capitulo 33

787 95 33
                                    

Nota: obrigada pelos votos e comentários.
Deem uma olhadinha em uma condessa para amar!
A nesse capítulo tem uma dica. Vamos ver quem acerta ou chega perto


 
Alif tentava convencer Nihan a substituir Lalin mais uma vez. Nos últimos dias estava tentando pedir a moça em casamento.
- Vamos promotora, só mais essa vez. - pediu.
- Já faz 3 dias que você está me enrolando. – reclamou – Eu tenho uma viagem marcada. E pare de me chamar de promotora.
- Quem vê assim, pensa que você não está gostando. – provocou – Já viram a última fofoca do meio judiciário.
- Olha Alif... - alterou a voz – Ou você resolve isso hoje ou vou arrumar uma estagiária para substituir a Lalin – disse se virando. – De preferência, feia. – murmurou.
Alif gargalhou ao ouvir a irmã.
- Vou falar com meu futuro cunhado para substituir as camisas brancas, por pretas. – Alif falava para provocar – Disfarça melhor as marcas de batom.
Nihan se virou e colocou as mãos na cintura.
- Vou perguntar ao papai se tem outra filha. – falou séria – Por que essa aqui... – com as mãos fez um gesto se mostrando – Não tem nada com o promotor.- disse indignada.
Alif se sentou no sofá, gargalhando.
- Será? – provocou -  Porque já descobriram que o batom é seu.
Nihan arremessou sobre Alif uma almofada.
 
 
Alif pediu uma indicação de joalheria a Halit, que se ofereceu para acompanhá-lo. Nas conversas dos dois, Alif deixou escapar que a cor preferida de Nihan, era o preto.
Halit suspirou, olhando a caixa de veludo na sua mão com o colar que presentearia Nihan.
- Devia ter mandado fazer o anel igual ao colar. – suspirou pensativo.
 
 
Yaman aguardava ansioso o médico voltar com o resultado dos exames. Remexia-se na cadeira, com suas mãos suadas devido ao nervosismo.
Só estava ali porque havia prometido a Seher que se cuidaria.
O médico retornou e examinou os resultados.
- Senhor Yaman, seus exames estão  excelentes. – o médico recostou na cadeira.
- Afinal, doutor, o que eu tenho? – perguntou impaciente.
- Senhor, sua esposa está grávida? – perguntou de repente.
Yaman balançou a cabeça em negativa.
- O senhor está com sintomas da Síndrome de Couver ou Couvade. – afirmou. - Assim é conhecida.
- Como? – perguntou confuso.
- É psicológico. – o médico engoliu em seco. – Quando os casais são muito ligados psicologicamente, quando a mulher engravida ...o homem sofre a síndrome tendo os sintomas típicos da gravidez. Como enjoos, tontura, desmaios, desejos em alguns casos e sente até as contrações junto com a esposa. – o médico encarou-o – Como sua esposa não está grávida, vamos aguardar e faremos novos exames se os sintomas persistirem.
“ Se Seher estivesse grávida, já saberia! Esse médico deve ter errado.” Pensou balançando a cabeça.
Yaman saiu do consultório ansioso para pegar algumas coisas na mansão e voltar para Antep e ver Seher e Yusuf, estava com saudade dos dois.
 
 
Alif  ansioso olhava para todos os lados, esperando Lalin em frente a promotoria e deixou Nihan meio revoltada por causa das suas brincadeiras.
Assim que Lalin apareceu ajudou a moça entrar no carro e saíram.
- Alif, querido, para onde vamos? – perguntou curiosa.
- Vou te fazer uma surpresa. – Alif sorriu.
Alif não podia mais enrolar com esse pedido, em poucos dias teria que voltar para a embaixada na Tunísia  E Nihan queria viajar por uns dias, até o momento estava lhe ajudando, mas como conhecia a irmã sua paciência para certas coisas era curta.
 
 
Seher ansiava para que seu dia de trabalho acabasse logo, na volta para casa passaria na farmácia, compraria um exame de gravidez e tiraria sua dúvida.
Quando tinha oportunidade olhava para sua barriga pensativa, como seria? Como faria com Yusuf e o bebê? Como contaria para Yaman sobre o filho? Por que a sua barriga ainda estava pequena? Cheia de dúvidas em sua cabeça.
Em outro momento, se desesperava e as lágrimas caiam, como seria suas vidas e se passe novamente tudo que sofreu com Yusuf.
“ Se passar novamente tudo que passei não vou suportar! Meu Deus agora serão duas crianças! Meu Deus como queria que ele mudasse". Pensou, colocando a mão na cabeça.
 
