capitulo 27

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Nota: meninas obrigada pelo 1k de votos. Estou adorando os comentários

 
Nihan levantou da sua cama bem humorada e sorridente, um novo dia se iniciava, abriu as cortinas alegre. Se sentou em frente ao espelho, ali começaria o seu tormento.
Colocou em sua frente uma variedade de corretivos e bases, e uma paleta com algumas cores, por quase uma hora tentou cobrir as marcas em seu pescoço. Mas a tentativa não deu certo, a deixando frustrada.
- A solução vai ser uma blusa de gola alta. – disse, desistindo de tentar camuflar com a maquiagem.
Começou a procurar entre as suas roupas para ver se encontrava alguma blusa de gola alta. Afinal, já estava cansada de ficar trancada em casa, evitando até mesmo seus pais.
Alif aproveitava todos os momentos, para fazer piada da situação, que no momento estava sendo desesperadora.
Precisava coordenar as investigações sobre  Akcali. Ainda tinha as fisioterapia de Leyla e Seher que não lhe dava notícias.
Revirou suas roupas a procura da camisa .
- Droga, não tenho nenhuma. – falou para si. – Você me paga promotor! - prometeu brava.
 
Andou de um lado para o outro tentando encontrar uma solução para o seu problema.
“ Alif! Ele vai me ajudar. Vou mandar uma mensagem para ele agora." Pensou, já  colocando em prática.
 
 
Cenger servia café a Yaman, que passou a noite em claro e esbravejando, furioso pelo sumiço de Seher e Yusuf. Em certos momentos, enquanto andava pela sala, era visível que estava sentindo dor na perna fraturada.
- Cenger, como que ela some assim? Sem ninguém ver? – perguntou – Mas vou encontrá-los!
Cenger preferiu não dizer nada, apenas ouvir. A companhia tocou Cenger se apressou para atender Nedin, Yaman o aguardava, impaciente.
- Seja bem vindo. - Cenger cumprimentou - O sr. Yaman está na sala.
- Nedin, tem alguma notícia? – perguntou preocupado.
- Ainda não! – o encarou.
- E se Camgoz ousou sequestrá-los novamente? Dessa vez mato ele. – Yaman cerrou os punhos de ódio
 
- Camgoz não está em Istambul. – disse antes que Yaman começa-se uma guerra. – Estamos em vigilância com demais inimigos.
- Aksak? – indagou.
- Os homens estão procurando informações. – Nedin já não sabia mais o que fazer ou dizer.
- Já dei ordens aos seguranças, aonde os dois forem sem mim, para irem juntos. – se sentou esbravejando – Nedin procure a moça que trabalha com promotor, e descubra o que ela sabe.
Nedin apenas assentiu.
 
Firat, durante a noite mal tinha conseguido dormir, preocupado com Seher e Yusuf. Há  algum tempo, estava se sentindo mal por ter julgado Yaman .
Por tudo que lhe falara, após ele ter assumido a morte de Kevser. Quando a verdade  apareceu, que Yaman era inocente, começou a se sentir mal.
Entretanto, nesse momento colocaria seu orgulho de lado. Pediria desculpas a Yaman, lhe ofereceria ajuda para encontrar Seher e Yusuf.
Ainda tinha o pedido que Neslihan lhe fizera,  mas não era momento para isso.
Após tomar o café da manhã, seguiu até a mansão, tomando coragem para o que decidira fazer.
 
 
Alif entrou no quarto de Nihan, rindo.
- Diga o que a rosa do meu jardim deseja. – falou rindo – O que você fez? – se referia a maquiagem no pescoço da irmã.
Todos da família Turkoly se referiam a Nihan,  como rosa do meu jardim, por causa do patriarca da família. Que dizia, "Nihan veio para perfumar a vida da família."
- Me faz um favor? – pediu pensativa.
- Qual? – a encarou preocupado – Desde que não seja matar o promotor! – brincou.
- Alif. – ralhou – Apenas me comprar uma camisa de gola alta.
 
Despreocupadamente, Alif sentou na cama.
- Pegue uma da mamãe. – disse sem pensar.
- Pelo amor de Deus! – sorriso de Nihan se desfez. – Devo sair de cada igual a mamãe? Você sabe que não vou fazer isso. – o encarou.
- O dia que isso acontecer, vou me preocupar. – Alif ficou sério.
- Vai ou não me comprar a camisa? – indagou.
- Vou. – suspirou vencido – Só que... – hesitou – Só poderei te entregar depois do almoço.  Tenho um compromisso.
Se levantou para sair do quarto, quando Hanife ia bater na porta.
- Desculpe. – a moça falou sem graça – senhorita Nihan, tem uma senhora querendo lhe ver.
- Hanife, minha mãe está em casa? – indagou.
- Não, senhorita. Saiu com seu pai.- informou a moça.
- Avise por favor, que já estou indo. - pediu.
 
Trabalhar sem Nihan estava sendo um tormento para Halit. Ao entrar na promotoria e ver Lalin, lhe deixou mais desanimado ainda. "Como Eda estava fazendo falta." Entrou em seu escritório, retirou seu paletó colocando sobre a cadeira e olhou pela vidraça sua frente, observando a paisagem perdido em pensamentos, lembrando de como foi sentir Nihan dormindo ao seu lado.
“ Ah como quero sentir novamente seu corpo colado ao meu. Deitar sua cabeça no meu peito, espalhando seus cabelos.” Ralhou consigo ao pensar assim.
 
