capitulo 19

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Obrigada por cada comentário e cada voto e encentivo para mim e a revisora
 

O Diretor Mahmut organizava a documentação do presídio, colocando-os em ordem, para evitar problemas futuros. Quando bateram na porta.
- Entre . – respondeu.
Ao abrir a porta, Aypery entrou rápido para não ser vista pelas demais presas .
- O que está acontecendo? - Diretor se preocupou.
- Diretor, a presa que me passou as informações, tem mais coisas para contar. – Aypery falava rápido – Porém está com medo de falar.
- Motivo?  - indagou.
- A segurança dela. – informou a moça.
- Se ela falar… a trocamos de cela, eu falo com promotor . – coçou a cabeça o diretor Mahmut preocupado.
- Vou falar com ela. – Aypery abriu a porta e observou se podia sair.
- Se ela aceitar… mande vir a mim. –  O diretor falou antes da moça sair –  Vou falar agora mesmo com promotor.
 
Yaman observava Seher na cozinha dando café a Yusuf. Desde que voltaram, ela estava sempre evitando-o. Espiava-a da porta.
- Tia, acabei. – o menino avisou encarando a tia – Tia, acabei.– repetiu.
 
- Oh, meu amor. – beijou o menino – me desculpe, me distraí.
- Posso ir brincar?- perguntou  com um sorriso sapeca.
- Sim, meu amor. – beijou – o novamente – Vou lavar a louça e já subo para brincar com você.
O menino se levantou indo para o quarto, ao passar pelo tio… Yaman  fez um gesto de silêncio para o menino, para não ser denunciado, e afagou seus cabelos.
Perdida em pensamentos, Seher passou mel em uma torrada e pingou umas gotas de limão em cima do mel e deu uma mordida. Yaman, como um leão rodeando sua presa, chegou de mansinho e beijou-a no pescoço.
Assustada, deu um pequeno pulo, se virando para ver quem era, nesse ato acabou indo de encontro aos lábios do marido unindo-os. Imediatamente, Seher corou envergonhada.
- O gosto do mel com limão é melhor em lábios. – sussurrou ele.
- Não te vi chegar. – abaixou a cabeça envergonhada.
 
- Você está me evitando? – levantou o rosto da sua esposa para ver os seus olhos. – Desde que voltamos de Antep, você está pensativa e distante.
- Impressão sua. – desmentiu- Apenas preocupação com Firat e mãe Nadire.
 
- Quero te levar na casa da ilha. – atento aos gestos da mulher á sua frente, a conhecia muito bem – Passaremos uns dias sozinhos.
 
- Seria indelicado com mãe Nadire. – argumentou.
 
Seher e Yaman hospedavam mãe Nadire, os dias estivesse em Istambul, até Firat se recuperar. Mas a senhora já avisara que dentro de 2 dias voltaria para Antep.
- Pensei para a próxima semana. – beijou levemente o pescoço de Seher, que estremeceu- O que acha?
Passou mel em uma torrada e estendeu ao marido, que pegou sem tirar os olhos do seu rosto corado.
- Quer chá?- desviou a conversa.
- Pode deixar que eu pego. – se adiantou para se servir – Prefiro a torrada como você está comendo.  – mordeu a torrada.
- Com mel e limão? – perguntou surpresa.
- Principalmente, se puder sentir nos seus lábios. – falou malicioso  – Quer ir ver Firat? – perguntou, mudando de assunto.
Seher balançou a cabeça, confirmando que queria.
 
 
Halit estava ansioso para o retorno da ligação do diretor Mahmut, a tempos tinha algumas dúvidas sobre certos ocorridos no presídio.
Nihan, como sempre entrou sem bater na porta, sorridente colocou sobre a mesa alguns relatórios.
- Olhe isso.- falou sorridente.
- Aonde você estava?- perguntou irritado.
“ Aonde você andou, mocinha?” cerrou os punhos furioso.
“ Mas isso vai acabar! Me aguarde saberei de cada um dos seus passos." A encarou, cerrando os olhos e dando um leve sorriso.
 
- Trabalhando. – falou sem olhá-lo, se sentando.
- Pensei que estava almoçando por aí, ou nas suas paradas para o café. – falou irônico.
 
- Obrigada por me lembrar. – sorriu maliciosa – Vou ligar para a Seher, a dias que não tomamos café.
 
