Confiança traída

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Durante o trajeto ambos não disseram uma única palavra e nem sequer trocavam olhares, o homem só conseguia encarar o celular.

Depois de alguns longos minutos, Aizawa se pronuncia.

— S/n... - você murmura um "hm". — Eu quero terminar com isso - ele a encara preocupado.

— Acabar com o que exatamente? - com o olhar fixo no volante.

— Com essa nossa relação - você o encara.

— O quê?! - questiona atordoada.

— O que você fez hoje foi demais pra mim, essa nossa relação estranha não vai funcionar.

Você estaciona em uma vaga qualquer que tinha por perto, desliga o automóvel e suspira fundo.

— Eu fiz o que você queria, não fiz? Eu não matei ele - você indaga.

— Esse não é o x da questão s/n, acontece que você estava fora de si hoje, até eu fiquei assustado com seu comportamento - explica vagamente.

— Me desculpe! - abaixa a cabeça. — Não era minha intenção assustar você Aizawa mas você não só viu como também presenciou tudo o que eu sofri, então acho que tenho motivos para tal comportamento - retruca.

— Você não tem s/n e é por isso que eu precisei agir, espero que um dia me perdoe - o herói desvia o olhar.

— Mas o quê? Do que você está falando Aizawa? - pergunta confusa.

Ao fundo podia se ouvir sons de sirenes de viaturas vindo adiante, poco a poco elas ficavam mais altas, então de repente vários carros os cercaram.

— O que está acontecendo? - você pergunta a Shouta.

— Me perdoe s/n!

— S/N SAIA DO CARRO COM AS MÃOS PRA CIMA E NÃO TENTE NENHUMA GRACINHA - ouve uma voz masculina pelo auto-falante.

— Seu desgraçado - encara Aizawa. — COMO VOCÊ FEZ ESSA MERDA? Espera... É por isso que você estava o tempo todo no maldito celular, não era? - o questiona nervosa.

Ele não a respondeu, apenas saiu do carro e caminhou na direção dos policiais.

— S/N SAIA DESSE VEÍCULO, NÃO ME OBRIGUE A IR ATÉ AÍ - ouve a mesma voz masculina de antes.

Você estava paralisada, não conseguia acreditar que Shouta havia traído sua confiança, estava com suas mãos fixas no volante enquanto encarava o teto do veículo, porém sem você perceber alguns policiais já estavam próximos do carro para retira-lá.

Um deles abre a porta e rapidamente aponta uma arma para você e a obriga a sair do veículo, para a surpresa de todos você obedece. E é algemada no mesmo instante, os policiais a acompanharam até uma viatura e a colocaram dentro no banco de trás.

— Olá s/n - Toru a comprimenta.

— Tsk.

Observou Shouta vindo em sua direção e pediu para o detetive tira-lá daquele lugar.

— S/n me escuta eu...

— Detetive me tire daqui, eu prefiro ficar numa cela suja do que olhar no rosto deste homem agora.

— S/n por favor me escute, eu quero te pedir perdão mais uma vez - ele implora angustiado.

— Não Aizawa, me escuta você, se não quiser acabar igual ao maldito do Tae, é melhor não aparecer na minha frente ou senão eu vou matar você também - o mais velho arregalou os olhos diante daquelas amargas palavras. — Pode me levar daqui agora detetive?

Aizawa's KittyOnde histórias criam vida. Descubra agora