capitulo 16

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Nota: Meus amores se gostarem do capítulo votem e comentem.

 
Com muito custo, Seher conseguiu colocar Yusuf para dormir. Acabou adormecendo junto com o menino.
Durante o sono dos dois, yaman ficou da porta, observando- os por um longo tempo. Se sentou na poltrona da sala e recostou a cabeça, acabou adormecendo. Ao passar pela corredor, Seher o viu adormecido. Buscou uma manta para cubri-lo, fechou seus olhos ao sentir o aroma de limão que emanava do marido.
Abriu os olhos, balançou a cabeça, já era tão tarde. Tinha que se apressar para preparar o café de Yusuf, acabou tropeçando na manta, braços fortes a rodearam antes que caísse.
Se encaram, envergonhada as bochechas de Seher coraram.
- Você está bem?- perguntou.
- Sim, obrigada. – ergueu o corpo – Vou preparar o café da manhã já está tarde.
Yaman a viu sumir pelo corredor. Ao ver a manta que o cobria, sorriu. Fortes batidas na porta chamou sua atenção. Se apressou para abrir a porta antes que acordasse Yusuf.
Mãe Nadire carregava uma bandeja com os doces preferidos de Seher. À convidou para entrar, ambos foram a cozinha seguidos por Yusuf que esfregava os olhos.
- Tia, esse é o doce que você comia quando criança? – perguntou 
- Sim, meu querido. – respondeu beijando o menino – Vamos sentar.
O café já estava preparado, serviu o chá aos adultos e colocou na frente do menino um copo de leite. Yaman permanecia calado tomando seu chá. Assim que acabou de comer, Yusuf correu para a janela ver as crianças brincando na rua da pequena vila.
- Filha, deixe-o ir brincar. – a senhora incentivou – Você e Firat brincavam por essas ruas o tempo todo.
O menino encarou a tia, que estava hesitante em deixar. Mas que acabou permitindo, Yaman mais que depressa saiu para o pequeno jardim, se sentando na velha cadeira, não tiraria os olhos de Yusuf.
Após conversarem um pouco a sós, a senhora foi ajudar nos preparativos para o casamento.
A alegria de Yusuf era visível com seu enorme sorriso no rosto, brincando com as crianças da rua.
 
Neslihan andava de uma lado para outro no corredor do hospital,  chorando sem parar. Firat permanecia em coma.
- Filha, venha cá. – chamou tia Sultana.
Neslihan sentou ao lado de tia Sultana. Pegou as mãos da moça e a encarou.
- Está doendo? Firat é um bom rapaz. – suspirou e senhora – Assim como meu Ali... você está perdendo a pessoa que ama.
 
-Tia sultana, somos apenas amigos. – respondeu assustada.
 
- Minha filha, só se sente essa dor que está queimando seu peito... – deu um leve tapa na mão com um gesto carinhoso – Quando realmente se alma alguém.
 
Com as palavras de tia Sultana, Neslihan ficou confusa  e começou a se lembrar dos bons momentos que esteve ao lado de Firat e o dia que a salvará de Bora.
 