Aisha ficou olhando Seher, sem entender nada. Estava falando e parecia que não ouvia.
- Seher, você está bem?- indagou.
- Estou. Só tenho uma vontade de chupar limão… – disse com a boca cheia de água - Quero dizer, os biscoitos de limão favoritos do Yusuf. – se corrigiu.
As duas se separaram quando chegaram na farmácia. Seher comprou o teste e saiu, nervosa para pegar Yusuf e ir para a casa. No caminho, comprou os ingredientes para fazer os biscoitos de limão.
 
 
Nihan estava irritada, porque queria ir viajar. Entrou na promotoria, fez o café para Halit, pegou as pastas e foi levar.
Entrou no escritório em silêncio, colocou a pasta sobre a mesa, entregou-lhe o Café.
- Você tem uma reunião com Juiz daqui 1 hora. – pegou entre as pastas, uma e lhe deu na mão.
Nihan estava sendo fria com Halit. Se virou para sair.
“ Meu Deus tem alguma coisa errada com essa mulher! Me ajuda a resistir! Ela vai aprontar. “ Halit pensou a seguindo.
Manteve seus olhos fixos no piso para não olhá-la andando.
Nihan abriu a porta, passou e virou seus calcanhares, se aproximando de Halit e o encostando na parede.
De imediato começou a sentir calor afrouxando a gravata. Nos últimos dias, as provocações estavam piorando. Sua respiração ficou ofegante.
“ Como pode acontecer isso com um  homem do meu tamanho? Ela consegue me tirar do sério. Ela está abusando da sorte". Halit pensou.
“ Vamos ver até quando vai se segurar? Apenas estou começando! E não vou usar aquele maldito anel!” sorriu.
- Doutora, pare de brincar com fogo. – suas palavras saíram como uma súplica.
- E se eu quiser me queimar. – provocou passando os dedos nos lábios de Halit.
Halit engoliu em seco, a pegou pela cintura e colocou-a sentada sobre a mesa. Sorridente e se achando vitoriosa, Nihan começou a passar as mãos no peitoral de Halit.
- Pare com isso. – pediu ofegante.
- Parar com o quê? – perguntou, desabotoando a camisa dele.
- Pare de me provocar. – disse semicerrando os olhos.
Halit não estava mais suportando, sua vontade era derrubar tudo de cima daquela mesa. Fechou os olhos, respirou fundo tentando controlar seu corpo que reagia aos mínimos gestos de Nihan, mas resistiria até o fim.
Nihan puxou-o e beijou-o. Beijou levemente mordiscou-lhe o pescoço… seu corpo reagia a ela, enquanto sua mente tentava se controlar. Mas depositou um beijo no colo exposto de Nihan, que ficou trêmula.
A respiração de ambos estava ofegante, colocou as mãos na cintura da mulher a sua frente, trazendo-a para seu colo, e se sentando na cadeira.
 
Retirou o sobretudo de Nihan o jogando longe, já estava com a camisa desabotoada e sem gravata.
O telefone insistia tocar, alertando a mente do promotor. Que a afastou um pouco e tentou pegar o telefone. Nihan jogou o cabelo para o lado e inclinou-se beijando o peito nu.
Halit pegou o telefone para atender.
- Se comporte. – pediu – Alô. – do outro lado o juiz falava
- Senhor promotor, estou lhe aguardando há algum tempo.
- Já estou indo. – mordendo os lábios para se conter, Nihan beijava seu peito e olhava-o -  Só estou pegando uns documentos.
Os dois se despediram, Halit encarava Nihan com os olhos cheios de desejo.
- Vamos parar com essa loucura. – sorriu, contendo-se com muito custo – A menos que queira colocar o anel de compromisso. – pegou a mão da moça e a beijou. – Se quiser colocar, esqueço até do meu compromisso. - piscou malicioso.
Nihan levantou enfurecida e se encaminhou até a porta ajeitando as roupas e vestindo o sobretudo.
- Preciso com urgência aliviar meu estresse – parou de falar ao ver o olhar fuzilante de Nihan.
- Não se atreva. – em largos passos chegou até Halit –  A fazer o que está pensando.
Nihan saiu batendo a porta com raiva.
- Apenas pensei em tirar umas férias ou ir ao centro de treinamento atirar. – disse Halit boquiaberto.
Na mente de Nihan fervilhava que Halit procuraria outra mulher. Esbravejando Nihan jogou algumas pastas sobre a mesa.
- Nihan, ajeita a minha gravata, por favor. - pediu-lhe com cuidado.
Sem encará-lo, ajeitou a gravata, enquanto arrumava a camisa percebeu que havia sujado com seu batom. "Droga!"
 
