Minha casa

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Você corria com dificuldade por estar mancando. Estava correndo havia uns 10 minutos mais ou menos por aquelas ruas desconhecidas, até decidir parar em frente a uma escadaria de uma casa para descansar.

Sentou-se ali, respirando ofegante, com o rosto pingando suor e o canto da boca com sangue seco, passando as mãos pelos cabelos suspirando aliviada por ter conseguido sair "ilesa". Na sua visão, a palavra ilesa significava sair viva por mais machucava que estivesse.

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— Você deixou aquela vagabunda ir embora - deadly suspirou irritado.

— Sim, de qualquer jeito iremos atrás dela novamente - demon indaga. — Tanto você quanto ela não estão hábeis para lutarem no momento - completa.

— Eu disse pra você não interferir grandão - retrucou.

— Você é burro ou o que? Não interferi em nada, apenas fiquei parado vendo você levar uma surra – demon o provoca. — Assim como s/n disse, ela acabou com você cara - gargalhando.

— Cala a boca seu idiota - poison rebate nervoso.

— Eu vou te ajudar, precisamos voltar e falar com o Tae - o outro fala, pegando poison em seu colo.

Logo após ter pego poison, demon se transformou em um enorme demônio negro com asas, olhos bem vermelhos semelhantes à sangue vivo, chifres, garras com unhas afiadas, dentes afiados enormes e uma cauda reforçada com escamadas enrijecidas que serviam muito bem para atacar qualquer inimigo. Demon começou a voar para cima e então num bater de suas asas foi embora dali.

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Aizawa já estava perto do local, apenas 5 minutos de distância. Conseguiu encontrar o beco que s/n mandou na localização, estacionou seu carro ali perto, saiu de seu assento, fechou a porta e trancou o carro.

Chegando lá, ficou pálido de preocupação por ver uma cena de desastre, tudo estava uma bagunça, viu a parede de concreto com uma cratera consideravelmente grande e sua preocupação só aumentou, até se virar onde estava a enorme caçamba de lixo e avistou sua moto ao lado, nesse momento Shouta começou a procurá-la por todo lado com a lanterna do celular mas não encontrou nada, ele não sabia se ficava aliviado ou apavorado.

Saiu do beco escuro e foi para frente da calçada olhando para os lados mas nada, não tinha ninguém na rua, nem mesmo uma alva viva para pedir informações. Preocupado e ansioso, o herói destrava o carro, abre a porta e adentra dando partida e dirigindo devagar pelas ruas na esperança de encontrá-la rapidamente.

Dirigiu por uns 15 minutos mas não a encontrou, porém não iria desistir tão facilmente. Decidiu dar a volta e dirigir pro outro lado por aquelas ruas vazias, dirigiu por mais uns 20 minutos mas ainda nada, estava quase se dando por vencido e iria ligar para o detetive Toru para pedir reforços, até que visualizou de longe alguém caído inconsciente em uma escadaria. Aizawa se aproxima com o carro devagar e viu que era s/n, saiu do carro e abriu a porta no lado do passageiro, a pegou no colo e a colocou no banco passando por seu corpo o cinto de segurança, logo após entra no carro colocando o cinto de segurança em si, dá a partida e vai embora.

Enquanto dirigia o homem se encontrava em um dilema, estava indeciso se te levava para o hospital ou para sua casa. Ficou pensando por um tempo considerável mas decidiu levá-la para sua casa. Como o trajeto era bem distante, Shouta fez uma parada em um mercadinho que havia ali por perto de onde estava. Comprou alguns lanchinhos e uma garrafa de suco de laranja, caso você acordasse com fome e depois fez outra parada em uma farmácia não muito longe de onde era o mercadinho e comprou alguns materiais para fazer curativos e mais alguns tipos de remédios para dor.

Já estava dirigindo por 30 minutos com total concentração nas ruas, querendo se distrair das preocupações que o rondavam. Sem ele perceber você despertou confusa de como foi parar dentro do carro dele.

— Oi... - diz desperta.

— Olá s/n, quando acordou? - pergunta.

— Agora mesmo - o responde.

— Se estiver com fome tem alguns lanches e um suco de laranja que comprei pra você - indaga apontando para o banco de trás do carro. — E se você estiver sentindo muita dor tem remédios também - apontando para a outra sacola.

— Comprou isso tudo pra mim? - você questiona surpresa.

— Claro que sim - Shouta fala, se virando e dando um sorriso aliviado.

— Obrigada Aizawa - agradecendo corada. — Você sempre me ajuda - completa.

— Isso não é nada, não precisa me agradecer s/n - comenta.

— Óbvio que preciso - retruca.

— Você continua bem teimosa uh - ele rebate. — Apenas toma um remédio para dor com o suco de laranja - manda.

— Tá tá - você concorda, pegando um comprimido de uma das cartelas de uma sacola e o suco de laranja na outra, em seguida, toma o medicamento.

Aizawa te olha com uma feição mais despreocupada por você estar ao lado dele.

— O que foi? - você pergunta.

— Nada demais... É que eu fiquei muito preocupado com você s/n, não sabia o que estava ocorrendo e o que poderia acontecer - explica, apertando forte o volante.

— Eu tô aqui agora, não tem motivo pra se preocupar mais - fala com um sorriso no rosto. — Onde estamos indo? Está me levando pro hospital? - pergunta.

— Não, estou te levando pra minha casa s/n - o herói responde.

— Sua casa? - o olha surpresa, corada de vergonha, arrancando um riso fraco dos lábios dele.

— Essa reação sua é interessante - riu. — Fica tranquila, não vamos fazer nada do que está pensando, vou apenas cuidar dos seus ferimentos - explica.

— Eu não estava pensando nisso seu idiota - argumenta, virando o rosto pra janela com vergonha.

— Tem certeza s/n? - pergunta sugestivo, fazendo carinho em sua coxa.

— O que pensa que está fazendo herói? - questiona, olhando a mão grande dele em sua coxa.

— Apenas cuidando de você - Aizawa fala neutro.

Ambos não disseram mais nada, apenas ficaram em silêncio no resto do caminho. Era melhor assim, você não tinha energia o suficiente para manter qualquer conversa que fosse.

A mão de Aizawa continuava repousada sobre sua coxa, alisando e acariciando devagar, te causando alguns arrepios vez ou outra.

Depois de dirigir por mais 35 minutos, enfim estavam na casa de Shouta. Ele abriu o portão da garagem e adentrou com o carro, retirou seu cinto e saiu do veículo dando à volta e indo até você, retirando seu cinto de segurança e a pegando no colo mas o interrompeu. Não queria que ele a levasse no colo, conseguia andar por si mesma.

— Tem certeza que dá conta? - ele pergunta preocupado.

— Sim, não precisa desse zelo todo - indaga.
— Sei que continua muito preocupado comigo e se fizer você se sentir melhor, eu me sinto bastante segura agora ao seu lado - diz, acariciando o rosto do herói com uma das mãos e lhe da um selinho demorado.

Por um instante o homem fica sem reação mas volta a si e segura em sua mão, levando ambos para dentro.

— Ei, espera... Ainda quero meus lanches e preciso dos remédios, esqueceu? - fala divertida.

— Eu vou pegar - ele comenta, indo até a porta traseira do veículo, abrindo e assim agarrando as duas sacolas.

Ele volta a segurar sua mão, os guiando para a porta na garagem para entrar na casa ao mesmo tempo travando o carro.




Outro capítulo fresquinho pq tô muito inspirada hj kkkkk, espero que gostem!! Boa leitura 💗

Aizawa's KittyOnde histórias criam vida. Descubra agora