Nihan nos últimos dias estava obcecada com seu trabalho, queria se livrar o mais rápido possível do promotor.
Com umas informações que recebeu, parou em frente a uma casa luxuosa apesar de parecer ser pequena.
Saiu do carro, observou bem a casa, tocou a companhia. Uma moça com uniforme de empregada abriu a porta e a conduziu até um quarto.
- Senhora. – a moça chamou atenção de uma mulher sentada em uma poltrona no canto – A fisioterapeuta chegou. Vou deixa-las sozinhas.
- Minha filha, prepare um chá para a nossa visita. – pediu a senhora – Se conseguisse andar, eu mesmo prepararia.
A empregada as deixou sozinhas, Nihan se aproximou da senhora para poder vê-la de frente.
- Senhora. – chamou-a.
- Me chame apenas de Leyla. – encarou a moça.
-Então, Leyla... não sou fisioterapeuta. – começou a se explicar.
- Você deve ser amiga dos meus filhos. – falou sorrindo – Sente -se menina.- apontou uma cadeira.
A empregada serviu o chá, e as duas continuaram conversando, Leyla contou a Nihan sobre sua doença como se iniciara. Nihan acabou se apresentando como psicóloga e deu outro nome. A senhora lhe mostrou algumas fotos do seus filhos.
- Infelizmente, tenho que ir Leyla. – Nihan se levantou.
-  Ayrla, você é uma moça muito simpática. – a senhora segurou a sua mão- Volte outro dia – pediu – Queria tanto que meu filho encontra-se uma boa moça como você.
- Não se preocupe, ele encontrará- Nihan sorriu.
Nihan saiu, entrou no carro, bateu irritada no volante do carro. Seus homens de confiança teriam que lhe dar explicações." Para que lhe deram o endereço dessa senhora?!"
 
Após deixá-lo brincar por algum tempo, Seher chamou Yusuf para lhe dar banho, o menino se sujara brincando. Com a ajuda do menino, que sorria feliz de alegria, preparou rapidamente o jantar. Comeram em silêncio.
Sentados na pequena sala brincavam de mímica. Ao ouvir baterem na porta, Yusuf se apressou para abrir.
- Vovó Nadire. – saudou alegre – Entre – a pegou pela mão para entrar.
- Minha filha, ainda não se arrumaram? – falou com Seher.
- Mãe Nadire, nós não vamos. Estou cansada pela viagem.  – se desculpou.
- Eu quero ir . – falou triste o menino.
Quando Yaman ia falar, seu celular começou a tocar, ao ver o nome de Nedin na tela decidiu atender.
- Só um minuto. Já voltou. -foi para a cozinha atender.
- Deixe então Yusuf me fazer companhia. – pediu abrindo a bolsa pegando uma caixa de velas e colocou sobre a mesa – Deixe-o se divertir com as crianças do bairro.
- Deixa, tia. – pediu.
- Vamos Yusuf, pegue um casaco. – apontou para as velas – Nos últimos dias tem faltado energia.- acrescentou ao ver a expressão surpresa  da moça.
 
- Mas, mãe Nadire... – Seher tentava argumentar.
 
- Não tem mas... – cortou a mulher mais velha – Yusuf é uma criança, precisa ter contato com outras crianças – a encarou – Cuidarei dele como cuide de você.
Yusuf saiu correndo para pegar o casaco.
- Mãe Nadire...- tentou argumentar.
- Está com medo dê que minha filha? - indagou- Você estará com seu marido. – a encarou. - Trarei Yusuf amanhã, são e salvo, prometo. - deu um sorriso maroto.
 
 
- Nedin, mande os advogados encontrarem uma solução mas rápido possível. – ordenava.
Olhou a sua volta na cozinha, pela porta viu Yusuf passar apressado, ouvia atentamente Nedin.
 
- Quero essa questão das ações resolvida. – esbravejou – Amanhã conversaremos.
Desligou, caminhou até a sala, olhou a sua volta e não viu o menino.
- Cadê Yusuf?- perguntou.
Seher olhou-o com uma expressão desconsolada e então, respondeu.
-Foi com a mãe Nadire ao casamento… eu não queria deixar, mas...ela insistiu…todos são pessoas conhecidas…
-Ela tem razão… não seria justo deixá-lo em casa…- concordou Yaman, surpreendendo Seher e a si mesmo com sua resposta.
Amava muito Yusuf, mas precisava esclarecer algumas coisas com sua adorável esposa… e o pequeno fogo sempre interrompia. Sorriu ao se lembrar das interrupções.
-Bem, vou descansar um pouco. - Seher escapou da sala, antes que ele pudesse dizer algo.
 
