capitulo 38

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Nota. Obrigada pelos comentários e voto. Meninas deem uma olhada na história uma condessa para amar.

A surpriz 3 leitoras acertaram. No final tem uma explicação

 
Aslan sorriu ao ver a família reunida para o café da manhã. Se sentou e cumprimentou os filhos, depositou um beijo na testa da esposa afetuoso.
Alif observava Nihan, procurando a oportunidade de provocá-la.
Nihan bebericava seu café com os pensamentos perdidos, seu olhar estava perdido enquanto sorria.
- Hum. Quem será dono desses pensamentos? – Alif perguntou irônico.
- Não comece, Alif. – Repreendeu Aslan.
Naquele momento, a sala foi invadida por um senhor que deixou todos em silêncio com sua chegada.
Ahmet,um senhor de aproximadamente 70 anos aparentava menos, seus cabelos grisalhos bem alinhados lhe dava um certo charme, seus olhos azuis fumegavam de ódio.
Jogou sobre a mesa uma pasta e olhou para Aslan. Que se virou para olhar a fúria do pai, não estava nenhum pouco surpreso com a visita..
- Aslan Turkoly, quero uma explicação sobre isso. – o senhor esbravejava batendo a mão na pasta.
Aslan, calmamente começou a olhar os documentos.
 
 
Yaman acordou com o rosto enfiado nos cabelos de Seher, sentindo seu aroma preferido. Pousou sua mão sobre a barriga da esposa. Roçou de leve a barba na nuca de Seher a fazendo estremecer.
- Bom dia. – Yaman sussurrou para Seher.
- Bom dia – Seher tentava se virar.- Precisamos levantar.
Yaman aspirou fundo aproveitando o instante, contra a vontade se sentou na cama, ficando de olhos fechados.
- Yaman? – O chamou – Você não pode se acostumar a dormir assim não. – olhou o peito nu do marido – Yusuf pode entrar a qualquer momento.
Yaman deu um sorriso torto e se aproximou para beijá-la.
-Tia. – Yusuf a chamou.
- Está vendo? – disse se levantando.
- Estou sim. Em pouco tempo serão dois, para me roubar você. - disse mantendo o bom humor.
- Já vou, meu amor. – Seher disse indo se trocar – Querido, desça que já vamos.
Os dois desceram para o café de mãos dadas. O café da manhã foi tranquilo e animado . Ziya falava suas plantas, Yaman o tempo todo olhava para Seher que timidamente o olhava de volta sorrindo.
 
Firat aguardava ansioso do lado de fora da mansão por Neslihan, andando de um lado para o outro.
Agora queria ver qual desculpa Neslihan usaria para adiar mais o casamento.
Estava decidido que marcaria o casamento, ainda naquele dia. Neslihan saiu, sorriu para ele ao entrar no carro. Firat a encarou nervoso e entrou no carro também.
Durante o caminho para o curso de Neslihan, ele tomou coragem para falar.
- Neslihan. – a chamou – Está na hora de marcarmos o casamento.
- Está bem. – sorriu – Pode ser hoje, depois do curso? Já avisei a minha tia que demoraria para voltar porque resolveríamos isso.
Firat sorriu feliz, finalmente marcariam o casamento.
 
 
 
Yaman organizava os documentos para ir trabalhar, foi até o quarto pegar um paletó. Ficou parado na porta observando Seher, que estava em frente ao espelho distraída.
Passando a mão na barriga.
“ Como em tão pouco tempo cresceu." Admirada, acariciava a barriga.
Yaman se aproximou, colocou a mão descendo dos ombros escorregando até a cintura, Seher sobressaltou de susto. Devagar as mãos de Yaman foram para frente.
- Em tão poucos dias cresceu... – sussurrou no ouvido da esposa.
Se entreolharam, a respiração de Seher ficou ofegante.
- Estou indo trabalhar, venho te buscar para irmos na médica. – disse lhe dando um beijo rápido.
Seher piscou algumas vezes, tentando se conter.
- Médico. – respondeu enquanto Yaman se afastava.
- Que história é essa de médico? – Yaman perguntou parando na porta. – Não quero nenhum homem encostando a mão em você.  – disse enciumado.
- Yaman, ele apenas estará  fazendo seu trabalho. – Seher tentou argumentar.
- Nada disso. – caminhou até sua esposa, passou as mãos nos cabelos dela e levantou seu rosto – Será uma médica. – disse não aceitando recusas, a beijou e saiu.
 
