capitulo 35

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Nota. Meninas quero pedir um favor comentem e me digam se gostaram.


 
Por algumas horas Nihan e Halit dormiram tranquilamente. Halit a colocou junto ao seu corpo, abraçando-a e colocando seu rosto entre os cabelos e os ombros dela.
Nihan acordou estranhando as mãos em sua cintura e tentou acender a luz da mesinha de cabeceira.
- Humm. – Halit resmungou, a puxando com força contra seu corpo.
Ao acender a luz, Nihan observou quem era o intruso no seu quarto.
- Como que você entrou no meu quarto? – se sentou em uma mistura de irritação e surpresa.
Sem falar nada, Halit a puxou de volta a abraçando, colocando seu rosto contra seu peito.
- Shiii. – fez Halit de olhos fechados, lhe dando um beijo – Vem, vamos dormir.
- Senhor promotor, eu quero uma explicação – afirmou Nihan – Isso é invasão, é crime.
- Eu entrei com a chave, meu amor. – a provocou sorrindo.
- Vou processar esse hotel. – disse revoltada – Onde já se viu, dar a chave a qualquer um.
Halit não perdeu a oportunidade de provocar, e mordiscou-lhe a orelha.
- Pode processar. – disse zombando.
- Me responda uma coisa. – disse tentando se soltar – Por que está me seguindo?
-Estou apenas cuidando do que é meu. – se recostou na cabeceira da cama, olhando-a.
- Não sou sua propriedade! – Nihan levantou.
- Não faz isso, não. – pediu ele fechando os olhos.
- Fazer o quê? – perguntou curiosa.
 Halit fechou os olhos ao ver Nihan passando as mãos no cabelo, a camisola levantou mostrando as coxas da moça, respirou fundo ao ver a camisola se ajustando ao corpo dela.
Nihan compreendeu que um gesto simples tinha mexido com o promotor, até sua respiração tinha se alterado.
Sorridente, se aproximou passando uma perna de cada lado do seu corpo sentando em seu colo. Halit abriu seus olhos fixando-os nos de Nihan, então  sorriu também.
“ Ah, senhor metido vou te mostrar! Vamos ver quanto tempo vai resistir!” pensou dando uma gargalhada.
Halit a puxou pelos cabelos com firmeza, mas com um certo cuidado para não machucá-la, dando-lhe um beijo que em poucos segundos se aprofundou, fazendo seu próprio corpo reagir.
 
 
Alif estava se divertindo em perturbar seus pais com a situação de Nihan e o promotor.
Ferya recebeu a visita de Leyla, que estava preocupada com o sumiço do filho.
- Minha querida, se acalme. – Ferya tentava acalmar a amiga.
Leyla estava aflita. Alif entrou na sala rindo.
- Tia Leyla, tudo bem? - perguntou irônico a cumprimentando.
- Aí meu filho, estou preocupada com Halit, que sumiu. - disse aflita.
- Tia, se preocupa não. – disse se jogando no sofá - Ele está atrás da Nihan. – disse olhando a mãe que balançava a cabeça em negativa a atitude do filho.
“ Meu Deus, o que fiz para ter dois filhos assim?! A Nihan abusada, vive em confusões. Alif não sei como é diplomata, se fala demais”. Pensou Ferya desolada.
- O Halit foi atrás da Nihan?! – Leyla perguntou surpresa colocando as mãos no rosto.
- Se eu fosse a senhora, tia … - caiu na gargalhada – Se preparava, porque não vai demorar nada e Nihan será sua nora. Isso se não pular algumas etapas. Para a tristeza do Vovô.
- Alif. – Ferya o repreendeu.
Alif saiu da sala às gargalhadas. O sonho do velho Turkoly, era casar a única neta com pompa seguindo todas as tradições, dando uma grande festa para se gabar com seus amigos.
 