Yaman andava de um lado para o outro na pequena sala. Suas mãos se abriam e se fechavam - gesto típico seu- quando estava agitado ou furioso. Naquele momento estava agitado… estavam apenas os dois na casa e sua esposa nem ao menos o olhava nos olhos. Suspirou. Aquela situação não podia continuar.
Decidido, caminhou até o quarto, onde Seher estava desde que Yusuf saíra com a senhora Nadire.
Ao tocar a maçaneta, hesitou novamente, seu coração estava acelerado… fechou os olhos e respirou fundo. Então, abriu a porta silenciosamente e parou.
Seher estava em pé, em frente ao antigo espelho… parecia estar tendo dificuldade com o fecho do colar.
Ele deu um leve sorriso ao lembrar-se de um episódio parecido que acontecera à um tempo atrás…
"... Ele entrara no quarto de Seher para deixar os documentos que o serviço social havia pedido, e ela lutava com o fecho do colar." Ainda se lembrava da sensação dos seus dedos tocando nos cabelos sedosos e da pele macia… como sentia falta de tocá-la.
Fechou a porta e aproximou-se dela.
-Algum problema? - perguntou baixinho.
Seher estremeceu ao ouvir a voz do marido, tão baixo e tão perto. Olhou-o com seus enormes olhos verdes.
-Eu… eu…- engoliu em seco - Acho que o colar ficou preso no meu cabelo…
-Você quer a minha ajuda? - ofereceu.
Ela fitou-o sem jeito e hesitou um pouco, antes de acenar que sim com a cabeça. Yaman aproximou-se, postando a poucos centímetros dela… fechou os olhos ao inalar o perfume que tanto mexia com seus sentidos, sentiu o corpo reagir a proximidade… as mãos tremiam levemente ao afastarem os cabelos sedosos da nuca da esposa…
Abriu e fechou os dedos rapidamente, inspirou e expirou antes de começar a separar os fios para soltá-los um a um… o tempo todo atento as reações dela.
Seher tinha o coração disparado ao sentir as mãos de Yaman em seu pescoço… sua pele se arrepiou ao contato e sua respiração acelerou… "Se acalme, Seher. Se acalme." Fechou os olhos, e procurou controlar a respiração.
Yaman percebeu a tática e sorriu, ela também estava sendo afetada pela situação.
-Pronto! Aqui está. - disse ao terminar de soltar o colar, estendeu para ela.
-Ahn...eu...hum.. - gaguejou Seher - Obrigada. - conseguiu agradecer.
Estava quase respirando normalmente… mas cometeu o erro de olhar nos olhos dele. Yaman, a encarava com aquele olhar profundo, que fazia seu coração disparar e enfraquecia suas pernas.
Por um momento, Seher retribuiu o olhar… mais então se lembrou das mentiras dele, de tudo o que a fizera passar…. Seu semblante mudou, e a raiva apareceu em seus olhos.
Yaman viu o momento exato em que ela lembrou dos últimos acontecimentos… afastou-se meio decepcionado.
-Vou trabalhar um pouco. - disse ele, caminhando para fora do quarto.
Seher desabou na cama tão logo ele saiu." Era uma boba, como podia se derreter toda com apenas um toque?". Questionou-se.
Irritada, com ela mesma, Seher pegou o pijama na mala e foi para o banheiro. Um banho iria ajudá-la a organizar seus pensamentos…
-E apagar esse fogo que está lhe queimando. - ralhou.
Mas, o banho não ajudou… seu corpo ainda sentia e clamava pelo toque do marido.
Suspirou e sentou-se em frente ao espelho para desembaraçar os cabelos, antes de se deitar.
 
