capitulo 29

722 84 23
                                    

Nota: Quero agradecer as meninas que estão lendo Uma condessa para amar da nossa querida revisora Josibelo39. Fiquei muito feliz. E quem ainda não deu uma espiadinha vai la você vai gosta.
Ah meninas obrigada pelos votos. Eu adoro ver os comentários de vocês, e tento responder todos







 
Hana estava nervosa,pois Halit chegara em casa primeiro que sua patroa. E a desculpa que Leyla mandara dar não colaborou muito.
Assim que viu Leyla entrar pela porta, suspirou aliviada. Leyla percebeu que alguma coisa perturbava a moça, se sentou no sofá e a encarou.
- Onde é o incêndio, menina?- brincou sorrindo.
- O incêndio senhora, é que o senhor Halit chegou perguntando pela senhora. – esbaforida parou para respirar – Chegou todo molhado.
- Falou o que te mandei? – indagou.
- Falei ...- o nervosismo da moça era aparente – Não acreditou que a senhora estava com a doutora Nihan.
- Mas como não? – Leyla se preocupou.
- Ele disse que era impossível a senhora estar com a doutora Nihan. - contou o acontecido – Pois a doutora estava em casa. E a senhora não estava lá.
- Não se preocupe que com meu filho resolvo. – se recostou no sofá.
Leyla já sabia o que iria fazer, quando Halit perguntasse, desconversaria e ia distrai-lo.
- Como foi o passeio?- Hana sussurrou para Halit não escutasse.
- Maravilhoso. – Leyla sorriu – Achei que era uma pessoa esnobe, me enganei. É uma pessoa culta, porém muito simples e me deixa à vontade.
- Que bom senhora. – Hana estava mais tranquila.
- Que história é essa que Halit chegou molhado? – mudou de assunto, curiosa.
- O senhor Halit chegou, descalço e todo molhado. – a moça sorriu ao lembrar da cena- E resmungando o nome da doutora Nihan.
 
--Esses dois. – gargalhou – Ainda não se deram conta que foram feitos um para o outro. – os olhos de Leyla brilharam de alegria – Halit é extremamente ciumento e a minha querida Nihan alegre, cheia de vida e ousada.
- Os dois formam um belo casal. – Hana suspirou- a Doutora Nihan é uma pessoa muito gentil, e vejo o carinho dela com a senhora.
- Halit pensa que sou boba. – Leyla olhou para ver se o filho não vinha. – Ele acha que não o vi chegando com a Nihan aquela noite. – falou baixo para só Hana ouvir – E também que não escutei a discussão dos dois no dia seguinte. - começou a rir.
- Não tinha nem como não ouvir. – moça achou graça- Os dois estavam aos berros.
 
 
Seher olhava da janela da sala, Yaman sentado brincando com Yusuf, que estava sorridente.
“ Essa perna vai acabar piorando!” Pensou preocupada, balançou a cabeça e percebeu o que acabara de pensar.
“ Está aí porque quer! Já mandei ir embora". Resmungou. "Uma hora vai se cansar e vai embora. Pensa que vai me comprar? Mas não vai.” se enfureceu se afastando da janela.
Entrou na cozinha e olhou a sobremesa em cima da mesa. Sua boca encheu de água .
“ A quem quero enganar? Esses doces estão me dando água na boca. Mas não vou comer!” se repreendeu e antes que caísse na tentação saiu da cozinha.
Um banho ajudaria a coordenar seus pensamentos. Com a água quente caindo, se perdeu em lembranças.
 