Nedin foi conferir como estava a situação na mansão.
- Cenger, Yaman já sabe da situação? – perguntou.
- Ainda não. – disse Cenger olhando para Ziya e a enfermeira – Estou esperando ele retornar com a senhora Seher e Yusuf.
- Acho melhor você passar a situação para Seher, talvez ela saiba lidar melhor com tudo isso.  – disse Nedin, preocupado.
- A enfermeira está querendo ir embora. – disse Cenger se virando de costas – Senhor Ziya está em cima da moça, tentando conquistá-la.
- E a moça? – indagou Nedin.
- Está envergonhada com a situação. – Cenger sorriu – Ela disse a Adalet , que seria melhor ir embora.
- E irmão Ziya? – Nedin, agora já estava rindo da situação.
- Ele está ousado. – sorriu.
Ziya tentava de todas as formas conquistar a enfermeira. Onde a moça ia, ele ia atrás tentando se aproximar, a cercando.
A moça já estava pensando em abandonar o trabalho, de tão constrangida. Estava ali para trabalhar.
Tanto Cenger quanto Nedin riam da moça, toda sem jeito e Ziya tentando lhe dar as flores. A moça estava corada de constrangimento.
 
 
Yaman caminhava lembrando das palavras do Senhor Mahfuz. Olhava para suas mãos, onde segurava as 3 rosas.
Avistou Seher, mais a frente, colocando algumas rosas em uma cesta. Parou nervoso, apertando o cabo das rosas ao ponto dos espinhos lhe machucar a mão, sua testa estava úmida de suor. Respirou fundo e começou a se aproximar.
 