Yaman, mantinha a cabeça entre as mãos… sentia o corpo queimar, doer pelo esforço de se manter longe da esposa… aquela privação estava acabando com ele… ia enlouquecer se não resolvesse aquela situação…
Num gesto distraído, levou a mão até a cicatriz do lado direito e suspirou. Não era homem de ficar suspirando pelos cantos, era uma pessoa de ação…
Então, seus passos o levaram novamente ao quarto…
Seher era uma visão adorável… sentada em frente ao espelho, escovava calmamente os cabelos… Da porta, ele observou cada detalhe da mulher que amava… que conquistara seu coração… ela estava usando um pijama diferente, reparou, o tecido era acetinado e preto com detalhes em branco… Ele entendeu o que precisava fazer.
-Me perdoa!- pegou-se dizendo.
Seher assustou-se, estava perdida em seus pensamentos que não ouvira Yaman entrar no quarto.
-O quê? - perguntou sem entender.
-Me perdoa! Você acha que pode me perdoar mais uma vez?- pediu ele, aproximando-se.
Seher colocou devagar a escova sobre a cômoda, o gesto era mais para que se acalmasse do que se desfazer do objeto. Virou-se para Yaman e o encarou com raiva.
-E por que deveria perdoá-lo?! Mais uma vez, você mentiu para mim… não confiou em mim… Você confessou o assassinato da minha irmã… acha mesmo que existe perdão para essa mentira?- esbravejou ela.
Yaman teve a decência de se mostrar arrependido.
-Eu...eu… estava preocupado com você… vi o que a dúvida, a procura pelo assassino estava fazendo com você…- passou a mão nos olhos - Ao ver seu desespero, bem... eu quis dar um desfecho… afinal, eu fui mesmo culpado pela morte de Kevser… posso não tê-la matado, mais sou responsável…
-Chega!Chega! - gritou Seher. - Mais uma vez… você… você… tudo gira em torno de você...Algum momento parou pra pensar o que a sua falsa confissão faria comigo? Com meus sentimentos? Você fez com que eu desejasse matá-lo, me fez atirar em um ser humano, atirar em você…
-Você está certa. Eu não pensei nas consequências…
-Você nunca pensa no que vai acontecer com os outros… apenas toma uma decisão e todos temos que nos adaptar!- constatou ela.
-Não é… - começou a negar, mais viu que estava indo pelo caminho errado. - Tem razão. Eu fiz promessas à você e deveria cumpri-las...Eu realmente sinto muito por tudo o que aconteceu, por tudo que a fiz passar…- ficou em silêncio por um momento - Meu peito dói cada vez que respiro, e não é por causa do tiro… Dói porque você está longe de mim, dói porque eu sei que a magoei… dói porque não posso abraçá-la tocá-la ...Dói porque a amo e mesmo que você negue… eu sei que também me ama…
Seher olhou para Yaman, os olhos dele espelhava cada emoção que ele expressava… Mais uma vez, ela via o Gigante desnudar a alma e falar de seus sentimentos...engoliu em seco… aquele olhar dele, a desequilibrava, tirava seu raciocínio...se fosse sincera consigo mesma, mesmo com raiva ela nunca deixara de amar aquele 'selvagem' que a conquistara aos poucos… que a fizera sofrer tantas vezes, mas também lhe dera tantas alegrias e momentos lindos… em sua mente repassou aqueles momentos… sentia falta do abraço dele, do seu toque em seu rosto ou seus cabelos…
A quem queria enganar, era apaixonada pelo marido mentiroso. "Por Deus, estava enlouquecendo."
 
