capitulo 12

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Halit entrou no escritório, ao chegar e saber que Nihan saíra logo após, sua ida a mansão de Kirimli.
Jogou a pasta sobre a mesa, retirou seu paletó e começou olhar pela vidraça, observando a rua. Seus pensamentos no que acontecera no dia anterior.
 
O promotor recebeu uma ligação do comandante para ir a delegacia. Por causa de uma investigação sobre uma gangue de tráfico de drogas.
O comandante o aguardava, para conversarem sobre o caso. O promotor assim que pisou na delegacia se incomodou por Nihan não estar presente.
 
“ Essa mulher só pode estar com a esposa de Kirimli.”
Caminhou pelo corredor pensativo.
“Como filha de diplomatas, era para ter um excelente comportamento. Respeitar horários e regras.”
A conversa com o comandante havia sido rápida. Distraidamente caminhava pelo corredor.
- Irmão, o comissário chamou a Nihan para almoçar. – kirp falava para Ibo.
- Ela aceitou? – perguntou Ibo.
 
- Sim, Irmão. Ela veio pegar o laudo da morte de Ikbal Kirimli. – Kirp falava com Ibo.
 
A conversa dos dois chamou a atenção do promotor, que parou para ouvir. Suas feições mudaram ao saber que Nihan aceitar almoçar com comissário Ali.
“ Mandei buscar o laudo e não ir almoçar com o comissário. Vai ter que me dar uma explicação.”
Halit saiu extremamente irritado, entrou no carro e saindo furioso para voltar à promotoria.
Resmungou enquanto dirigia, parado no trânsito viu Nihan almoçando com o comissário. Quando o sinal abriu, encostou em frente ao restaurante e entrou.
Se sentou, observando os dois, o garçom lhe entregou o cardápio . Sem olhar, pediu seu almoço. Só não sabia se conseguiria comer.
Nihan, sorridente conversava com Ali. Ambos se levantaram para sair, quando se aproximavam dele, Halit pegou o celular e ligou para Nihan como se não soubesse que ela estava ali.
 
-O promotor está me ligando. – Nihan falou para Ali.
- O promotor está aqui. – constatou Ali, apontando Halit mais a frente.
Os dois se aproximaram da mesa, olhando o promotor, surpresos.
 
- Não precisa me ligar. – Nihan falou.- Estou aqui.
- O que está fazendo aqui?- perguntou ele irritado – Não te  mandei buscar o laudo.?-  Questionou.
 
- Ali, foi um prazer almoçar com você.- Nihan falou sorrindo – Espero que possamos repetir. – Nihan jogou os cabelos pro lado – Infelizmente, o trabalho me chama.
- Com certeza almoçaremos novamente.  – Ali sorriu.
 
Nihan se sentou do lado de Halit, enquanto Ali ia embora sozinho. Halit estava com os punhos cerrados.
- Perdi a fome. – falou promotor – Vamos embora. – se levantou.
 
Chamou o garçom, cancelando seu pedido. Esperou Nihan passar a sua frente e a seguiu.
 
O diretor chamara Firat, que largou o que estava fazendo e atendeu  ansioso. Bateu na porta .
- Entre. – falou diretor – Filho, tenho algo para você. – o encarou – Primeiro me responda uma coisa.
- Sim. Pode perguntar. – Firat respondeu.
 
-Firat, por que tanto empenho em saber de Kirimli? – indagou.
 
- Diretor, Kevser Kirimli era minha irmã de criação. – Firat respirou fundo – Minha irmã de leite Seher se casou com Kirimli. – acrescentou  com ódio – Quero saber o que está acontecendo e quem está envolvido. Ele confessou ter matado Kevser e ateou fogo no coração de Seher.
 
- Filho, se acalme. – pediu o diretor – Entendo sua preocupação. – bateu no ombro de Firat. – Você quer proteger a sua irmã.
 
- Kirimli. – Firat cerrou os dentes de raiva.
 
- Firat. – Diretor sorriu – Me dê sua mão.
 
Firat estendeu a mão, Mahmut colocou um pen drive na mão de Firat, que ficou observando.
 
- Nesse pen drive tem provas. – Mahmut sorriu – Não ouvi pessoalmente. Mas por informações da informante, sei seu conteúdo.
 
- Obrigado, Diretor- Firat sorriu.
- Vá até o promotor e entrege o pen drive .- oriento-o – Nesse pen drive, tem o nome de quem matou Kevser Kirimli.
 