Seher chegou cansada e feliz por mais um dia de trabalho, Yusuf contava sorridente os acontecimentos do dia e as brincadeiras com os amiguinhos que fizera no bairro.
- Querido. – parou no meio da rua e abaixou na altura do menino. – Em breve comprarei a bicicleta para você.
- Oba. – abraçou a tia.
Se levantou e mãos dadas caminhou até em casa com Yusuf. Prepararia o jantar. Suspirou desanimada só em pensar que teria que encarar Yaman. Nos últimos dias, ele permaneceu sentado no jardim como uma sombra.
- Tia. Por que você e meu tio brigaram? – curioso Yusuf perguntou – Ouvi o primo Mesut falando do meu tio. – o semblante do menino mudou.
- O que o primo Mesut falou? – indagou Seher curiosa.
- Eu não entendi direito. – lamentou o menino.
- Não se preocupe, meu amor. Seu tio te ama muito.- acalentou o menino.
Yaman estava dormindo recostado na porta da casa. Acordou vendo Yusuf e Seher parados à sua frente.
Se levantou com um pouco de dificuldade.
- Comprei sua sobremesa favorita. – Yaman quebrou o silêncio- Fiz algumas compras também.
Sem falar nada, Seher abriu a porta, Yaman lhe estendeu as sacolas.
- Entre, querido. – se dirigiu a Yusuf- Coloque as sacolas em cima da mesa, por favor.? – pediu o menino.
Yusuf pegou as sacolas levando-as para a cozinha, aguardou o menino sumir das suas vistas pelo corredor que dava a cozinha e os quartos. Para fechar as portas.
Yaman ansiava por conseguir conversar, estava ali de pé na esperança de ter essa oportunidade. Quando percebeu a porta se fechou a sua frente.
- Você acha que vai me comprar?- seus olhos estavam escuros de ódio- Pare de fazer isso. – ordenou.
- Apenas comprei as sobremesas, porque... - hesitou em falar – Porque me deu vontade de comer e lembrei de você e Yusuf… sei que gostam..
- Você? Com vontade de comer sobremesas?- Seher não estava acreditando.
- Sim. – Yaman estava arrependido de ter contado.
- Não acredito. – Estava incrédula- E pára de fazer essa cara!
- Que cara?- não compreendeu o que ela queria dizer.
- Essa cara de pobre coitado. – Seher ofegava de raiva.
Seher se afastou, deixando Yaman completamente confuso.
 
Seher balançou a cabeça para afastar as lembranças .
“ Esqueça disso, Seher! Ele já te fez sofrer tanto!”
Se vestiu rápido ao ouvir a voz de mãe Nadire.
 
 
Nihan estava arrumando a mala contra a sua vontade.
“ Pra que isso? Senhor promotor arrogante e prepotente, para que estragar meu dia ? Já acabei meu trabalho! Aquele estrupício." Nihan xingava mentalmente o Halit
- Vá sonhando que vai mandar nas minhas roupas. – sorriu olhando espelho- Graças a Deus, falta pouco para se livrar de Halit.
Leve batidas na porta, chamou atenção de Nihan.
- Entre. – disse enquanto arrumava a mala.
- Aonde você vai, mocinha? – indagou uma voz feminina.
Nihan se virou, sorriu ao ver que era sua mãe. Que parecia estar muito feliz.
- Olha, olha viu passarinho verde, senhora Turkoly? – perguntou brincalhona – Que sei que não estava com o papai.
- Apenas tive uma companhia agradável essa tarde.  – sorriu – Seu pai sabe com quem eu estava. E você, mocinha? – se aproximou da mãe.
- Que tem eu, mamãe?  - perguntou confusa.
- Seu pai me contou o incidente. –  estava curiosa, mas não queria perguntar diretamente.
- Apenas o estrupício daquele promotor – bufou de raiva.
- Então vamos esquecer isso. Sabe que se quiser conversar, estarei pronta para ouvi-la.- disse com calma -  Para que essa mala? – indagou em seguida.
- Terei que viajar a trabalho com estrupício daquele promotor. – Nihan se sentia indignada.
- Hum, viagem a trabalho, não deve ser tão ruim assim. - disse com um sorriso - Bem, teremos convidados essa noite. Espero que esteja presente e jante conosco. - acrescentou de forma elegante.
- Só viajarei amanhã cedo. – se sentou na cama.
- Ah mocinha. Nada das suas roupas extravagantes. - piscou para a filha.
- Se não bastasse o promotor, agora a senhora vai começar a implicar com as minhas roupas! – esbravejou.
Com um sorriso astuto, saiu do quarto da filha, animada por ela mesma preparar o jantar para os convidados. Há muito tempo não se sentia muito bem assim.
 
