capitulo 30

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Meninas obrigada por cada voto e comentários.



 
Nihan acordou de mal humor, por ter que levantar cedo. Mas, o que mais lhe estava deixando irritada, era ter que aturar Halit , durante 10 horas e meia na viagem de carro até Ordu.
Para depois localizar a aldeia que Zuhal estava se escondendo.
 Ordu, uma cidade situada na costa do mar negro, era conhecida como a Paris turca. Por causa das ruas e dos seus edifícios elegantes. E sua praia com grande parte de rochas. Um dos pontos turísticos mais visitados era o teleférico, situado na região montanhosa da cidade.
Em uma pequena aldeia pesqueira, nas proximidades de Ordu, Zuhal estava escondia com medo de que descobrissem, que havia matado sua irmã Ikbal. A saúde mental de Zuhal estava piorando, andava tendo alucinações, vendo Ikbal a sua frente a chamando de assassina. Devido às alucinações tinha medo de que as pessoas se aproximassem de si, e em alguns momentos até falava palavras desconexas.
Alguns dos pescadores da região a chamavam de louca. Um dos pescadores mais jovem salvara a moça de tentar se matar por 2 vezes. O rapaz se encantou assim que a viu.
Tentou várias vezes ajudá-la, mas Zuhal não permitia a sua aproximação .
Nihan decidiu se vestir mais a vontade já que iriam para região de praias. Colocou um short preto - soltinho nas pernas e acima do joelho - mas marcava sua cintura, uma blusa branca colada ao corpo, sandália de salto preta. Colocou os óculos escuros, e recostou-se no banco do carro, tentou dormir um pouco, foi quando sentiu algo sobre suas pernas. Levantou o óculos para ver o que era. Sobre suas pernas estava paletó de Halit.
- Me explica uma coisa? Qual é seu problema com a minhas roupas?– perguntou mal humorada.
- Apenas estou cobrindo suas pernas. – sorriu – Mais uma vez, está vestida inadequadamente.
- Meu pai não fala das minhas roupas. Não será você que me fará mudar. – esbravejou -  e qual problema do meu shorts?
- Está mostrando demais. – disse, olhando as pernas de Nihan.
- Tudo que é bonito é  para se mostrar. – ironizou – E você, não é meu dono!
 
 
Yaman permanecia a espreita para vigiar, onde Seher ia tão cedo todos os dias. Ia segui-la e descobrir para onde ia.
Seher encontrou Aisha na rua, as duas caminhavam lado a lado e conversavam tranquilamente.
- Por que você está comendo isso a essa hora? – perguntou Aisha curiosa vendo Seher comendo o doce.
- Estou com vontade. E se não comer agora, mais tarde não terei tempo. – respondeu a moça levando o doce a boca.
- Não entendi porque você parou para comprar. Mesut viu seu marido comprando esse doce ontem. – Aisha falara demais.
- Não quero nada que venha dele. – Seher se deliciava com doce enquanto andava.
Yaman mantinha-se a distância, para não ser visto, que as seguiam.
 
Por mais que Halit tentasse se controlar, era inevitável não sentir ciúmes de Nihan. Que não colaborava nem um pouco, sempre o enfrentava e lhe tirava do sério.
De esgueira olhava para Nihan, uma mecha negra lhe caia sobre o rosto. Seus cabelos sempre bem alinhados caiam sobre seu rosto, a moça ressonava tranquilamente. Fixou seus olhos admirando as pernas de Nihan. Parecia um anjo dormindo!
“ Vou acabar enlouquecendo com essa mulher!” – pensou sorrindo.
 
 
Neslihan conversava com Firat tranquilamente dentro do carro,enquanto aguardava o horário do curso.
- Firat, quero que Seher e Yaman sejam as testemunhas do nosso casamento. – insistiu.
 
- Mas Neslihan... – foi interrompido.
- Não tem mas. – disse decidida – Vamos esperar, Seher e senhor Yaman  se acertarem.
- Está bem. – disse derrotado – Vamos esperar, para serem as testemunhas do nosso casamento.
Firat suspirou derrotado, sabia que levaria algum tempo para os dois se acertarem. Com as informações que sua mãe havia lhe dado não seria tão cedo.
 