 
- Senhor Ahmet, se sente. – Ferya disse apontando  o lado de Alif – De que se trata esses documentos? – perguntou tranquilamente.
Ferya já havia se acostumado com os rompantes de fúria do sogro.
- Do que se trata? – repetiu nervoso – Que a sua filha, minha neta querida, se casou com promotor Halit. – esbravejou.
Ao ouvir as palavras do avô, Nihan se engasgou ficando vermelha, sua mãe como estava ao seu lado foi em seu socorro. Os olhos de Nihan ficaram marejados, enquanto tentava puxar o ar tossindo algumas vezes .
- Eu quero uma explicação. – esbravejou batendo na mesa – Como a minha única neta se casa dessa forma? Aquele promotorzinho acha que minha neta não tem família? – Cerrou os punhos, andando de um lado para o outro.
- Eu avisei. -Alif gargalhava com a situação.
Com muito custo, Nihan voltou ao normal, sua garganta ardia por ter se engasgado com café quente.
- Vou matar aquele promotor. – Nihan esbravejou enraivecida, pela situação que se encontrava.
Ahmet estava inconformado com a situação. Sua única neta casando daquela forma, às escondidas.
- Aslan, arrume uma solução para isso. – ordenou Ahmet - Os advogados me falaram que se não foi consumado, o casamento pode ser anulado.
- Ih Vovô, lamento ter que decepcioná-lo. – disse Alif sorridente – Mas oh… - estalou os dedos demonstrando – Já faz tempo que foi consumado. – deu uma gargalhada.
- Alif! – os pais disseram juntos na tentativa de repreendê-lo.
- Não entendo como esse menino é diplomata. – Ahmet falou espantado – Com essa língua afiada.
- Vou matar aquele promotor, aquele estrupício arrogante – Nihan começou a proferir vários xingamentos enquanto analisava os documentos, o que mais lhe chamou atenção foi a certidão.
“ Quando foi que assinei esses documentos?” Nihan não conseguia se lembrar.
- Quem vê assim, até acredita que não está gostando. – Alif provocou-a – Será quem foi, hein? – disse zombando- Ontem, ouviu que o promotor estava de estagiária nova... - Alif provocava, enquanto seus pais com gestos o mandava se calar – Saiu correndo para  promotoria, deu um chega para lá na moça! A moça até desistiu do estágio.
Pegou a pasta decidida, iria atrás do promotor resolver a situação.
- Vou resolver isso. - disse decidida.
- Senhor Ahmet, se sente e se acalme. – Ferya tentava acalmar o sogro.
- Me acalmar como? – indagou – Se descubro que minha única neta se casou às escondidas, como se não tivesse família. – o senhor se lamentava – Isso é culpa sua, Aslan. – culpou o filho. – E sua, Alif.
- O que eu fiz?  - Alif perguntou, fingindo ser inocente.
- Se não escondesse as coisas de mim... – encarou a neta com olhar fumegante de ódio, pelo que descobrira.  – Como você me esconde, Aslan, que a Nihan sofreu o acidente no Egito por que foi dopada por um canalha egípcio? – Questionou o filho.
- Vovô! – Nihan chamou a atenção do senhor – Apenas aconteceu porque, não aceitei ter um caso com ele. – Nihan se explicava, mas percebeu que falou demais.
- Como não aceitou, te dopou. E você fugiu. - o senhor completou já sabendo da história.
- Que história é essa, Aslan?- Ferya se alterou.
Aslan ficou sem jeito do pai revelar na frente de Ferya.
-Aslan, como você pôde me esconder uma coisa dessas? – perguntou enraivecida - Minha filha quase morreu naquele acidente.  – esbravejou.
- Eu vou matar aquele promotor, aquele estrupício. – disse saindo furiosa, por causa de Halit estava aquele caos. Segredos sendo revelados.
Aslan olhou para sua esposa e via claramente em seus olhos decepção .
 