 
Mãe Nadire estava inconformada com a maneira que Seher estava tratando Yaman. A senhora insistia que os dois deviam conversar para se acertarem.
Conversava animadamente com Yusuf e Yaman até Seher aparecer na porta.
- Mãe Nadire, por que não entrou?- perguntou.
- Estava com Yaman. – sorriu.
 
A senhora entregou a Seher uma travessa.
- Trouxe para Yaman. Outro dia ele me falou que estava com vontade de comer Dolma. – disse ao ver Seher colocar na mesa.
- Ultimamente anda cheio de vontades. – resmungou- Vou preparar jantar. Quer jantar com a gente? – perguntou se animando.
- Vou te ajudar.- se ofereceu.
As duas rapidamente prepararam o jantar, Seher deu banho em Yusuf antes de jantarem. A contragosto chamou Yaman para jantar junto com eles. Quando preparava a bandeja para levar o jantar de Yaman, foi repreendida por mãe Nadire.
Yaman, como sabia que Seher não o queria ali, arrumou uma desculpa e saiu. Yusuf foi para o quarto brincar, enquanto as duas conversava.
- Seher, minha filha, vocês dois estão  precisando conversar. – a senhora insistia no assunto.
- Não precisamos. – a contrariou.
- Ele é seu marido. Você mesma me contou que a saúde  dele não está boa – tentava argumentar – Até quando vocês dois ficaram nessa situação? – Questionou.
- Ele podia estar  confortável na mansão. – enraivecida - Mas não, é teimoso.
- Minha filha, no momento seu coração está despedaçado... – amável senhora tentava aconselhar Seher.
Nadire conhecia Seher muito bem e sabia que era tão teimosa quanto Yaman.
- Cadê aquela moça doce, piedosa? – Questionou- A menina que vi crescer?
Seher ficou encabulada.
- O perdão minha filha, não é fácil. Porém, quem consegue perdoar é uma pessoa nobre. – suspirou – A pessoa que é magoada sofre bem mas do quem a magoou, porém é a que mas necessita desse perdão. 
- Como assim? –  Seher não entendeu.
- Se você não perdoar seu marido..- hesitou, pois sabia que a reação de Seher não seria boa – qlQuem sofrerá mais, será você. Sei que é difícil perdoar, ainda mais quem nos feriu.
O rosto de Seher estava banhado em lágrimas.
- A falta de perdão adoece a alma e o corpo. Você se tornará uma pessoa amarga. O perdão é uma decisão, é dia após dia e leva tempo. Vocês dois se amam!  - disse abraçando a filha.
- Ele não muda...- deixou escapar.
- A mudança leva tempo. – disse colocando a cabeça de Seher  deitada no seu colo- Chore minha filha, te fará bem. – acariciou-lhe os cabelos.
 
Nihan não estava nada feliz em ter que viajar com Halit para prender Zuhal,no dia seguinte. Afinal, já não tinha encontrado a localização? Agora a polícia que fizesse seu trabalho.
“ Não. Iremos coordenar para não sair nada errado. Já mostraram incompetência antes” fez cara feia ao se lembrar das palavras de Halit.
Entrou na cozinha, sorridente.
-Nossa, os convidados deve serem importantes.- disse divertidamente ao ver a mãe cozinhando.
- Logo você verá. Vou me trocar- beijou Nihan saindo.
 