 
Com a viagem de Halit e Nihan, Ferya se ofereceu para acompanhar Leyla na terapia em grupo. E mais tarde na consulta médica, que Nihan marcara, queria outra avaliação médica sobre a saúde de Leyla.
Enquanto esperava Leyla, Ferya relembrou o encontro… melhor, reencontro das duas e sorriu. Ela e Aslan, estava chegando em casa e Leyla saía… foi quando se esbarraram no portão de entrada. Leyla olhara para ela, ficara muito surpresa, e exclamara:"Ferya?!Não acredito que é você, depois de todos esses anos." Após alguns segundos,Ferya havia reconhecido sua melhor amiga na adolescência e abraçaram-se emocionadas.
Como o mundo dava voltas. Naquele rápido reencontro, haviam se prometido não perder contato e retomar a velha amizade. Desde então, haviam conversado bastante...seus caminhos não apenas tinham seguido em direções opostas como suas escolhas também.
Ela, Ferya, havia tido uma vida confortável, de luxo, por assim dizer - tornara-se uma mulher elegante e sofisticada, casada com o amor da sua vida e um diplomata, dois filhos, viagens e amizades em inúmeros países. Leyla dera a entender que sua vida não havia sido tão boa quanto acreditara que seria. "Minha querida amiga, como a vida deve tê-la maltratado." Pensou Ferya, nesse momento a amiga apareceu.
- Como foi a terapia? – Ferya perguntou sorridente.
- Boa, apesar de ser chata. – confidenciou rindo.
- Você almoçará comigo e mais tarde iremos ao Médico que Nihan marcou. – disse não aceitando recusas.
 
 
Yaman seguiu Seher a distância, e viu que se encaminhavam para a fazenda. Aisha e Seher se separaram. Naquele dia, Seher iria trabalhar na plantação de rosas, e Aisha ajudaria na cozinha.
Yaman ao ver alguns rapazes conversando com Seher, cerrou os punhos com ciúmes da esposa. Continuando na espreita, a seguiu.
Mahfuz estava preocupado que não encontrava o neto, e começou procurá-lo pela fazenda .
- Yaman. – gritava o nome do menino – Yaman.
 
- O senhor está me chamando? – Yaman perguntou confuso.
 
- Não, estou procurando pelo meu neto. – respondeu o senhor – Quem é você? E o que faz aqui?- indagou o senhor.
Mahfuz encarou o desconhecido a sua frente e se perguntava quem era e o que fazia ali. Lhe chamou atenção a perna engessada.
Seher estava de costas, mas ao ouvir a voz do seu marido atrás de si, se virou vendo que conversava com senhor Mahfuz.
- Esse é meu marido, senhor Mahfuz. – respondeu ao senhor – Mas já está indo embora. Não é? – encarou-o, os olhos faiscando de ultraje.
- Está bem, minha filha. – sorriu afetuoso para Seher  - Bou continuar procurando o Yaman.  Oh, menino impossível! – sorriu o senhor falando do neto.
 
Seher aguardou Mahfuz se afastar, para falar com Yaman, estavafuriosa. 
- Vá embora. – disse sem olhá-lo – Pare de me seguir!
- Não estou te seguindo. Apenas queria saber onde você estava... – começou caminhar atrás de Seher – Me preocupo com você. Você e  Yusuf são o que mais tenho de precioso na minha vida.
- Sou tão importante na sua vida, que sempre mentiu para mim! – disse, se virando de frente para ele. – Não confiou em mim, em nenhum momento.
- Eu errei muito com você. Sei que te magoei muito. – tentou se aproximar – Você e Yusuf são as pessoas mas importantes na minha vida!- repetiu-  Não ter vocês, não ver vocês dois me enlouquece, não saber se estamos bem…Quando você fugiu...
- Eu não fugi. – o cortou furiosa – Apenas não queria que você soubesse onde estávamos. Queria apenas ficar longe de você!
- Seher, eu te amo . – Após Yaman dizer isso, Seher fechou os olhos lembrando do tiro. – Depois que a tive em meus braços, vi o quanto estava errado e te fiz sofrer e que tenho que mudar. Mas não consigo viver sem ver vocês dois.
- Somos tão importantes para você, que não se cuida. - respondeu enraivecida-  Sua saúde é uma questão delicada. Tem que fazer repouso para se recuperar da fratura na perna. E o que tem feito?- o questionou - Com certeza, andou por toda Istambul atrás de nós, e agora aqui… andando de um lado para o outro...
- Eu te prometo que vou mudar, que vou respeitar seu tempo e espaço. – no rosto de Yaman era visível o arrependimento – Prometo que vou me cuidar, farei o que o médico pediu. Mas por favor, me deixa estar perto de você e Yusuf?! Não fuja, apenas me deixe ficar com de vocês, vê-los… não vou interferir em sua vida, vou me esforçar todos os dias para recuperar sua confiança. Eu vou mudar, Seher. Por nós. Mas não consigo viver sem vocês.
- Espero que cumpra essa promessa. – jogou na cara de Yaman -  Agora vá embora e vá fazer repouso.
 