- Se ainda fosse só a senhora kirimli. – resmungou.
 
- O que você disse? – perguntou ela.
 
- Não disse nada. – engoliu em seco – Vou ver os seus relatórios.
 
NIhan desviou o olhar e encarou a prateleira de vidro sobre a mesa do promotor . Parou seu olhar nas fotos da prateleira, as olhando com atenção.
 
“ Aonde vi essa foto?” Se questionou, tentando lembrar.
 
Ambos permaneçam em silêncio, Halit analisando os relatórios, se surpreendeu com as descobertas de Nihan. Que lhe dava uma grande suspeita para a morte de Kevser Kirimli, mas precisava encontrar a legista com urgência e descobrir o que ela escondia.
Os casos da família Kirimli, a cada dia chegava novas informações, a papelada só aumentava cada vez mais.
Atenta observa as fotos, Nihan permanecia distraída, perdida em pensamentos.
- Nihan, essas informações estão corretas? – Questionou.
 
- Estão sim. – o encarou – Ikbal Kirimli, para o que as informações apontam, era uma mafiosa. – sorriu – Foi descoberto os homens que trabalhavam para ela. Estão presos aguardado o senhor, promotor.
- Continue falando. – pediu olhando a papelada.
 
- A droga usada para drogar Ziya e Kevser, foram comprados pela própria Ikbal. – Nihan jogou cabelo para o lado tirando-os dos olhos  - Escondia seus gastos como se fossem doações para obras beneficentes . – incomodada se levantou.
 
- Ela é uma grande suspeita. – concluiu o promotor.
Halit olhava ansioso o celular, esperando retorno de Mahmut. Se levantou e começou a andar de um lado para o outro. Mas a distração de Nihan, lhe chamou sua atenção, ficou a observando.
“ Pena que é muito arisca. Pare com isso, Halit.” Repreendeu-se, suspirando.
Novamente conferiu o celular, recebeu uma mensagem do diretor.
 
“ Promotor, a presa está disposta falar se tiver proteção. Assim que possível, me retorne.”
Halit respondeu:
 
“ Estou indo agora. Arrume uma desculpa para falar com a presa. Sem levantar suspeitas".
 
- Vamos. – chamou a Nihan, pegando seu paletó.
 
- Como? Aonde? – Nihan saiu dos seus pensamentos.
 
- Ao presídio, temos mais um assunto a resolver. – a encarou.
- Não sei para que vou. – Nihan resmungou.
 
- Você vai para estar por dentro da situação. – se aproximou, ficando a poucos centímetros  - Te darei liberdade para tomar decisões,  quando estiver ocupado.
 
--Nossa, que evolução.  – disse sarcasticamente – Vou fazer seu trabalho?
Halit se aproximou mais.
- Conheço sua capacidade. – a olhou dentro dos olhos.
 
Sem pensar o que estava fazendo, a puxou para si. Com uma mão, segurava Nihan com força para junto do seu corpo, a outra foram direto para os cabelos, puxando-a para um beijo. Após uns segundo de beijo, a soltou e virou nos calcanhares.
- Seu idiota! – esbravejou irritada.
Halit saiu sorrindo da sala, uma coisa que tinha certeza: amava ver Nihan furiosa.
 
“ Ai como odeio esse promotor metido, arrogante, presunçoso,  prepotente, insolente! Você me paga!” Nihan, fumegante de ódio, caminhava lado a lado com promotor.
 
Ali, observava a cada movimento de Aisha pela casa. Não queria que a moça se aproximasse do quarto de Kiraz novamente. Se fosse necessário, a vigiaria o tempo que estivesse em casa.
Ainda tinha algumas coisas suas no quarto. Ainda queimava em seu peito a saudade que sentia, a culpa de não a ter protegido, o incomodava e doía.
Aisha, apenas queria começar sua vida em Istambul, conseguir um emprego e estudar. E ajudar os seus pais. Mas, após Ali tê-la mal tratado, mal o olhava e evitava estar no mesmo lugar que ele estivesse.
Assim que entrou na cozinha, viu Ali sentado, se virou para sair, e foi impedida por tia Sultana.
- Vamos, filha, tomar um chá. - falou com a moça – Descanse um pouco, está trabalhando sem parar.
- Tia sultana, depois eu tomo. – sorriu carinhosamente – Vou terminar de lavar a roupa.
A moça se apressou para sair, tia Sultana se sentou, encarando Ali.
- Filho, você foi rude com a moça.- suspirou – Ela é uma boa moça, é trabalhadora.
-Isso que veremos.  – mal humorado, se levantou e beijou a tia – Estou indo trabalhar.
 