Então, tudo ficou escuro de repente…
Seher deu um grito assustado, e Yaman sem pensar duas vezes a abraçou.
-Calma, eu estou aqui!- murmurou ele, aconchegando-a ao peito.- Acho que acabou a energia...
-Oh! - exclamou- Mãe Nadire, avisou que isso poderia acontecer… eu havia esquecido.- tentou se soltar.
Yaman a reteve mais um pouco em seus braços.
-Se sente bem? - perguntou.
-Sim, obrigada. Foi apenas um susto…- respirou fundo mais uma vezes - As velas ficaram sobre a mesa na cozinha… temos dois castiçais na estante…
- Fale onde estão, e eu vou buscar..- disse Yaman acendendo a laterna do celular.
Seher tinha os olhos dilatados de medo, e segurou firme no braço dele.
-Não me deixe sozinha… quer dizer, vou com você…
-Está bem. Segure-se em mim, então. - Yaman encorajou-a, segurando--lhe a mão, e com o celular na outra, foram para a sala.
Depois de acender as velas no quarto e deixar os castiçais sobre a cômoda, eles ficaram se olhando… esquecidos da conversa, de tudo… Seher ficava mais bonita à luz de velas, constatou Yaman. Aqueles olhos que o encantavam, estavam dilatados ainda… mais agora era de desejo, a raiva e o medo haviam desaparecido… a boca rosada estava entreaberta como se esperasse ser beijada…
Yaman abaixou um pouquinho o rosto, e esperou a reação de Seher. Mas, ela manteve-se no mesmo lugar, aproximou um pouco mais…os olhos escuros indicando claramente suas intenções, e dando-lhe uma chance de escapar… mas, ela trouxe o corpo para mais perto dele, e ergueu levemente a cabeça… deixando claro que desejava o beijo também.
Yaman reteve um gemido ao tocar os lábios da esposa. Seus lábios se uniram devagar… era a única parte que os unia. Foi um beijo suave, delicado...mas, que deixava um gosto de quero mais...Ambos suspiraram, o beijo foi ficando mais ousado, mais apaixonado.
Ele não se conteve mais e a abraçou apertado, uma mão enterrou nas mechas sedosas e a outra rodeou a cintura estreita, sem interromper o beijo. Ouviu Seher gemer baixinho, e isso fez com que parte do seu raciocínio voltasse, afastou-se um pouco para olha-lá… seus lábios estavam inchados e vermelhos pelo beijo… era a visão mais linda. Seus beijos haviam provocado aquela reação, os cabelos caíam emoldurando o rosto amado.
-Eu...você está bem? - perguntou baixinho.
Seher, envergonhada, apoiou a testa em seu peito. Acenou que sim… que estava bem.
-Seher… meu amor…- murmurou, acariciando-lhe os cabelos, abraçou-a com carinho - Não precisa se envergonhar. Está tudo bem.
-Ainda estou brava com você! - sussurrou ela.
Yaman sorriu.
-Eu sei! Mais vou pedir que me perdoe, todos os dias se for preciso…- virou-a para o espelho, postando-se atrás dela.
Seus reflexos envoltos pela tremulante luz das velas… ela, delicada e ele forte...suas imagens se completavam…
-Veja! - apontou ele - Somos um só, você é minha esposa… o fato de termos superado tantas coisas prova isso!
-Tenho tanto medo…
-Eu sei! Nos dê uma outra chance… nós nos amamos, desejamos um ao outro...somos marido e mulher… tudo o que eu mais quero é acordar com você nos meus braços… quero que você seja a última pessoa, que meus olhos vejam ao se fechar a noite e a primeira, quando eu abrir no dia seguinte! Você é meu remédio, minha cura… meu vício! - cada palavra foi pontuada por pequenos beijos ao longo do pescoço de Seher.
Ver a imagem dos dois refletida no espelho, ver as mãos de Yaman envolvendo sua cintura, seus beijos e sua voz sedutora ao ouvido, provocou um rebuliço dentro de Seher. Ela nunca sentira aquilo, sentia o toque dele em partes do corpo que nem sabia que… Engoliu em seco, desconcertada.