 
Seher terminava de colher as rosas necessárias para o buquê, colocando-as na cesta, quando ergueu a cabeça… distinguiu a figura do marido andando entre as fileiras de rosas brancas. Ficou brava. “O que ele está fazendo aqui? Quer me fazer perder o emprego, só pode.” concluiu.
Ao mesmo tempo, admirou-lhe a postura… ele estava com a bota ortopédica, mas conseguia andar com uma certa elegância que era só de Yaman Kirimli. Seher trincou os dentes com esse pensamento. Então, ele estava a sua frente, era possível ver seu nervosismo, na forma como abria e fechava a mão livre.
- O que faz aqui? - quis saber, a guisa de um cumprimento.
-Nós… precisamos conversar! - disse ele em voz baixa.
- Ah é?! E o que seria tão urgente que não poderia esperar eu voltar pra casa, precisava vir aqui… quer me ver ser despedida do emprego?- perguntou furiosa.
- O sr. Mahfuz sabe que estou aqui… vim visitar a fazenda… ele me contou tudo sobre as rosas…
- É mesmo?! - Seher sorriu sarcástica.
- Sim, e outras coisas que ele me disse… junto com algumas decisões que tomei, me fizeram vir conversar com você…
- Não posso conversar agora… tenho um trabalho a fazer. - pegou a cesta e ia passar por ele, que segurou seu braço.
- Seher, por favor… que seja a última vez… mas me escute, por favor. - pediu ele.
- Sabe quantas vezes pedi para conversarmos, e você disse que não ou me ignorou?! Sabe quantas vezes corri atrás de você para entendê-lo? Sabe …- ela parou, a voz estava embargada, não queria chorar, não podia chorar, respirou fundo para se acalmar. - Sabe quantas vezes me magoou?
- Sei que machuquei você profundamente… e é sobre isso que preciso falar…- os olhos dele estavam suplicantes, como no dia em que ele lhe entregara uma arma em sua mão. Seher fechou os olhos para impedir a imagem de voltar. - Sobre meus erros…
Seher sentiu o corpo estremecer, não podia voltar daquele jeito para a floricultura, precisava se acalmar… mas o cliente esperava as rosas… olhou ao redor, um outro funcionário passava duas fileiras depois..
-Irmão? - Chamou Seher, o rapaz acenou - Pode levar essas rosas para a floricultura, por favor? Preciso resolver um assunto.
O rapaz assentiu e levou a cesta.
Seher abriu e fechou as mãos tentando conter o tremor e o nervosismo. Yaman engoliu em seco, agora que começara iria até o fim.
- Você conhece minha história, conhece meus traumas… conhece a minha vida, porque você faz parte dela. Chegou no momento mais sombrio e me trouxe para a luz, eu inseguro… voltei muitas vezes para essa escuridão e dessa vez a levei comigo, transformei seu coração puro em algo sujo… achei que estava protegendo meu irmão, protegendo você e Yusuf… quando na verdade estava magoando as pessoas que mais me amava e as pessoas que mais amo…
-Isso você já disse outras vezes… o que mudará agora? - interrompeu Seher, cruzando os braços.
- Antes eu achei que estivesse pronto para mudar… mas não estava… perder você e Yusuf, me fez perceber que não posso continuar assim, preciso mudar de dentro para fora… - Yaman olhou o roseiral, branco como a neve - Quando estou com você minha alma e mente, ficam como essas rosas… você me transmite paz, tranquilidade, calma… por isso, não posso ficar sem você… é meu ponto de equilíbrio com a vida, é o meu remédio, é a minha cura… Mas agora eu sei que preciso recuperar isso tudo por mim mesmo, não posso depender apenas de você, não posso sobrecarregá-la com mais esse peso… eu entendi que pra ter você ao meu lado… preciso estar bem comigo mesmo, e também que preciso deixá-la escolher, se quer continuar comigo ou não… Se quiser partir, eu prometo que não a seguirei, aprenderei a viver com suas escolhas… não apenas as minhas...
Seher arregalou os olhos, Yaman nunca aceitara abrir mão dela ou de Yusuf.
- E se eu escolher partir? Como saberei que não virá atrás de mim, que não me chantageiará mais? Que não tentará tirar Yusuf de mim?
- Yusuf é o nosso legado. Eu me comprometi, nunca mais fazê-lo sofrer e isso eu vou cumprir. - afirmou ele - Se decidir partir, aceitarei sua escolha… sofrerei é claro, mas respeitarei sua vontade… Eu vou fazer de tudo para que você me escolha, meu amor… farei o que for possível… inclusive, procurarei ajuda médica… falarei com quem for necessário… grupos de auto ajuda… grupos para controle da raiva… eu vou superar meus traumas, meus medos… vou me tornar o homem que você merece. Eu vou mudar! Meu amor por você é o que me sustentará nessa jornada… sei que será uma caminhada longa e difícil… mas entendi, que posso fazer isso ao lado da minha família ou terei que fazer sozinho…
- Você está falando sério? - Seher não acreditava no que estava ouvindo, por isso olhava dentro dos olhos do marido… e pela primeira vez os olhos escuros, não estavam atormentados… tristes sim, mas não havia aquela escuridão, aquele desespero. “Seria possível?!”
- Nunca falei tão sério em toda a minha vida...Não será um sacrifício, será algo bom para todos nós! - afirmou ele. - Já lutei muito nessa vida… a maioria dessas lutas foram por coisas materiais. Dessa vez, eu decidi lutar por algo maior e melhor… A NOSSA FAMÍLIA! Mas não será como das outras vezes em que eu fui o opressor, o carrasco, também não serei a vítima, serei o homem, o marido e o tio ou pai que você e Yusuf merecem, serei o homem que sei que posso ser… Vou me esforçar para isso.
Seher apenas o olhava, nunca vira Yaman se expressar daquela forma, estava surpresa, confusa… meio perdida. “E se tudo não passar de um novo jogo?”
Yaman olhou para as rosas em suas mãos e sorriu.
- O senhor Mahfuz me falou sobre as rosas… e disse que cada pessoa tem uma rosa que a representa, e que eu precisava encontrar a sua cor… - olhou para a esposa, e estendeu a rosa branca - Essa representa a sua pureza e inocência, a forma como você tocou meu coração, entrando devagarinho me tirando pouco a pouco da minha escuridão.
Seher aceitou com mão trêmula, e levou a rosa ao nariz, aspirando seu perfume. Yaman estendeu a rosa vermelha.
- Essa representa meu amor, meu desejo e minha paixão por você. É algo que está em mim e que pretendo guardar até o infinito, porque o que sinto por você é verdadeiro, e entendi que nada irá mudar isso. - fez uma pausa, esperando ela pegar e então, estendeu a última rosa, a cor de rosa - Essa é especial, porque te representa como mulher, como pessoa e a tia ou mãe… ela representa a delicadeza e ternura com que você se dedica a Yusuf, ou a qualquer outra pessoa ou coisa, a beleza da sua alma boa, que está disposta a se sacrificar pelo bem do próximo e a feminilidade, que me encanta… seus olhos, sua pele, sua doçura, sua bondade, sua empatia… mesmo com as pessoas que te fazem mal. Todas essas qualidades, me fazem amá-la e desejar estar ao seu lado sempre! - finalizou Yaman, acariciando o rosto dela.
