capitulo 18

816 76 13
                                    

Nota. Muito obrigada a todos que votaram e comentaram. E agradecer a minha revisora Josi Rosa.

 
 
Nihan se afeiçoara por Leyla, as atitudes e gestos de dela, lembravam muito a sua mãe. Sempre demonstrou a Nihan ser compreensiva, carinhosa.
A empregada á levou até a sua patroa, demonstrando preocupação.
- Ayrla, minha querida. – abriu um sorriso ao ver a moça.
- Leyla, tudo bem? – devolveu o sorriso.
- Sim, minha querida. Vamos, sente-se. – apontou uma poltrona à  sua frente.
 
Constrangida pela situação, Nihan se sentou, um pouco incomodada. Sorriu, retirou os óculos escuros.
- Ayrla, quero te pedir um favor. – foi direto ao assunto.
- Sim. Se estiver ao meu alcance – respondeu hesitante.
 
- Você poderia, por favor me acompanhar em um lugar. – pediu mudando suas feições ficando triste.
 
- Me diga aonde é, que a levo. – respondeu Nihan já curiosa.
 
- Quero ir tomar ar puro. – Leyla se animou.
- Já sei aonde te levar. - sorrindo – Vamos fazer um piquenique.
 
Leyla deu um sorriso feliz .
 
O passeio de Leyla e Nihan, foi muito agradável. Arrancando sorrisos das duas, Leyla estava animada e corada com o passeio.
Ao retornar para o quarto com ajuda de Nihan, estava sorrindo.
 
- Ayrla muito obrigada. – agradeceu assim que se sentou na poltrona- A tempos que não me sentia assim, tão bem.
 
- O prazer foi meu. – sorriu Nihan.
 
Afoita, Hanna entrou desesperada no quarto mal, conseguia respirar tamanho nervosismo.
- Senhora, seu filho está furioso. – se dirigiu a Leyla.
 
  - Com o quê, menina?– perguntou.
 
- Ele acabou de sair a procura da senhora. – aos poucos a respiração da moça voltava ao normal – E falou que a senhora está proibida de receber a visita da doutora Ayrla.
 
- Deixe isso para lá, menina. – balançou as mãos – Nos traga um chá, por favor – pediu.
 
Niham distraidamente observava as fotos espalhadas pelo quarto de Leyla. Nem prestara a atenção no que a empregada estava falando.
 
- Aconteceu alguma coisa, Leyla? – indagou logo depois.
 
- Como sempre meu filho exagerado… – balançou as mãos com desdém.
- Leyla, infelizmente tenho que ir. – suspirou desanimada- Tenho que voltar ao trabalho.
- Que pena!Mas beba o chá, primeiro… lhe fará bem! - disse a senhora com um sorriso.
 
 
Após horas de viagem, chegaram à Istambul. Já era tarde da noite, quando deixaram Aisha na casa da tia Sultana. E, foram para o hospital com mãe Nadire.
Yaman, até cogitara passar na mansão para deixar Yusuf, mais desistiu ao ver a ansiedade das duas mulheres para saber sobre o estado de Firat.
 
As notícias eram boas, Firat estava acordado e queria falar com Seher, que foi levada à UTI, depois de mãe Nadire ver e abraçar o filho.
 
Se aproximou de Firat, em seu rosto pequenas escoriações, a boca estava cortada e o braço direito engessado.
-Seher… o pen drive… se agitou na cama, ao vê-la. - Eu estava com um pen drive…
-Se acalme. - pediu Seher, tentando passar tranquilidade à ele.- O que tem o pen drive?
-No pen drive, está o nome do verdadeiro assassino de Kevser… - falou, tentando se levantar. - E eu o perdi. - lamentou-se.
 
-Firat… você o deixou cair, quando foi levado para a cirurgia. Eu peguei e guardei, está na mansão. - respondeu, fazendo Firat se deitar. - Vou buscar e trarei amanhã para você.
-Ouça o que tem nele e depois entregue ao comissário.  É uma prova importante! - pediu.
-Está bem.
 
A enfermeira veio chamá-la, seu tempo de visita havia acabado. E, mãe Nadire aguardava ansiosa para vê-lo novamente… agora que estava ali, se recusava a se afastar do filho.
 
-Seher… como ele está? - perguntou Ali, que chegava após seu turno na delegacia.
- Aparentemente bem.- falou distraída. - Com alguns ferimentos no rosto e o braço engessado… mas está bem.
Sentado em uma cadeira no corredor do hospital, Yaman segurava Yusuf adormecido.
 
