – avisou.
- Nedin, fique de olho. – olhou em sua volta – Encontre-a, antes da polícia e não permita que prejudique você sabe quem.
Seher após se despedir de todos, saiu com Yusuf seguida por Ziya.
- Yaman. – chamou Ziya.
- Sim, irmão.- respondeu.
- Cuide deles. – pediu.
Seher entrou no carro ajudando Yusuf. Se sentando atrás com menino.
Yaman entrou, a olhou, fazendo um gesto que seu lugar era ao seu lado. Contra à vontade, se sentou no banco do passageiro ao lado de Yaman.
 
Mãe Nadire após avisar Firat do casamento de sua prima, mandara avisar a Seher também. Firat dissera a sua mãe que não iria ao casamento, que estava ocupado trabalhando, e esqueceu de avisar a Seher sobre o casamento.
Em Antep, estavam todos ansiosos com os preparativos do casamento. Mãe Nadire limpara a pequena casa, que era do avô de Seher, e que agora pertencia a moça, esperançosa de ver sua filha e o pequeno Yusuf.
No caminho, Yusuf adormeceu e os dois permaneceram em silêncio. Yaman bateu no volante ao lembrar que tinha esquecido de pedir a Nedin para reserva hotel.
- Vai acorda, Yusuf. – esbravejou Seher em voz baixa.
- Esqueci do hotel. – resmungou ele.
- Tem a casa que era do meu avô.  – respirou fundo. – Precisa de uma limpeza, mas podemos dormir uma noite.
Prosseguiram a viagem em silêncio para Yusuf poder dormir.
 
Na pequena vila, estava o maior alvoroço com os preparativos do casamento. Um rapaz veio correndo até Mãe Nadire avisar que Seher chegara e estava procurando-a. Mãe Nadire foi ao seu encontro. As duas se abraçaram emocionadas.
- Minha filha, fico feliz que veio ao casamento da Esma. – falou alegre.
- Mãe Nadire... – Seher estava sem jeito – Eu não sabia.
- Firat não te avisou. – perguntou.
Balançou a cabeça em negativa.
- Minha filha, o importante é que você veio. - abraçou-a – Cadê Yusuf e meu filho Yaman?
Seher ficou constrangida pela situação, como contaria a mãe Nadire sobre a situação de Firat.
Mãe Nadire a levou para dentro. As duas conversaram Seher contou os acontecimentos dos últimos tempos.
- Filha, ele é um homem bom. – falou Mãe Nadire. – Limpei a casa do seu avô, descansem lá . A noite tem o casamento.- se levantou – Amanhã conversaremos sobre isso. Aonde eles estão?
- Foram comprar algumas coisas. – falou Seher.
Fortes batidas na porta chamou a atenção das duas. Mãe Nadire alegremente foi abrir, e seus olhos brilharam de felicidade ao ver Yusuf, beijou as bochechas do menino.
- Entre, filho.- se afastou da porta – Bom lhe ver.
Yaman entrou observando as duas, pelos gestos da esposa, percebeu que Seher estava nervosa.
- Vamos, Yusuf. – pegou o menino pela mão- Tenho uma surpresa para você na cozinha.
Deixando os dois na pequena sala.
- Contou a ela?- perguntou ele.
- Não pude. – falou triste. – Hoje é o casamento da prima Esma. Ela nos aguardava para o casamento. – respirou fundo.
Yaman se aproximou e segurou sua mão lhe passando confiança.
-Dormiremos aqui essa noite. – se encaram – Amanhã cedo você conta à ela. E retornaremos.
Mãe Nadire os chamou para um café. Ao entrarem na cozinha, Yusuf estava comendo geleia todo lambuzado. Seher se apressou para limpar o rosto do menino.
- Filha, deixe-o comer. -  ralhou Nadire.
Se juntaram a Yusuf na mesa, Mãe Nadire os serviu pão frito. Yaman permaneceu calado, observando tudo. Mãe Nadire contando sobre os preparativos do casamento.
Após terminarem o lanche, a boca do menino foi limpa por sua tia. Prosseguiram até a sala.
- Mãe Nadire, a viagem foi longa. – Seher permanecia com Yusuf junto a si. – Vamos descansar um pouco, vou ir limpar a casa do meu avô para podemos descansar.
- Minha filha, já está limpa. – Mãe Nadire tirou a chave do bolso e entregou a Seher – Vá descansar, meus filhos.
 
Nihan no dia anterior, tomara a decisão de dar o melhor de si para resolver o mais rápido possível o caso. Sorriu, ao perceber que o promotor não tinha noção das suas fontes.
Em suas mãos estava informações importantes. Mas não entregaria tão rápido para o presunçoso . Juntaria mais algumas informações, segundo suas fontes precisava encontrar uma pessoa e teria certeza de quem matou Kevser Kirimli.
Por conta própria estava investigando a morte de Ikbal Kirimli. Apesar de não ter saído o laudo ainda. Mostraria ao promotor quem é Nihan Turkoly, honraria suas origens. E descobriria o segredinho do promotor.
 