-Yaman…
-Diga de novo.- pediu ele.
-Yaman…- repetiu com voz rouca.
Ele gemeu baixinho.
-Diga o que você quer…- as mãos dele subiam, agora, pela lateral de seu corpo, parando logo abaixo dos seios. - Quer que eu pare?
Seher fechou os olhos, seu corpo estava em chamas. Yaman acendera seus sentidos, embotara-lhe a mente, agora tudo o que queria era experimentar tudo o que a voz do marido prometia. Queria aplacar aquele fogo que ameaçava consumi-la.
-Quer que eu pare? - ele voltou a sussurrava em seu ouvido.
Seher abriu os olhos. Olhou mais uma vez a imagem refletida no espelho, nunca se vira ou se imaginara daquele jeito, não sabia bem o nome… mais sentia-se poderosa, capaz de tudo. Deu um sorriso encantador, ao mesmo tempo meio envergonhado.
-Não quero que você pare. Quero que sejamos marido e mulher… no sentido real … quero ser sua mulher! - concluiu.
Yaman quase desmaiou de felicidade. Virou-a dentro dos seus braços, e olhou dentro dos olhos dela. Ali só tinha amor, paixão e desejo. Abraçou-a apertado, e enterrou o rosto em seu pescoço.
-Eu te amo, Seher!- tornou a olha-la - Eu te amo!
Então, a beijou. Com suavidade, com todo o amor que sentia… sentiu que ela lhe enlaçava o pescoço, colando seu corpo ao dele. Suas mãos fizeram um lento passeio pelo corpo delicado - percorrem as costas, os braços, subiram para os cabelos e segurou o rosto amado para aprofundar o beijo.
Depois, distribuiu pequenos beijos pelo rosto delicado, lentamente foi seduzindo-a… sem pressa… deixando que ela se acostumasse com ele, explorando-a devagar.
Então, foi a vez de Seher fazer sua própria exploração… Suas mãos passearam pelo rosto de Yaman, algo que sempre quisera fazer, mais nunca tivera coragem. Ela beijou-o, em cada bochecha, e depois beijou-lhe os lábios sem receio. As mãos se enterram na cabeleira dele, sorriu, era um desejo secreto bagunçar aquele cabelo senpre impecável, desceram para os ombros e pelo peito e abdômen firme, tornaram a subir pelos braços fortes.
Yaman estava com o fôlego retido. Nunca imaginara que sua doce e inexperiente esposa pudesse ser tão sensual, mais estava amando a descoberta. Seu coração quase parou, quando os dedos dela tocaram os botões de sua camisa.
Seher, desabotoou lentamente um a um dos botões, tarefa cumprida empurrou a camisa pelos braços do marido. Yaman não resistiu e tirou a camisa, quando tentou abraça-la, sentiu as mãos dela em sua pele nua, e mais uma vez ela surpreendeu-o.
Seher, viu a marca do tiro assim que Yaman tirou a camisa… sentiu uma pontada no peito. Estendeu a mão e tocou a cicatriz, Yaman deu um leve gemido.
-Dói?!- quis saber, ela. Mordeu os lábios esperando uma resposta.
-Agora não… mais vou enlouquecer se não a beijá-la agora…
Ela riu e olhou-o, ficou nas pontas dos pés e beijou nos lábios com paixão. Parou, e deu beijinhos no peito, inclusive na cicatriz.
-Como pode me amar, depois do que fiz?- Quis saber ela.
-Apenas amo… você me tirou da escuridão, revirou o meu mundo… Eu amo você!- ele sorriu- Agora, é a minha vez!
E antes que Seher, se recuperasse da resposta, ele começou a abrir seu pijama, enquanto a beijava.
Yaman, manteve Seher cativa, dizia frases curtas de amor… enquanto a despia. Ela sentiu o ar frio em sua pele quente, mas logo as mãos do marido a acariciavam espantando o frio. Primeiro a blusa, depois a calça… ele teve a primeira visão da esposa seminua em seus braços, a lingerie de renda preta, era uma doce surpresa. Suspirou. Pegando-a no colo, colocou-a com cuidado na cama, admirou-a abertamente. Tudo em Seher o fascinava.