 
Seher caminhava de um lado para o outro nervosa, qual seria o resultado do exame.
“ Eu não estou grávida. Eu não estou grávida. É apenas uma coincidência". Seher repetia em sua mente, tentando se controlar.
Após alguns minutos, saiu o resultado que deu POSITIVO. Atordoada foi para o quarto e se sentou na cama.
- O que vou fazer? – colocou as mãos na barriga preocupada.
Quando percebeu que estava em lágrimas, suas emoções se descontrolaram durante uns segundos.
O telefone de Seher tocava sem parar, em algum lugar. Ouvindo sem saber aonde Seher estava e vendo não atendia, Yusuf atendeu a vídeo chamada de Yaman.
- Oi tio. – Yusuf sorriu ao vê-lo.
- Oi, pasha. Você está bem? – perguntou vendo o rostinho do menino. – Onde está sua tia?
- Estou sim, tio. Minha tia estava no banheiro, mas já saiu.- informou o menino.
- Leve para ela.- pediu o menino. -Preciso ver com ela, se está precisando de alguma coisa.
 
Yusuf balançou a cabeça concordando.
Enquanto dirigia de volta, colocou o celular em cima do painel do carro e esperou, enquanto isso dirigia. Queria ouvir a voz dos dois.
- Tio, dei a flor a minha amiga.  – contou o menino alegre.
- E aí? – indagou, com um meio sorriso.
- Ela agradeceu e  me deu um beijo. – sorriu envergonhado.
  - Muito bem, pasha. – disse orgulhoso do menino – Agora tem que descobrir o nome dela.
Yusuf se encantara pela menina que brincava junto, consigo e as outras crianças da rua. Yaman arrancara a rosinha que desbrochava do vasinho que Seher ganhara, e dera a Yusuf para dar a menina.
Yaman arrancou de ciúmes, mas não perguntou quem havia lhe dado o vaso.
- Pasha. – chamou o menino – Não conte sua tia- pediu – Ela ficará brava.
- Está bem tio. – deu um sorriso sapeca.
Yusuf entrou devagar no quarto sem fazer barulho, o menino se distraiu e acabou virando a câmera para mostrar a tia.
 
Seher se olhava em frente ao espelho acariciando sua barriga, que logo estaria enorme. Olhou para suas mãos e viu as de Yaman juntos as suas, levantou a cabeça e o queixo do marido estava no seu ombro sorrindo.
Seher começou a balançar a cabeça e as imagens sumiram. Se virou e deu de cara com Yusuf assustando-se .
- Yusuf! Aconteceu alguma coisa, querido?- perguntou ao menino.
- Tia, meu tio queria falar com você. – disse olhando o celular. – Acho que desliguei. – disse triste.
 
Em estado de choque pelo que tinha acabado de ver, Yaman freiou bruscamente, assustando motorista do carro detrás. Quase colidindo na traseira do carro de Yaman.
- Eu vou ser pai. – disse sorrindo e surpreso ao mesmo tempo.
Por alguns segundos ficou parado, absorvendo a imagem, despertou quando o motorista atrás começou a buzinar .
 
“ Meus Deus! Será que Yusuf me filmou com as mãos na barriga?” Seher se preocupou.
Ligou para Yaman, que não lhe disse nada apenas perguntou  se precisava de alguma coisa. Lhe respondeu morangos .
Alegre, ele foi comprar os morangos.
Suspirou aliviado quando finalmente encostou o carro na frente da casa, e com as sacolas entrou. Mais tarde retiraria as coisas do carro.
Bateu na porta, Seher abriu e o olhou temerosa.
- Cadê Yusuf? – perguntou ao não ver o menino.
- Está dormindo. – respondeu sentando na poltrona.
- Vou colocar na cozinha. – levantou as sacolas mostrando -lhe o  conteúdo.
Seher seguiu Yaman, guardaria de uma vez as compras. Yaman não se aguentando a abraçou.
- O que foi? – perguntou desconfiada.
- Nada. Só queria abraçá-la, sinto tanto sua falta… - suspirou - Como sinto falta do seu carinho, dá sua atenção… Como eu te amo! Te amo, te amo e te amo! - apertou-a levemente em seus braços e a manteve ali, juntinho dele.
Seher fechou os olhos aproveitando o abraço, estava precisando. Também sentia tanta falta daqueles carinhos.

Será que Halit vai conseguir resistir?
 
 
 
 
 
 

Espelho MeuOnde histórias criam vida. Descubra agora