Seher deu um leve passo para trás, estava sem fôlego. Era uma linda declaração, mas… seu medo apertou seu coração novamente. Yaman olhou-a intensamente.
- Está tudo bem, não se preocupe. Eu entendo você! Bem, acho que isso é tudo o que eu queria dizer a você, meu amor. - olhou o roseiral, e encarou-a novamente - Estou partindo para Istambul, tenho que começar meu tratamento, e também para lhe dar o tempo que tanto quer… pense sobre tudo o que eu disse. Tome a sua decisão, seja qual for… eu irei aceitar! Não estou desistindo de nós, estou me afastando para me tornar o homem que você merece!
Olhou-a longamente, então virou-se e começou a se afastar lentamente.
Seher ficou olhando para o marido se afastar, depois olhou para as rosas em suas mãos e levou-as ao peito, apertando-as ali. As lágrimas caíam uma a uma. ”Ele prometeu mudar, mas e se não conseguir? E se eu perdoá-lo, e ele fizer algo novamente?” Ela se agachou, apoiando a mão no chão, deixando a dor que sentia tomar conta de si… foi quando ouviu a voz de mãe Nadire “ Perdoar não é fácil. A pessoa magoada é quem sofre bem mais do que quem a magoou, porém é a que mais necessita de perdão.” “A falta de perdão adoece a alma e o corpo”, Seher levou a mão ao ventre, onde o fruto do amor deles crescia. “Você se tornará uma pessoa amarga.” “Yaman é um bom homem, ele a ama, sua mudança virá com o tempo.” As falas de sua querida mãe, vinham a sua mente sem parar.
-Não quero ser uma pessoa amarga. Não quero ficar nessa escuridão… tenho que pensar em Yusuf e no nosso bebê!- murmurou - Eu não posso viver sem ele, Yaman é a minha vida, meu ar, e pai dos meus filhos!Não posso deixar o medo tomar conta de mim! Ele tem direito de saber sobre o filho!
Conforme ia falando, Seher foi se levantando lentamente, em seu rosto a determinação e a certeza do que queria.
- Essa é a minha decisão, a minha escolha!
Olhou o marido que já estava um pouco distante, seu coração estava acelerado…
- YAMAN! - gritou.
Ele parou, os ombros tensos.
-Eu tenho medo!- ela tornou a gritar - Mas meu amor por você é maior. EU TE AMO!
Yaman se virou, em seus lábios tinha um lindo sorriso, e começou a voltar. Queria correr para alcançá-la, mas sua perna o incomodava e ele teve que avançar lentamente.
Seher, não aguentou esperar e foi alcançá-lo na metade do caminho, se jogando nos braços abertos do marido. Que abraçou-a apertado e a ergueu nos braços.
- Eu te amo! - ele disse baixinho - Que bom que me escolheu, mas eu vou cumprir o que prometi, realmente vou procurar ajuda!
- Eu te amo! - Ela disse, então sem lhe dar mais chances de falar, ele igualou seus lábios e a beijou, faminto, saudoso, desejoso. Seher afastou-se um pouco para respirar - Tenho algo muito importante para te contar…
Yaman a beijou, antes de soltá-la no chão devagar.
- Eu… - Seher abaixou os olhos timidamente.
Yaman segurou-lhe o queixo, erguendo seu rosto para ele.
- Diga! O que quer que seja… estamos juntos agora! - ele disse com amor nos olhos.
- Eu… nós erramos muito, ambos fizemos escolhas que muitas vezes nos separaram… apesar do nosso amor, nos faltou confiança um no outro… hoje fizemos uma escolha… escolhemos ser uma família de novo… escolhemos amar, escolhemos confiar e escolhemos mudar! - engoliu em seco - Mesmo com todos os problemas… fizemos algo lindo… - sorrindo pegou as mãos dele e colocou-as sobre a sua barriga, junto com as rosas que segurava - Fizemos nosso LEGADO!
- Grávida?! Você está mesmo grávida! - Yaman a abraçou feliz, então era verdade. Tudo se encaixava. - Um filho, vamos ter um filho! - não aguentava a felicidade que sentia. Abraçou-a e beijou-a emocionado.
- Ou uma filha… e se for uma menina?
-Com os seus olhos e com a sua doçura?! Vou amar do mesmo jeito! - disse ele sorrindo e beijando sua testa.
-Está mesmo feliz? - Seher ergueu os olhos verdes e preocupados para Yaman.
- Felicidade é pouco pelo que estou sentindo… você me deu um presente valioso e especial. Vou procurar ser o melhor pai para Yusuf e o nosso bebê.
- Que bom. Porque eu estou morrendo de medo. - disse ela aconchegando ao marido.
- Será uma mãe maravilhosa, olha tudo o que fez por Yusuf… mas entendo você … eu também tenho medo, mas vamos superar cada passo juntos.
- Promete?
- Prometo! - Yaman sorriu - O que acha que irmos contar a novidade a Yusuf?
- E se ele sentir ciúmes?
- Ele sabe que é muito amado, ficará muito feliz. Tenho certeza. - disse Yaman, abraçando-a pelos ombros, e começaram a voltar lentamente.
Seher abraçou-o pela cintura, segurando firmemente as rosas, sabia exatamente onde guardá-las. Sorriam um para o outro, felizes.
-Sabe… tenho uma confissão a fazer… - disse Yaman, Seher olhou-o curiosa - Eu sabia da sua gravidez…
Ela soltou-se, e encarou-o.
- Calma! - abraçou-a novamente - Lembra dos meus exames?
- Oh, meu Deus! Havia me esquecido completamente… e então, como foi? - quis ficar preocupada.
- Eu estou ótimo. Não deu nada nos exames… mas o médico me fez uma pergunta… - ele interrompeu a fala e a encarou, Seher olhava com expectativa - Ele perguntou se minha esposa estava grávida, eu disse que não. Mas ele estranhou porque… -Yaman começou a rir disfarçadamente - Parece que estou com todos os sintomas típicos de uma gravidez.
- O que? - Seher arregalou os olhos, ao se lembrar do que mãe Nadire havia tido- Mãe Nadire disse a mesma coisa.
- Parece que sofro da Síndrome de Couver, somos tão ligados, nosso amor é tão forte… - virou de frente para ela - Nossa mente … - tocou a testa dela e depois o peito - Nosso coração, são um só, eu sinto suas vontades.
Seher olhava espantada para ele, então começou a rir.
- É por isso que está com vontade de comer todas as coisas que gosto? Inclusive sobremesa? - Ela não conseguia parar de rir.
- Sim. - ele sorriu - Vamos contar a Yusuf, não quero pensar nos outros sintomas que ainda terei. - disse ele, fazendo uma leve careta.
- Será que a barriga vai crescer também? - brincou Seher divertida, nunca esperara aquela confissão de Yaman. Ele apenas abraçou e continuou a andar, enquanto ela ria.
 