-Linda. Você é linda! - murmurou, beijando-a.
Suas mãos grandes acariciaram seus seios, tinham o tamanho ideal para ele, seus lábios substituíram as mãos.
-Oh!- arfou Seher, surpresa.
-Não gostou? - ele quis saber, erguendo a cabeça.
-Eu… gostei. Apenas fiquei surpresa.
-Relaxe… vamos fazer um jogo… eu vou tocá-la e beijá-la, você me diz se gosta ou não. Ok?! - propôs Yaman.
Ela acenou que sim… sua garganta estava seca demais para dizer alguma coisa.
Ele sorriu, aquele meio sorriso torto, e a admirou mais uma vez. Ele tinha muita sorte.
O marido tocou, beijou e explorou cada pedaço do corpo escultural da esposa. Seher se contorcia na cama, nunca sentira aquelas sensações na vida… mesmo as conversas com Nihan, não à haviam preparado para aquelas sensações… seu corpo pedia mais, só que ela não tinha a mínima ideia do que era, só sentia que ia explodir a qualquer momento.
-Yaman… - sussurrou.
Ele entendeu. Rapidamente se livrou da calça e da cueca, e voltou para perto da esposa. Ela absorveu a beleza do corpo masculino… estendeu o braço e tocou os músculos do abdômen, viu o quanto o marido estava excitado… e tudo aquilo era pra ela e por ela. Sorriu satisfeita.
Yaman cobriu-a com seu corpo, deixando-a sentir o calor da pele nua contra a sua mais uma vez. Era poder versus fraqueza, rigidez versus suavidade. Ele lhe mordiscou o canto da boca.
Paixão e desejo superaram qualquer inibição ou vergonha. Eles se amaram de forma lenta e intensa. Ela enterrava os dedos na pele dele, mordiscava os lábios, sentindo a excitação viril pressionando contra sua coxa.
-Yaman…
-Seher…
A respiração ofegante de ambos. Yaman beijou-lhe os seios, e finalmente tomando-lhe a boca num beijo sedento. Com um único movimento flexível, cobriu-a com o corpo poderoso, os quadris pressionados contra suas coxas trêmulas, e por fim Seher experimentou a intimidade da magnífica ereção do marido deslizando para dentro de sua umidade suave.
Yaman lhe devorava a boca. Seher estava excitava, assustada; sua respiração ofegante. Um prazer, sobre o qual não tinha controle nem conhecimento, se construía em seu interior. E Yaman murmurava coisas que ela não podia entender, mais sabia que era para incentiva-la e acalma-la ao mesmo tempo.
Yaman sentia o corpo tremer pelo esforço de se conter e não machucar a esposa… preenchendo-a lentamente, centímetro a centímetro.
-Meu amor… sinto muito, mais isso vai machucar um pouquinho, prometo que será apenas essa vez...as próximas vezes serão melhores. Eu prometo!- ele sussurrou.
Em meio ao prazer que sentia, Seher não entendeu muito bem as palavras do marido. Então, ele investiu mais profundamente… a dor aguda a pegou de surpresa. Ela não podia respirar, não podia pensar. Yaman estava imóvel sobre ela.
-Sinto muito!- sussurrou ele, beijando-a em seguida, engolindo o choro dela.- Sinto muito… prometo compensa-lá mais tarde.- beijou-a com carinho, deixando que ela se acostumasse com ele dentro dela.
Após um momento, sentiu o corpo de Seher relaxar um pouco. Os corações de ambos batiam frenéticos, como se fossem um só, enviando uma única mensagem ao corpo de ambos. Sentiu as mãos dela em seus cabelos, ele apoiou as costas e beijou-lhe a boca com ardor… antes de recomeçar os movimentos lentamente.
Seher, sentia que seu corpo estava prestes a explodir novamente, a dor e o desconforto que sentira momentos antes, estavam desaparecendo.