Adalet aproveitou a viagem da família para fazer uma boa faxina na casa.
- Graças a Deus acabei. – Adalet colocou as mãos nas costas.
Pegou o balde com material de limpeza e a vassoura os encostou no sofá para abrir a porta. A vassoura caiu derrubando a bolsa de Seher que tinha sido esquecida no braço do sofá.
A bolsa como tinha sido deixada aberta ao cair no chão, espalhou todo seu conteúdo no chão.
Adalet nervosa começou a recolher os objetos espalhados pelo chão. E colocou de volta, onde Seher a deixou. Porém ficou faltando na bolsa o pen drive, com a queda parou embaixo do sofá.
 
Seher se despediu de mãe Nadire, caminhava com Yusuf um pouco a frente de Yaman que observava em volta.
Parou em frente a antiga casa do seu avô, e ficou olhando sorriu com as lembranças da sua infância.
Um rapaz se aproximou de Seher abraçando-a, Yusuf se assustou e se encolheu ao lado da tia.
- Prima, quanto tempo. – o homem falava alegre. – Esse é o pequeno Yusuf.
Ao ver a cena, Yaman cerrou os punhos de ciúmes e se aproximou.
- Quem é você?- Yaman indagou – O que pensa que está fazendo?
- Yaman. – Seher o chamou.
Porém levantou sua mão a impedindo.
-Fale. Quem é você para estar com essas liberdades com minha esposa? – Yaman enfureceu indo em direção ao homem.
 
- Mesut. Primo da Seher. – o homem sorriu – Esse deve ser o seu marido?- perguntou a Seher.
Yaman não gostou da intimidade que o homem a sua frente estava tendo com sua esposa.  Uma moça se aproximou.
- Mesut te avisei. – a moça falava - Para tomar cuidado com suas atitudes- esbravejou.
- Ayse. – Seher abraçou a moça.
- Essa é minha esposa, cunhado. – Mesut sorria – Finalmente vamos conhecer o pequeno Yusuf. – se abaixou na altura do menino que estava ao lado do tio.
-Mesut te avisei para não sair abraçando Seher. – a moça o encarou – Que o marido dela podia não gostar.
O ódio tomara conta de Yaman ao ver outro homem abraçando sua esposa na sua frente, mantinha os punhos cerrados apertando ainda mais.
--Seher, vamos deixar vocês descansarem da viagem. – moça deu outro abraço em Seher – Nos vemos no casamento. – saiu puxando o marido.
 
Yusuf olhava, atentamente, as crianças brincando na rua. Uma menina andava de bicicleta enquanto as demais crianças brincavam.
-Yusuf. – Seher o chamou – Vamos, querido.
Percebendo que o menino continuava olhando sem se mexer Seher se aproximou.
- O que foi, querido?- abaixou-se a altura do menino.
- Nada, tia . – abaixou a cabeça.
-Pode me dizer, meu amor. – levantou rosto do menino – A bicicleta? Ainda andaremos juntos em breve. – beijou as bochechas do menino.
O menino abraçou a tia, Yaman observava os dois segurando as malas. Seher, apesar da sua irritação arrumara as roupas dos dois na mesma mala.
- Vamos pasha, vamos entrar e descansar um pouco. – chamou o menino.
Seher abriu a porta dando passagem a Yusuf, que entrou curioso. Na pequena sala duas cadeiras e uma poltrona e uma pequena mesa, que dava para o corredor.
Caminhou até os quartos para ver se faltava alguma coisa, o quarto que dormia junto com kevser quando era criança estava ali, Yusuf a seguiu .
- Querido, aqui quando era criança dormia junto com sua mãe. – falou com os olhos marejados.
O menino entrou e sentou na cama. Olhando ao redor. Uma pequena comoda branca antiga continuava ali.
Seher caminhou pelo corredor e abriu a porta do quarto que era do seu avô. Continuava tudo do mesmo jeitinho. A cama de casal antiga ao lado a grande cômoda, com seu espelho que sempre amara, a moldura a sua volta de madeira talhada com pequenas rosas. Tocou o móvel, com carinho.
Ao perceber Yaman atrás de si estremeceu.
“ Deus, o que vou fazer? “
Desviou o olhar para o espelho para tentar se concentrar, mas o reflexo no espelho, bagunçou ainda mas seus pensamentos.
- Vou , vou... – Seher gaguejou.
Nem percebera que a porta tinha sido fechada. Seus olhos estavam fixos um no outro. Leves batidas na porta, os despertaram.
- Entre. – Yaman respondeu.
- Tia, estou com fome. – Yusuf com um sorriso sapeca.
 
 

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