Caterina
Como em um dia normal, pensei em seguir minha rotina, acordar, tomar café, escovar os dentes e vestir pelo menos alguma coisa que não fosse pijama. Trabalhar para você mesma e em casa permitia esses privilégios.
Mas por algum motivo, hoje estava me sentindo estranha. Sentia frio, muito frio, mas conseguia ver os raios de sol do lado de fora. Eu decidi ignorar isso e me levantei da cama. Meu corpo parecia pesad, me arrasto até o closet, visto uma camisa de manga longa e um casaco por cima, coloco também uma calça de moletom e vou em direção a escada para poder ir na cozinha tomar meu café da manhã.
Mateo estava falando com Magda, que parecia querer fazer com que seus seios, espremidos no uniforme que ela tinha deixado dois botões abertos, quase pulassem no rosto dele.
Vou descendo a escada devagar e quando ele me vê abre um sorriso lindo, mas franze a testa ao ver minha roupa ou o meu rosto, não sei...
Ele sobe até onde estou e me olha preocupado.
- Cat, está tudo bem? - Ele toca minhas mãos mas se afasta em um susto.
- Estou me sentindo meio mal, mas não é nada demais, fica tranquilo. - E quando toco seu ombro perco o equilíbrio e ele logo me segura.
- Não parece ser nada demais... - Diz em tom de descrença. - Vamos, vou te levar de volta a seu quarto. Estava indo tomar café da manhã? - Ele pergunta e eu aceno com a cabeça dizendo que sim. - Eu levo para você, vamos. Consegue andar?
- Sim... - Sussurro e ele fica ao meu lado me dando apoio enquanto eu voltava para o quarto com ele.
Me deito na cama e peço para que me cubra, ele faz. Me pergunta onde fica o termômetro e indico para Mateo, que pega e coloca embaixo do meu braço.
- Eu já volto, ok? Não deixe ele cair, volto já. - Ele mantém a cara de preocupado e sai do quarto.
Não sei porque isso tudo... É só um mal estar, eu estou bem, não estou?
Ele volta com uma bandeja de café da manhà nas mãos e fecha a porta atrás de si. Antes de entregar, ele tira o termômetro e olha assustado.
- Meu Deus Cat, você está literalmente ardendo em febre, 38,4°C. - Me ajuda a sentar meio inclinada para eu poder comer alguma coisa, mas parece que o apetite não existe.
Simplesmente não consigo, ele me faz beber pelo menos um pouco de água. Desce com a bandeja com a promessa de voltar com agua morna para fazer compressas. Me deito novamente.
Ao voltar, vai direto no banheiro e pega uma das toalhas de rosto que estão dobradas, mergulha no baldinho que trouxe e começa as compressas em minha testa. Quando ele acha que está bom naquele momento e para, seca meu rosto e me cobre melhor. Logo pego no sono, meu corpo pesado não ajuda muito, minhas vistas pesam e eu apago.
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Felices Los 3
RomanceMichelle Martínez, empresária, mantém um relacionamento liberal com Caterina Lima, uma escritora em ascensão. Acostumadas a dividirem a cama com outras pessoas apenas pelo prazer, não imaginavam que iam acabar se apaixonando pelo jardineiro recém co...