Capítulo Final: Parte 10

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    Parte 10: No subterrâneo


    - Como isso funciona? – Perguntou Denis.

    - Eu não sei dizer... – Respondeu Nilton. – Alguma pista, Sarradi?

    - Nada relevante. As inscrições no amuleto apenas dizem "Aqui jazem as almas dos heróis". Não posso acreditar que algo tão poderoso possa ser feito sem a utilização de feitiços... Só pode ser obra divina!

    - Eu não ligo pra quem fez essa coisa. Apenas quero saber como vamos sair daqui. – Resmungou Kato.

    - Verdade... Isso me lembra que Sarradi disse que o outro amuleto responderia a esse. – Lembrou Jhan. – Conseguiu algo?

    Nilton pigarreou, lembrando que não pediu ajuda de fato... Na hora, pareceu ser a coisa certa a se fazer.

    - Eu vi um amigo meu. Parece que ele achou a relíquia da Ilha do Norte.

    - Eu sabia! – Comemorou Sarradi. – Quer dizer que vocês dois estão... Ligados a esses amuletos de alguma forma! Onde teremos que esperar?

    Nilton migrava do olhar de um para o outro, procurando a melhor forma de contar.

    - E então? – Insistiu Denis, na expectativa.

    - Eu não pedi ajuda. – Revelou cabisbaixo.

    - O QUE?! CORREMOS POR ESSE INFERNO POR MESES PARA VOCÊ SIMPLESMENTE IGNORAR A ÚNICA CHANCE QUE TIVEMOS?! – Berrou Kato

    - Ele deve ter tido motivos! – Defendeu Denis.

    - QUE MOTIVOS JUSTIFICARIAM ISSO?!

    - Eu tive uma visão. – Contou Nilton. – Uma voz indefinida falou comigo e com meu amigo, como se fosse um homem e uma mulher falando em sincronia.

    - Duas vozes em uníssono? Poderia ser... Kalía e Deios? – Empolgou-se Sarradi.

    - Não sei. Apenas me disseram para proteger o continente. "Onicísios precisa novamente de seus guardiões." – Citou Nilton.

    - O que mais?

    - Disseram algo como "Olhe além do que a história mostra." E disse que nós tínhamos o que era necessário para empunhar as relíquias.

    - O que você acha, professor? – Perguntou Jhan.

    - Acho que esbarramos em algo muito maior do que pensávamos... Mas não posso garantir nada até encontrar algo mais. Essa voz lhes alertou sobre alguma coisa?

    Nilton assentiu.

    - Disse que fomos chamados porque um perigo estava surgindo.

    - Não significa nada para mim. – Bufou Kato. – E mesmo que significasse, eu não tenho nada com isso.

    - Consegue fazer algum truque com esse negócio? – Perguntou Jhan.

    - Posso tentar.

    Nilton se concentrou naquele pêndulo brilhante em sua mão. Ele podia sentir que uma energia gigantesca era emanada dele. Talvez pudesse direcioná-la para algum propósito... Tentou encontrar alguma coisa dentro de si, como uma força oculta ou um vestígio de poder, mas não conseguia encontrar.

    - Como vocês fazem isso?! – Perguntou frustrado.

    - Bom, nós... Simplesmente vamos... E fazemos. – Articulou Denis. – Não sei explicar, é algo natural, entende?

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