 
 
Yaman se manteve segurando a mão de Seher durante todo o tempo da consulta.
- Doutora… nós… bem, Yaman está tendo desejos de comer doces, sentindo enjoos… - Seher tentava encontrar as palavras  - Eu… estou com certos desejos ...ahn… - ela engoliu em seco, e começou a gaguejar – Com umas vontades… Que nunca tive antes… eu não… sou assim… e…  – disse corando e apertando a mão do marido.
A médica  encarou Seher e sorriu ao ncompreender o que ela queria saber.
- Seher, não se preocupe, é normal o desejo sexual aumentar na gravidez. – a médica respondeu tranquilamente – É bom que facilita na hora do parto.
Yaman ficou surpreso e constrangido com o rumo que a consulta estava tomando. Mas não pode deixar de lembrar, que realmente Seher andava mais ativa. Conteve um sorriso, ao lembrar de como ela o encurralara na saída do quarto e o beijara, deixando-o louco de desejo. Ele invertera as posições pressionando-a na parede, ela olhara-o com aqueles olhos verdes e bem, ele havia perdido a reunião.
A médica deu algumas explicações e dicas sobre quais alimentos ambos deveriam comer para que o mal estar de Yaman melhorasse.
- Em breve irá melhorar, sr. Kirimli. Esse mal estar passa após o primeiro trimestre da gestação! - disse sorrindo.
Em seguida, pediu a Seher que se trocasse para fazer o ultrassom e ver como o bebê estava.
Seher se deitou na cama, Yaman se sentou ao seu lado segurando sua mão lhe passando confiança. A médica passou um gel na barriga de Seher, que lhe causou um leve arrepio pela sensação gelada.
Logo se espalhou pelo consultório o batimento cardíaco do bebê, em ritmo frenético e acelerado. Devido a emoção, os olhos de Seher ficaram marejados. Yaman observava atento o monitor,encantado com a imagem do bebê. A médica olhou detalhadamente, e parou a imagem para explicar.
- Parabéns, serão pais de trigêmeos. É raro concepção de trigêmeos naturalmente. Vocês fizeram inseminação? – indagou a médica que viu Seher balançar a cabeça em negativa.
-Porém, são chamados trigêmeos trivitelinos ou fraternos, pois estão em placenta diferentes. – a médica mostrou  o que estava falando – Em uma placenta temos 1 menina que sua aparência será diferente dos outros dois que estão em outra placenta , aqui nessa placenta temos 2 bebês que provavelmente são bivitelinos terão aparência diferente um do outro apenas. É um menino e uma menina. – a médica falava enquanto Seher estava surpresa, quase chocada com a ideia de ser mãe de 3.
Yaman sorridente olhava para o monitor ouvindo as explicações da médica, seus olhos estavam úmidos de emoção.
Quando Seher já estava vestida, a médica passou algumas recomendações devido à descoberta dos trigêmeos.
 
 
 
Nihan entrou cheia de ódio, caminhando decidida, sendo seguida por Hana que estava sem entender o que estava acontecendo.
- Cadê o estrupício do Halit? - perguntou a Hana.
- O senhor Halit está no quarto. – disse a moça vendo Nihan se afastando, a moça deu um sorriso.
Entrou no quarto batendo com força a porta, piscou seus olhos acostumando com a pouca iluminação do ambiente, caminhou até a cama e acendeu o abajur na mesinha de cabeceira.
- Halit. – o chamou balançando.
Suas pálpebras se abriram lentamente observando quem lhe acordava, se sentou na cama recostando na cabeceira.
- Bom dia. – cumprimentou a analisando.
Ela estava com um vestido Rosê, que havia usado para esconder as marcas no pescoço. Sorriu malicioso, sabendo que as costas de Nihan estavam nuas.
- Me explica isso? – disse-lhe jogando a pasta em cima – E, você não tem roupa, não? - Questionou brava.
Nihan contemplou o peito nu de Halit por um tempo, se virou até o closet e pegou uma camisa jogando em cima dele.
- Anda, quero uma explicação? – insistiu.
Halit abriu a pasta e analisou o conteúdo compreendeu  a fúria de Nihan.
Depositou a pasta em cima da mesinha de cabeceira, e a fitou lançando seu olhar enigmático para Nihan, não demonstrando a menor dúvida e a deixando confusa.
- Escute bem! Vista essa maldita camisa. – ordenou o vendo passar a mão no peito nu - Vou procurar um meio legal para anular isso.
- Vai é!- disse irônico.
-  Você enlouqueceu? Posso destruir a sua carreira. -- perguntou.
- Depende.- a fitou sério.
– Você sabe muito bem, que redigir e assinar documentos em benefício próprio é fraude. A sorte que o desembargador assinou e anexou uns documentos corrigindo. - disse ela.
Irritada, andava de um lado para  o outro resmungando enquanto, tentando se acalmar.
Halit afastou o edredom, ficou de joelhos na cama, olhou-a profundamente, e a puxou colocando de bruços na cama, prendendo-a com seu corpo.
- Se for para ter você, vale a pena correr riscos. – sussurrou – Você é minha!
Nihan empurrava o corpo para trás tentando tirar Halit de cima. A fazendo encaixar-se ainda mais ao corpo do promotor. Ambos deixaram escapar um gemido, Halit fechou os olhos.
- O resultado da prova para Juiz está próximo e você me faz isso?!- resmungou - Isso tem que acabar. – a voz de Nihan saiu rouca com a respiração entre cortada – Aliás, acabou aqui! -disse se debatendo tentando escapar.
-Acabou?! – repetiu irônico - Acabamos de começar.
Colocou  a mão na cintura dela, a puxando com força de encontro ao seu corpo. Beijou o pescoço da moça, descendo até chegar ao meio das costas nuas fazendo-a estremecer, fechando os olhos.
 