Aslan aguardava seu chefe da segurança com as informações que pediu, estava inquieto, andando de uma lado para o outro no escritório.
A porta se abriu e Kemal, o chefe dos seguranças, e homem de confiança de Aslan entrou. Lhe entregou algumas pastas. Aslan colocou sobre a mesa.
- Me resuma, Kemal. – disse sentando-se atrás da sua mesa.
- Senhor, o promotor realmente está atrás da senhorita Nihan. – informou o homem. – O promotor tem suas artimanhas. Ele conseguiu convencer a moça da recepção do hotel que era marido da senhorita Nihan.
- Kemal, estão de olho nos dois? – indagou.
- Sim senhor. Estão atentos a qualquer tipo de escândalo para que seja evitado. – informou Kemal.
- Não quero que isso saia do nosso controle. – Aslan colocou as mãos no bolso.
- Senhor, acho melhor dar uma olhada nesses documentos. – Kemal pegou uma pasta e mostrou ao chefe.
Aslan começou a ler os documentos, ficando surpreso.
- Kemal, marque uma reunião com urgência com o desembargador. – disse se levantando. – Se eu não intervir … isso aqui. – Aslan segurou firme os documentos na pasta – Se tornará um escândalo.
- Imaginei, Senhor. – disse o homem sério. – Trouxe antes que caísse nas mãos do Senhor Ahmet.
- Esses documentos não podem parar nas mãos dele. – engoliu em seco nervoso. – Contestará imediatamente, e pode interferir na carreira dele.
- Desculpa a pergunta, Senhor. Vai interferir a favor ou contra. – perguntou Kemal.
- A favor. Se não interferir agora, se tornará um escândalo. – Aslan se preocupou com a situação.
Suspirou pensativo e em breve um caos estava se aproximando. Se não interviesse, se tornaria um grande escândalo. Com a assinatura do desembargador, os documentos se tornariam legais e validados. Caso contrário pelo conhecimento de Aslan seria um grande escândalo. Cabeças iriam rolar.
 