Estava fazendo falta era… colocar sua mente brilhante para trabalhar. Ainda lhe faltava a questão do pen drive para fechar a morte de Kevser Kirimli.
Lalin bateu na porta.
- Entre. – ordenou sem se virar.
- Chegou uma entrega para a doutora Nihan. – informou a moça.
- Deixe sobre a mesa . – ordenou distraído.
 
Firat chegou a mansão, no momento em que Nedin saia, Cenger o recebeu.
- Neslihan está na cozinha. – informou.
- Cenger, vim falar com Yaman. – respondeu Firat.
 
Cenger o acompanhou até o terraço, Yaman estava encostado no parapeito olhando para o limoeiro pensativo.
- Yaman… podemos conversar? – Firat quebrou silêncio.
 
Yaman se virou encarando- o, balançou cabeça e apontou para a mesa, onde se sentaram.
- Yaman, quero lhe pedir desculpas.  – respirou fundo tomando coragem- Eu errei em tudo que fiz e falei. Porém, naquele momento que cometi meu erro, foi porque Kevser era como minha irmã. Eu apenas quis proteger Seher e Yusuf. Me desculpe.
O silêncio pairou por algum tempo, Yaman engoliu em seco, pensativo.
- Firat, você demonstrou que se alguma coisa acontecer comigo… Você protegerá os dois! – suspirou triste – Tudo que você fez foi para protegê-la, eu entendo isso.
Yaman compreendia pois, ele próprio, mentira na tentativa de proteger Ziya. Só não mediu a consequência dos seus atos.
- Yaman, quero te ajudar a encontrar os dois. – Firat estava envergonhado.
 
- Vou encontrar os dois. Cometi muitos erros, mas viver sem os dois, será a minha morte. – disse a Firat.
 
- Pedi ao comissário para rastrear número da Seher. – informoub- Assim que tiver qualquer notícia, te aviso. – Firat se levantou saindo.
 
 
Nihan se apressou, trocando de roupa, para ver quem era sua visita.
Se surpreendeu ao ver que era Leyla. Pediu a Hanife para levar café para as duas.
- Nihan, minha querida, o que aconteceu com você? – perguntou preocupada – Quem foi o monstro que fez isso com você? – estava horrorizada – Vou falar com Halit, isso não pode ficar assim.
 
Nihan engoliu em seco, afinal estava naquela situação por causa do próprio Halit.
 
- Leyla, querida, não se preocupe. – afagou as mãos da amiga.- Está tudo bem.
-Você sumiu, estava preocupada com você. – olhou carinhosamente- Halit me acompanhou na fisioterapia, mas senti sua falta e da sua alegria. Me desculpe vir em sua casa.
 
- Que isso, é um prazer recebê-la. – sorriu.
 
Hanife se aproximou, meio sem jeito.
 
- Senhorita Nihan, seu telefone não pára de tocar. – lhe entregou.
- Obrigada . – pegou o celular.
Hanife se retirou. Nihan olhou quem era, Halit. Depois retornaria a ligação para ele. Que ligava insistentemente.
- Leyla, me dá só um minuto para atender. – pediu.
- Sim, querida .- Leyla sorriu.
Nihan se afastou um pouco, olhou para o celular com raiva.
- Alô. – atendeu irritada.
-  Por que ainda não veio trabalhar? – Halit esbravejou do outro lado.
- Você ainda me pergunta,  por quê? – indagou – Por sua culpa.
- O que eu fiz? – perguntou perdido.
- O que fez? – falou se irritando ainda mais. – Estou com o pescoço todo marcado por sua culpa, senhor promotor. – alterou a voz.
- Venha para a promotoria, temos um novo problema . – ordenou – Se não vir, vou te buscar em casa. – ameaçou.
- Só irei a tarde. – saiu como um resmungo.
Por causa da irritação de Nihan e dela ter alterado o tom de voz, Leyla acabou sabendo involuntariamente que Halit que havia feito as marcas.
- Minha querida, me desculpe. – pediu Leyla.
- De que? -  não estava compreendendo.
- Pelo Halit ter agido assim com você. – Leyla se envergonhou pela atitude do filho – Não o eduquei para agir assim. Estou envergonhada pela atitude dele.
- Leyla. – levantou o rosto da amiga- Você não tem que se envergonhar de nada. E com ele eu me entendo. – Nihan sorriu ao se lembrar do N marcado na barriga de Halit
 
 
Um dos seguranças foi até a mansão e falou com Cenger que precisava ver Yaman com urgência. Cenger pediu para o rapaz aguardar, que Yaman estava terminando uma ligação.
Firat ligara, informando a Yaman que o último local que Seher usara o celular, tinha sido nas proximidades da mansão. Mas que descobriria com quem ela havia falado.
Yaman se aproximou do segurança que abaixou a cabeça.
- Fale rapaz. – ordenou.
- A senhora Seher quando saiu com Senhor Yusuf,  eu a vi pegar uma mala que estava escondida no jardim. – disse o que havia visto.
- E por que não falou isso antes? – perguntou.
- Não falei senhor, porque somente hoje soube que a senhora e o menino, não haviam voltado. Estive de licença médica. – se explicou.
- Volte ao seu trabalho. - ordenou Yaman, frustrado.
 
 

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