Seher aguardava ansiosa para falar com Firat, Yaman a levou ao hospital sentaram juntos numa das cadeiras do corredor.
- Pode entrar, filha .- Mãe Nadire disse a Seher.
 
Seher entrou hesitante no quarto para ver Firat, que estava se recuperando bem e dentro de 2 dias receberia alta.
- Seher, estava querendo lhe ver – sorriu.
 
- Você está bem?- se aproximou, segurando- lhe a mão.
- Estou sim. Ouviu o pen drive? – perguntou ansioso.
 
- Não encontrei o pen drive! – abaixou a cabeça triste. - Quem foi que matou Kevser? – indagou.
- Seher, eu não consegui ouvir... – suspirou triste – Quando ia ouvir sofri o acidente .
 
 
No escritório de Mahmut, Halit junto com Nihan aguardava a presa, para descobrir o que ela sabia.
A moça junto com outra presa, entraram no escritório, foram levadas pela briga que causaram. Briga essa, que foi uma desculpa para as outras presas não desconfiarem.
- Dondu, sente-se. – apontou uma cadeira, Mahmut.- Esse é o promotor Halit. - apresentou-os.
 
- Vamos, Dondu fale o que sabe. – falou Halit, após as apresentações.
 
- E ela?- apontou para Nihan desconfiada.
 
- Ela trabalha comigo. – informou ele olhando Nihan – E está aqui, caso eu não possa vir aqui. Quem resolverá  será ela. É de minha confiança.
- Aypery, você vá com a carcereira e organize a solitária. – ordenou Mahmut – Infelizmente, as duas terão que ficar lá um tempo, para não levantar suspeita.
As duas balançaram a cabeça, concordando e saíram.
 
- Pode falar, terá proteção contra Melahat.  – falou Halit, espertamente colocou para gravar a declaração da moça.
 
- Melahat junto com Zuhal… a irmã de Ikbal, planejaram o sequestro de Ikbal Kirimli. – Dondu meio receosa, falava com a voz meio trêmula-  As duas se juntaram, Zuhal queria se vingar da irmã, por estar presa. Quando o plano deu errado, as duas começaram a brigar entre elas.- parou para tomar ar.- Zuhal pegou a gravação, que conseguiram durante o sequestro e ameaçou a Ikbal.
 
--O que continha nessa gravação? Você sabe?- Questionou Nihan.
 
- A gravação... Zuhal não me deixou ouvir. – Dondu  os olhou receosa. – depois de muitas brigas entre Zuhal e Melahat, fui trocada de cela. Mas por uma das presas soube que Zuhal, pediu a Melahat a gravação para se vingar da irmã. Ai teve a audiência e Zuhal foi libertada .
 
-Ótimo! – Halit estava satisfeito e encerrou a gravação-  Já orientei o diretor Mahmut, você irá para solitária para não levantar suspeita. – encarou Mahmut – Depois troque- a de cela e coloque algumas políciais observando os passos de Melahat e a proteção da Dondu. Não quero que aconteça nada a ela. – ordenou.
 
Dondu foi levada pela policial para a solitária. Halit junto com Nihan voltaram para a promotoria.
 
--Nihan, Mahmut me avisou que entregou a gravação a Firat. – informou- Quero esse pen drive.
 
- E quanto a Zuhal Akcali? – indagou.
 
-Vou levar a gravação ao juiz… ela é, agora, a principal suspeita da morte de Ikbal Kirimli. – Halit digitava rapidamente no notebook- Sem contar, que ela juntamente com Melahat responderão por sequestro.
 
 - Mas, o comissário Firat não estava afastado? – perguntou.
 
- Sim. Vá ao hospital e descubra, onde está esse pen drive. – ordenou.
Nihan não tirava os olhos das fotos na prateleira. O telefone de Halit tocou atendeu.
 
- Alô- ouviu a pessoa falar – Estou indo.
 
Saiu sem falar nada, mais uma ligação misteriosa. Nihan, sem pensar muito, foi atrás. Na sua mente vinha a toda hora a imagem das fotos e onde as tinha visto.

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