 
Nihan estava dolorida pelas várias horas de viagem de carro, Halit não havia parado em nenhum momento. Assim que chegou em Ordu, Ali já estava no carro, esperando-os.
Nihan desceu do carro e se esticou. Estava faminta.
- Nihan, vamos almoçar ? – Ali convidou ao vê-los.
- A Doutora Nihan, vai ver comigo a documentação. – Halit respondeu por Nihan que ficou enfurecida.
 
Halit arrumou uma desculpa para não deixá-la, almoçar com o comissário. Nihan esperou calmamente Ali se afastar, para falar.
Halit retirou algumas coisas do carro e Nihan fechou a porta, pegando-o de surpresa. Prensou o promotor no carro, que se virou.
- Escuta aqui. – alterou a voz  - Pare de se meter na minha vida.
Se virou batendo com os cabelos em Halit, que a puxou pelo braço trazendo-a para junto de si, a olhou nos olhos e a beijou.
Nihan estremeceu no momento que sentiu os lábios de Halit contra os seus, tentava empurrá-lo inutilmente. Quando se soltou, Nihan se virou para controlar a sua respiração.
- Não vou deixar a mãe do meu filho almoçar com qualquer um. –ele sussurrou nos ouvidos de Nihan.
Enfurecida, Nihan saiu andando na frente.
“ Esse estrupicio me paga" o xingou.
 
 
Yaman se manteve fiel ao que prometeu a Seher. Mas, quando a viu chegar com um vaso com uma rosa, não gostou nada. Ficou se perguntando quem havia lhe dado.
Acabou cochilando sentado no jardim. Quando despertou, Seher estava na sua frente e havia colocado sobre a mesa, uma caneca de Café com leite.
- Esquentei leite para Yusuf. – respirou fundo – Trouxe para você, café com leite. Tome seus remédios.
Em cima da mesa estava a sacola com os remédios. Ela se virou sem esperar resposta.
Seher preparou o jantar e arrumou a mesa, colocando 3 pratos.
- Yusuf . – chamou o menino.
- Sim, tia. – respondeu.
- Querido, chame seu tio para jantar. – respirou fundo – E o ajude a entrar.
O menino saiu correndo. Feliz, porque o tio jantaria com eles.
Com ajuda de Yusuf, Yaman entrou.
Seher comeu olhando para o outro lado . Sem encarar Yaman, que comeu com gosto a comida que Seher preparara com carinho.
- Tia, estou cheio. – disse olhando a tia – Posso ir para meu quarto brincar?
- Pode, querido. – respondeu.
Yusuf animado foi para o quarto. Yaman terminou de comer, e se levantou respeitaria o espaço de Seher.
- Obrigado – Yaman a encarou – Amanhã, não precisa levar Yusuf para mãe Nadire. – disse esperançoso – Cuidarei dele.
Se virou para sair da casa.
- Espere. – Seher pediu – Você pode dormir no sofá essa noite. Mas com algumas condições...
Yaman assentiu.
 
- Nós conversaremos somente sobre Yusuf e o estritamente necessário . – Seher respirou fundo tomando coragem - Tome seus remédios e faça repouso, por favor.
 
Yaman balançou a cabeça, concordando. Seher lhe deu um travesseiro e um cobertor . Com um pouco de dificuldade Yaman deitou no sofá.
Seher encarava o teto do quarto pensativa.
“ Ele não merece o que fiz! Mentiu para mim! Não merece.” seher se repreendia
 

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