Firat seguiu as orientação do diretor Mahmut , entrou no seu carro. Indo em direção a promotoria. Ligou para Seher para contar a novidade.
 
Algum tempo depois…
Nihan após ser avisada da chegada do promotor voltou para a promotoria. Estava preparada para o mal humor de Halit. Bateu na porta e não teve resposta, bateu mas duas vezes, sem obter resposta entrou.
- Promotor? – chamou.
Halit estava distraído olhando pela vidraça a sua frente.
- Promotor? – chamou novamente.
Halit ao ouvir a voz de Nihan despertou dos seus pensamentos.
- Aonde a senhorita estava?– perguntou irritado – Por que não me esperou aqui?
- Continua de mal humor. – comentou Nihan sorrindo.
Quando Nihan desviava o assunto e não respondia as perguntas de Halit, isso só aumentava a sua raiva. Nihan caminhou ficando de frente de Halit, parando centímetros um do outro.
- O único homem que dou satisfação é… - Nihan piscou falando pausadamente – Meu pai!
Se virou para sair, seus cabelos bateram no peito de Halit. Por impulso, a puxou e virando-a, sem dar chance de reagir a beijou. Nihan tentava empurrar, mas Halit a segurava com força.
Nihan aos poucos deixou de resistir, então, Halit a soltou levando um tapa no rosto. Halit sorriu, por ter deixado Nihan irritada. Nihan saiu furiosa, indo caminhar no corredor.
“ Seu arrogante! Quem você pensa que é? Para me agarrar e me beijar? Está mal humorado só porque te segui ontem? Para descobrir seu segredinho."
Após caminhar várias vezes pelo corredor, se acalmou e voltou decidida. Entrando no escritório, batendo a porta com força.
-Promotor, se isso se repetir vou fazer uma reclamação formal de assédio. – Nihan estava furiosa. – Agora, vamos trabalhar.
 
Yaman, quanto mas jogava água no rosto tentando acalmar, mas seu corpo reagia. Com as lembranças que tinha de Seher nos últimos dias.
Se olhou no espelho e se perdeu em pensamentos lembrando dos últimos dias.
Havia entrado no quarto,para trocar de camisa, mas ficara parado na porta ao ver Seher se arrumando em frente ao espelho.
Seher arrumava os cabelos, Yaman parado à porta observava cada movimento. Seher pegou um batom e começou a passar.
Sem perceber, Yaman caminhara, se aproximando e ficando atrás de Seher. Que se assustou com sua presença. Ia se afastar, mas ficaram se encarando através do espelho, um olhava dentro dos olhos do outro, mas os lábios de Seher lhe chamaram a atenção... nunca a vira de batom vermelho.
 
O celular de Seher começou a tocar, despertando Yaman de seus pensamentos. Abriu a porta do banheiro, mas continuou ali, parado.
“ Preciso me controlar. Caso contrário vou enlouquecer.”
 
- Alô, Firat. – se agitou Seher ao ouvir a voz do irmão  – Aconteceu alguma coisa com mãe Nadire?
- Não. – Firat falava calmamente- Mas preciso falar com você. Estou indo a mansão.
- Está bem, te aguardo. – Seher falou desligando.
 
Se levantou dando de cara com Yaman parado, trocaram olhares. Então, ele abriu a porta do quarto, se afastando máximo de Seher.
 
Desceu, pediu um café a Cenger e foi para a varanda. Cenger ia se retirando mas, Yaman pediu que ficasse.
- Cada vez que ela se afasta me dói...- Yaman respirou fundo - Não poder consolá-la, abracá-la está me ferindo dia após dia.
Cenger ouvia atentamente.
-Eu menti para ela. – se levantou – Mas foi necessário. A justiça foi e provou o contrário para ela, que não sou culpado. – Yaman respirou fundo novamente  – Vou enlouquecer, Cenger. – bateu no peito – Aqui está queimando... cada vez que olho para ela.
- A verdade e a mentira caminham lado a lado,senhor.  – Cenger respirou fundo – A verdade é a cura e a solução.
 
Seher, enquanto aguardava Firat ouviu a conversa dos dois. Vendo que Cenger ia em sua direção, se afastou da porta que dava na varanda.
 


Nota.  Estamos felizes que estão gostando da história. Obrigada por votarem e comentar.
 

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