-Yaman. - Seher se moveu embaixo dele com uma sensualidade nascida do instinto. Abraçou-o com os braços e as pernas.
Yaman sentiu que Seher estava com ele em cada passo glorioso do caminho que os levaria em direção ao clímax.
Com as bocas separadas, se olharam com intensidade, a primeira onda do êxtase arrancou um grito da garganta dela, Yaman envolvendo-a nos braços, deu a última investida e emitiu um gemido gutural e juntou-se a esposa na fantástica liberação do prazer.
Os momentos que se seguiram foram quase tão bons quanto o primeiro ato de amor que ambos experimentara. A consciência da pele quente um do outro. O tamanho e o peso dele, a força e o poder de sua masculinidade pressionando-a contra a cama. E acima de tudo, o jeito que Yaman ainda a abraçava, apertado, bem apertado.
Ela sorriu.
-Foi… incrível. - murmurou.
Liberando-a de seu peso, Yaman rolou para o lado, levando-a consigo. Sonolenta, Seher se aninhou contra o homem que a transformara de menina em mulher, em todos os sentidos, como o amava. Pensou antes de adormecer.
Yaman ficou acordado, observando sua linda esposa que dormia aninhada ao seu corpo. Ela era linda. E ele um homem de sorte: encontrara o amor, quase o perdera por ser impulsivo, mais ali estava ele novamente tendo uma nova chance de ser feliz. Suspirou.
-Obrigado, meu Deus!! - agradeceu.
Afastou uma mecha de cabelo do rosto de Seher, e sorriu mais uma vez admirando-a. Aconchegou-a melhor, ao seu lado e cobriu-os. Ficou olhando-a e admirando-a até adormecer.
Seher, mexeu-se na cama, espreguiçou- se e então, abriu os lindos olhos verdes. Seus movimentos lembravam de uma gata, reconheceu o marido, maravilhado. E mais uma vez, admirou como ela era linda.
Seher viu que era observada pelo marido, e deu- lhe um lindo sorriso.
-Bom dia!
-Bom dia, como você está? Dormiu bem? - perguntou Yaman.
-Muito bem.- sentou-se na cama, então, o edredom escorregou, revelando os belos seios. -Oh!- exclamou, se dando conta que estava nua.
Tentou se cobrir, envergonhada, mais Yaman não deixou.
-Não! Não precisa ficar envergonhada, somos marido e mulher… e a noite passada, você me deu vida novamente… e me fez o homem mais feliz do mundo, pela segunda vez em toda a minha vida!
Seher, ouviu apenas a frase ' a segunda vez em toda a minha vida'. "Quem proporcionara a primeira vez?"- pensou enciumada.
Yaman logo percebeu o biquinho dela, e sorriu.
-Quando vai entender que você é a primeira, segunda e terceira em minha vida?! Tudo o que vivi foi com você… a primeira vez que fui tão feliz, foi na noite do nosso casamento! - contou ele.
Seher suspirou aliviada. E abraçou.
-Até que enfim! Achei que não fosse ter meu beijo de bom dia. - provocou ele.
Seher sorriu.
-Se sente bem? Não está dolorida? - quis saber preocupado.
-Não… estou bem. Me sinto bem!- respondeu.
-Ótimo. Fazemos uma excelente dupla.- deu uma piscada marota.
Seher sentiu as bochechas arderem… Tinha certeza de que estava corada. Mas, em seguida foi surpreendida pelo marido, que a puxou para baixo e a pressionou levemente com seu corpo, beijando-a com paixão.
-Agora, minha dose da manhã. - sussurrou, acariciando-a sob o edredom.
-Yaman! - exclamou sem jeito.
- Eu disse que você é meu remédio, e a minha cura… que precisaria de uma dose sua de manhã e outra a noite! - replicou com paixão.
- Eu…- começou Seher, mais desistiu ao sentir a excitação crescer, conforme o marido acariciava seu corpo. Sem resistir mais, beijou-o com desejo.
 
 
 
 
 

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