-Ali, eu preciso ir para casa. Já madrugada e Yusuf está cansado da viagem… - o comissário se virou, vendo-os sentados. - Qualquer coisa me avise, por favor. - pediu ela - Voltarei amanhã, sem falta.
- Aviso sim. - balançou a cabeça, cumprimentando Yaman - Bom descanso, até amanhã.
 
Yaman se levantou, carregando Yusuf e procurou acompanhar Seher que caminhava apressada.
-Espere. - chamou Yaman. - O que aconteceu?
Seher franziu o cenho.
-Nada. Não aconteceu nada.- acabou omitindo sobre o pen drive.- Apenas quero levar Yusuf para casa e eu estou exausta.
A resposta de Seher não convenceu Yaman, que começou a se questionar o que a esposa estava escondendo.
Ela voltara distraída e ao mesmo tempo agitada, após visitar o irmão.
 
 
Seher ao chegar na mansão foi direto para o quarto de Yusuf… Yaman colocou o pequeno na cama e ela o cobriu, beijando-lhe a testa com carinho.
Juntos foram para o quarto do casal. Enquanto, Yaman tomava banho… Seher foi procurar sua bolsa, precisava encontrar o pen drive. Encontrou-a em cima do sofá, pegou-a e despejou seu conteúdo todo no móvel e… nada. Seu coração parou.
-Sumiu.- falou para si mesma, nervosa.
 
Sentou no sofá e colocou as mãos no rosto, preocupada.
-Como fui perder o pen drive?! Uma prova tão importante. - as lágrimas começaram a surgir, uma a uma, estava em pânico.
Ansiava tanto em saber quem realmente matara Kevser, tirando-a de Yusuf. "Quem era o monstro que tirara a vida de sua irmã?" Não podia mais abraçar e nem se consolar com ela… ou mesmo contar suas alegrias à sua querida irmã.
 
 
Seher levantou do sofá disposta a procurar o pen drive, tinha que estar em algum lugar. Começou mexendo nas gavetas do criado mudo, após procurar por todos os lugares se sentou novamente e suspirou triste.
Yaman entrou no quarto, o cabelo úmido e trajando seu pijama preto.
-Você está bem?- perguntou ele.
Seher acenou que sim.
-Apenas cansada… e um pouco preocupada com a mãe Nadire…
-Tome um banho e tente descansar…eu a levarei ao hospital após o café da manhã… o que acha?- sugeriu ele.
Seher deu um sorriso cansado e caminhou para o banheiro, concordando com o marido.
 
Ela ficou um bom tempo sob o jato do chuveiro, tentando lembrar onde o pen drive poderia estar. Sem chegar a um conclusão, voltou para o quarto e encontrouo marido adormecido.
Sorriu e se deitou ao lado dele… ficou admirando-o até adormecer.
 
Seher acordou, estava sozinha na cama… olhou as horas, ainda era cedo… mas, pelo jeito Yaman já estava trabalhando… ouviu a voz dele e de Nedin conversando no escritório.
Voltou a se aconchegar na coberta, o travesseiro ainda tinha o perfume do marido.
 
 
Ali, ficara até de manhã no hospital. Com a chegada de Kara e Ibo, resolveu ir pra casa descansar. Estava exausto. Nos últimos dias, o promotor eatava extremamente exigente. E, consequentemente, seu chefe também. Bocejou.
Entrou calmamente na casa e suspirou ao passar pelo quarto que era de Kiraz. Ia passando direto quando escutou barulhos vindos do quarto… abriu a porta de repente e viu uma moça mexendo nas coisas.
 
-O que você pensa que está fazendo? QUEM É VOCÊ? - Ali se alterou- Não mexa em nada, saia daqui agora. Saia! - gritou, apontando a porta.
Tia Sultana ouviu os gritos de Ali, e foi ver o que estava acontecendo.
 
-Filho, que gritos são esses? O que está acontecendo? - quis saber, entrando no quarto.
-O que essa mulher está fazendo aqui? Quem é ela, tia? - sua voz estava bem alterada.
 
-Filho, acalme-se. - pediu - Essa é  Aisha, prima de Firat, minha nova ajudante. Ela está limpando o quarto…
-Não quero que entre nesse quarto, novamente. Fique longe desse quarto. - exigiu- Tia, não quero que ninguém entre aqui.- Ali falava muito bravo, sua voz tremia de raiva.
 
