Parte 6: Vida e morte
Na manhã seguinte, Daniel chegava às proximidades do Templo juntamente com o restante da tropa. Eles encaravam a cena da mesma forma que seus amigos que vieram na frente.
- Não acredito... – Falava para si mesmo.
Àquela altura, os monges e agricultores já trabalhavam para limpar a bagunça naquela parte da pequena vila, visto que o Templo já estava mais arrumado e não havia mais feridos para carregarem. Daniel e Nigel seguiam na frente de cabeça erguida e raiva crescente. Eles passaram pelo arco de pedra e imediatamente viram seus companheiros sentados num dos bancos que ainda estavam do lado de fora. Daniel ordenou que a tropa oferecesse ajuda aos templários e foi de encontro a Lucas e os outros.
- E então? – Perguntou apreensivo.
Lucas balançou a cabeça.
- Ele se foi... Mas partiu com um largo sorriso no rosto. Estava orgulhoso pelo que fez de sua vida.
Daniel assentiu. Um homem como Damião era bem resoluto. Não tendia a seguir por um caminho que julgava certo para se arrepender no final.
- Precisamos falar sobre Balgor. – Disse Lucas.
Ele contou para Daniel sobre o ocorrido e sobre o desafio que receberam.
- O maldito pretende terminar de vez com isso, então? – Daniel disse irritado.
- Sim. Não recebemos nenhum relato dos postos de guarda. Só podemos presumir que foram pegos de surpresa... Damião autorizou que eu levasse o resto dos templários. Yzabel foi à frente novamente para nos detalhar sobre a situação na Vila da Montanha, mas seja qual ela for, não vai ser nada fácil.
- Só espero que todos estejam bem... – Preocupava-se Diego.
Seus companheiros o olhavam com tristeza. Era difícil ter que imaginar sua família nas mãos de Balgor. Não podiam mais perder tempo.
- Lucas, reúna todos e explique a situação. – Pediu Daniel. – Eu vou falar com Nigel. Diego, quero que venha comigo.
Lucas assentiu e foi imediatamente reunir todos os homens que tinham. Com a adição dos templários que podiam lutar, ele se sentia um pouco mais tranquilo.
Daniel e Diego foram até Nigel, que estava ajudando na remoção de entulhos.
- Nigel. – Chamou.
O homem pediu licença aos monges que estava ajudando e foi atender seu chefe.
- E então, chefe? O que vamos fazer?
- Balgor está na Vila da Montanha. Quero montar um plano com sua ajuda. Diego pode nos dar informações sobre a localização da vila.
- Ela é uma das maiores da Ilha. – Começou. – As casas foram construídas em grupos, que seriam as casas das famílias. Cada um faz o que quer com as terras, o que significa que veremos muitos campos de colheita, principalmente na parte mais periférica.
- E você tem alguma ideia de onde Balgor pode estar? – Perguntou Nigel.
- Não. As casas não diferem muito entre si. Mas suponho que ele vá procurar a melhor casa para ficar... Se bem que... Pelo que me lembro, tem um senhor que mora logo na entrada sul da vila que possui uma casa bem grande. Ele é o morador mais velho de lá. Os outros, é claro, se espalhariam pela vila.
- Tudo bem... Podemos formar dois grupos e atacar pelos flancos. – Sugeriu Nigel.
- Não. – Discordou Daniel. – A prioridade é tirá-los da vila. Poderemos nos preocupar em pegá-los depois. Vamos formar um único grupo e atacar com tudo. Chegaremos pela parte sul da vila e atacaremos o mais rápido possível. Se Diego estiver certo, conseguiremos eliminar Balgor logo de cara e seus capangas vão fugir.
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Guerreiros do Norte
FantasyUm jovem templário em uma ilha precisa juntar forças com uma dupla de mercenários para salvar os aldeões de um bandido sanguinário repleto de lacaios. Um jovem alista-se no exército de seu reino para adquirir a força que precisa para vingar a morte...