Nihan se recostou no sofá ficando a vontade, ao ver Leyla entrando na sala, saltou preocupada.
- Leyla, aconteceu alguma coisa? - preocupando-se.
- Não, querida. - abraçou-a – Sua mãe me convidou para jantar.
Nihan estava surpresa com o convite.
Animados e sorridentes, apareceram os pais de Nihan.
- Seja bem vinda, Leyla. -cumprimentou a mãe.
- Obrigada, Ferya. – sorriu Leyla.
- Esse é meu marido, Aslan. – apresentou.
- Prazer. – cumprimentou gentilmente .
- Cadê o promotor? – indagou o senhor Aslan.
- Já está vindo. – respirou – Essa juventude não pára de trabalhar.
- Viciado do jeito que é, deve dormir com o trabalho. – Nihan murmurou.
Todos, animadamente, foram para a mesa de jantar. Alif entrou conversando animadamente com Halit, para sua surpresa Lalin entrou junto com os dois.
- Então, você é irmão da Nihan? – Halit perguntou.
- Sim. Depois que a Nihan sumiu e você também... conheci a Lalin. – contou feliz.
Ao ouvir ser mencionado aquela noite, Nihan engoliu em seco. Pois queria esquecer tudo ligado aquela noite. Ainda tinha uma dúvida que pairava na sua mente.
Todos se sentaram a mesa, o jantar foi tranquilo e conversavam animadamente. Entretanto Halit e Nihan não dirigiram a palavra um ao outro.
- Lalin. – chamou a moça- Já que está namorando meu irmão. – sorriu – Vou ter que lhe ensinar arrumar uma gravata. Porque a de um certo promotor ficou torta. – provocou – Não quero ver meu irmão com a gravata assim.
Halit engoliu em seco, respirou fundo e se segurou. Cerrando seus punhos.
Ferya e Leyla juntamente com Aslan falavam do nome dos filhos, numa conversa paralela à deles. Nihan e Halit se entreolharam em completo silêncio.
-  O do Halit foi em homenagem ao avô. Que era um don Juan beijoqueiro. – Leyla falava animada – Graças a Deus, Halit é um rapaz tranquilo.
- Neto não puxou o avô . – Nihan alfinetou – Só beija mal. – provocou baixinho.
- Quem vê assim, pensa que não gostou. – ele devolveu a provocação.
- O da Nihan foi o meu pai que escolheu. – Aslan falou orgulho – Que ela seria competente, alegre , amigável, generosa, ativa, criativa.
- A questão de competente deixou a desejar - Halit piscou para Nihan.
Que prontamente entendeu o que ele queria dizer. Enfurecida pelo comentário, chutou Halit sob a mesa e acabou acertando Alif.
- Nihan, por que você me chutou?- Alif perguntou, esfregando a perna.
- Eu?- colocou a mão sobre peito se fazendo de ofendida – Não te chutei.- mentiu.
Halit tentava se conter para não rir.
 
 
 
Ali, após terminar seu turno de trabalho, foi conversar com papai Arif para ter certeza que tia Sultana não estava exagerando. Explicou a situação a papai Arif .
- Meu filho. Você cometeu um erro sim. Desde que você perdeu a Kiraz, seu coração se fechou. – o senhor suspirou.- A moça foi mal compreendida por você. Você não deu uma oportunidade a moça.
Ali balançou a cabeça mostrando que havia compreendido.
 - Meu filho, você tem notícias de Yaman? – o senhor perguntou, preocupado.
- Após aquele incidente de ter assumido a morte de Kevser… – parou por um instante – Algumas coisas aconteceram nos últimos dias… Yaman sofreu um acidente de carro...
O senhor assentiu.
- Pelo que Firat me disse … ele está doente. – estava em dúvida se contava o que o amigo lhe revelara - Assim que foi descoberto o assassino de Kevser, Yaman confessou que tinha assumido tudo para proteger o irmão.
Papai Arif se lamentou com os acontecimentos.
- Logo em seguida, sofreu o acidente onde quebrou a perna, Seher sumiu com o sobrinho deixando-o preocupado.- Ali comia as almôndegas - Tia Nadire ligou para Firat avisando aonde ela estava. E Yaman foi para Antep atrás dela.
 
- Eles são como uma borboleta. – o senhor sorriu – A vida é como uma borboleta, ela não voa para um destino exato, mas sim para uma transformação.
 
 

Espelho MeuOnde histórias criam vida. Descubra agora