O corpo de Nihan reagiu, a deixando trêmula, deixando escapar um gemido. Ao perceber o que estava fazendo, se levantou nervosa . Prosseguiu para o banheiro, entrou fechando a porta encostando e suspirou.
- Estrupício de homem. – suspirou lembrando da sensação do beijo – Vou tomar banho e dar uma volta. – disse para si.
Halit deitou e voltou a dormir, nem percebeu Nihan acabar o banho e se arrumar. Quando foi cutucado que abriu um dos olhos.
- Na volta, quero você fora do meu quarto. – disse séria – Vim para cá, descansar.- Pegou a bolsa em cima da poltrona e saiu. – Não para te aturar!
 
 
Yaman e Seher buscaram Yusuf na casa de Mãe Nadire, que ficou feliz e sorridente ao ver os dois se olhando e o brilho nos olhos deles.
Yusuf estava distraído, brincando. Seher suspirou pensativa e foi para cozinha. Pegou um copo de água e começou a beber distraída até sentir os braços do marido rodeando sua cintura.
- Te assustei?. – Yaman perguntou se aconchegando à ela.
- Não.  – disse sem jeito – Estou preocupada com a reação de Yusuf. – disse encostando no peito de Yaman.
- Yusuf vai reagir bem. Ele sabe que o amamos muito! – com a mão levantou o rosto de Seher – Ele  não queria um irmão? – indagou olhando-a com carinho.
- Precisamos falar com ele. – suspirou cansada.
- O que precisa falar comigo? – perguntou Yusuf olhando os dois da porta – Tia? Tio?
- Vamos contar a ele? – indagou Seher, num sussurro, esperando apoio.
Yaman assentiu em silêncio, se libertando de Seher para pegar Yusuf no colo, se encaminhando para a pequena sala. Sentando-se no sofá com o menino.
- Yusuf, querido. – Seher tentava falar, mas sua voz estava embargada.
- Pasha, você sabe que nós te amamos muito, não é?! – Yaman afagou os cabelos do menino sentado no seu colo, este assentiu com veemência. – O que acha de ter um irmão ou irmã ? – perguntou esperando a reação do menino.
Yusuf sorriu sapeca e se levantou indo até Seher, abraçando-a levantou seu rosto e olhou a tia.
- Eu vou ter 1 irmão, tia? – perguntou alegre.
- Sim, meu amor. – Seher corou, envergonhada com a situação.
- Venha aqui, pasha. – Yaman o chamou novamente, colocando-o sentado em seu joelho bom, com a mão chamou Seher para se aproximar  - Pasha, sempre te amaremos, e vamos estar com você em todos os momentos… mesmo depois que o bebê nascer, você sempre será nosso primeiro filho. Está bem? – afagou os cabelos do menino.
- Querido, você me ajudará cuidar do bebê? – indagou Seher, beijando as bochechas do menino.
Yusuf sorriu se sentindo muito feliz. Juntou os rostos dos tios, como gostava de fazer. Deixando os 3 juntinhos. Disfarçadamente, Yaman pousou a mão no ventre de Seher. 
 
 
 
 Será até quando Halit resistir?
 
 
 

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