Aisha não teve a oportunidade de falar uma única palavra. A moça tremia de  nervoso e um pouco de medo.
-Venha, minha filha, venha. - chamou tia Sultana, levando a moça pra cozinha.
Ali, foi para seu quarto e bateu a porta furioso.
 
-Tia Sultana, eu não fiz por mal.- A moça chorava.- Apenas estava limpando como a senhora pediu…- soluçou assustada.
-Eu sei, minha filha. Agora, acalme-se. - deu um copo de água á moça.
 
Sentaram-se em volta da pequena mesa da cozinha. Tia Sultana obeservou a moça.
Aisha era uma moça de um pouco mais de 1.65 de altura, cabelos negros como a noite e encaracolados e olhos azuis. Possuia um olhar doce e parecia ser bem calma e amorosa. Como a sua Kiraz.
Com um suspiro, tia Sultana explicou o que acontecera à Aisha. Que escutou atentamente, não passaria novamente por aquela situação. Tomaria muito cuidado pra não ofender o sobrinho de Sultana, além de amigo e chefe de seu primo.
 
 
Yaman acordara com a ligação de Nedin, ele o aguardava para falar sobre alguns problemas.
Tudo esclarecido, eles se despediram e Yaman voltou para o quarto. E encontrou Seher já em pé, arrumando a cama.
" Lá se vai a oportunidade de ficar mais um pouco na cama abraçados."- lamentou ele.
- Bom dia. Era Nedin? Conseguiu resolver a questão das ações? – perguntou Seher ao vê-lo.
 
- Bom dia. Sim, veio pegar alguns documentos. Ainda não. – fechou  a porta – Você está bem?
- Sim. Apenas cansada pela viagem, ainda. – respondeu, se afastando em direção ao banheiro.
 
Mas foi impedida por Yaman, que a puxou para um abraço. Encostou a sua testa a testa dela, olhando dentro dos seus olhos.
 
- Quero a minha dose da manhã. – sorriu levemente – Já que perdi a da noite, ao adormecer primeiro.- provocou - Por enquanto, me contento com um beijo.
Se afastou um pouco, passou as mãos levemente nos cabelos, descendo até os ombros. Levantou o queixo de Seher lentamente e começou a se aproximar o rosto para beija- lá.
 
- Yaman...Yaman…. – Ziya o chamava do outro lado da porta.
 
- Que foi, irmão?- respondeu – Entre.
 
Seher não conseguiu ficar sem esboçar um sorriso ao ver a frustração de Yaman. Ela também estava desapontada.
 
- Yaman . – Ziya abraçou- o – Graças a Deus, vocês voltaram. – estendeu um vaso para o irmão. – Olhe, a roseira está florescendo. – sorriu.
Com cuidado examinou os pequenos botões, que logo se tornariam belas rosas. Aquela roseira tinha sido plantada pelos dois. Ziya cuidava da roseira com maior carinho.
- Sim. – colocou a mão no ombro do irmão. – Está tudo bem, irmão?
“ Irmão, você e Yusuf são um caso a parte. Parece que os dois tem sensores.” Pensou frustrado e divertido, observando Seher, que ficara pensativa mais uma vez.
 
“ Conto ou não conto a ele sobre o pen drive? Aonde esse pen drive foi parar?” sorriu para Ziya.
Pediu licença e se adiantou para o banheiro, deixando os dois irmãos conversando. Abriu a torneira da pia lavou as mãos e se ollhou no espelho.
“ O que faço? E se eu contar e der tudo errado? Será que Yaman realmente assumiu a culpa querendo dar um desfecho a minha dor? Ou está me escondendo alguma coisa?”
Cheias de dúvidas, Seher olhava seu reflexo no espelho, lavou o rosto tentando coordenar seus pensamentos. Em sua mente passava um pequeno filme dos últimos acontecimentos… sorriu, a viagem para Antep mostrara ser uma agradável surpresa, um verdadeiro sonho, apesar das circunstâncias… "Nunca imaginara que… ", cobriu os olhos, envergonhada. Agora, estavam de volta a mansão … o sonho continuaria, ou teriam novos empecilhos?! - perguntou-se insegura.
"E o que teria no pen drive de Firat? Além da confissão do assassino de sua irmã?!" - suas mãos tremiam levemente. "Preciso encontrar esse pen drive."
 

Espelho MeuOnde histórias criam vida. Descubra agora