 
Cenger estava na cozinha observando as atitudes de Ziya com a pobre enfermeira pensativo , a alguns dias Seher e Yaman tinham retornado e ainda não havia passado a situação de Ziya com a enfermeira que estava prestes a abandonar o trabalho.
Cenger estava pensativo em como levar esse assunto até Seher. Suspirou desanimado.
- Cenger, você já falou com Seher? – Adalet indagou.
 - Ainda não. – respondeu desanimado.
- Ela ameaçou ir embora antes que a entendam mal. – Adalet confidenciou a Cenger – Nunca imaginei ver senhor Ziya assim. – Disse com um sorriso. – Está ficando muito ousado.
 
 
Halit encarava o teto pensativo com Nihan adormecida com os cabelos espalhados sobre seu peito.
“ Perdi totalmente o juízo! Mas não me arrependo! Só de tê-la aqui vale a pena. Tenho que comprar um par de alianças. Só não me lembro quando coloquei essa loucura adiante." Halit estava pensativo sobre o ocorrido
Entretanto, a realidade lhe chegou acertando em cheio, de agora em diante teria que ser mais cauteloso. Caso contrário colocaria sua carreira em risco.
Seu objetivo era se tornar um desembargador, lutara durante anos para agora, por causa de deslizes jogar tudo para o alto.
Suspirou, pois o mais difícil seria se controlar. E resistir as provocações de Nihan, que lhe tirava o juízo.
A sentiu se mexendo, abaixou o olhar, para contemplar os seus olhos e perdendo seu raciocínio.
Nihan levantou sem dizer nada, em silêncio procurava por suas roupas e se vestia. Halit se aproximou, encostando seu corpo no de Nihan que estava de costas.
Passou as mãos nos cabelos, os afastou e beijou seu ombro nu. Sentiu Halit colocar alguma coisa no seu pescoço e abaixou para ver o que era.
Observou era um colar com pingente com símbolo do direito, uma balança cravejado de esmeraldas e uma plaqueta escrito, direito e do outro lado Halit.
- Representa você na minha vida. – sussurrou no seu ouvido – Você trouxe equilíbrio na minha vida, jovialidade, beleza, alegria.– sussurrou.
Halit pegou o braço de Nihan beijou seu pulso antes de colocar a pulseira cravejado de esmeraldas, com pingente em ouro amarelo como colar.
“ Não, isso não pode está acontecendo!” Nihan estava incrédula com a atitude de Halit.
Sem dizer nada, se afastou o deixando sorridente. Quando percebeu que a deixou sem reação.
 
 

Nota. O casamento sem 1 juiz de paz é possível da seguinte forma. Por Liminar, no caso do Halit se tornaria escândalo pois ele redigiu a Lumiar em benefício próprio, e considerado fraude. Para ter validade teve que ser anexado a essa liminar uma documentação e assinado por um superior dele no caso desembargador e foi enviado ao juiz que assinou é enviou ao cartório a ordem de expedição da certidão de casamento.

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