Capítulo 3 - Parte 4

12 2 0
                                    


    Parte 4: Dano colateral

   Sabrina retornou com o duque e dois curandeiros, que foram logo colocando suas ferramentas médicas em uso, examinando Norah, inconsciente.

    - Os batimentos dela estão caindo rapidamente! – Disse um dos médicos.

    - A temperatura dela está voltando ao normal, mas o esforço está drenando suas energias, precisamos leva-la imediatamente para a ala médica! – O outro se ajeitou para ergue-la do chão.

    - Me deem licença! – Disse o duque, afastando todos de perto dela. – Precisamos dar um choque direto no coração dela, para que volte a bater.

    - Mas precisaríamos da frequência energética compatível com a dela para isso, meu senhor, além de um controle muito preciso da intensidade da carga! – Disse um dos médicos. – Até encontrarmos alguém assim, ela já terá...

    - Estou ciente! – Eniac interrompeu. - Mas não temos escolha. Eu farei isso.

    O duque posicionou sua mão aberta bem acima do coração de Norah.

    - Reduzirei a carga aplicada para não agravar a situação, caso eu não seja compatível. – Explicou. – Com sorte, conseguirei ajustar meus poderes para aproximar minha frequência com a de Norah ao ponto de conseguir salvá-la.

    - E se o senhor não conseguir? – Perguntou Chris.

    - Se por acaso eu aplicar uma frequência muito diferente à dela, seu corpo vai rejeitá-la e no estado que a senhorita Norah se encontra, será fatal. – Explicou Eniac.

    - O duque vai conseguir Chris. – Disse Sabrina a beira das lágrimas. – Ele vai...

    Eniac se concentrou e raios elétricos saíram da palma de sua mão, direto para o coração de Norah.

    - Essa foi rápida. – Comentou Hal, arregalando os olhos.

    - Eu não entendo... – Eniac estava visivelmente confuso. – Estou transferindo minha própria frequência para ela, não fiz alterações! Isso é impossível! – Ele se recompôs da surpresa. – Agora vou dar um choque nela. Deve ser o suficiente para o coração voltar aos batimentos normais.

    O duque fechou sua mão e os raios se concentraram em um único ponto. Norah estremeceu e levantou-se como se estivesse acordando de um pesadelo, respirando rápido e olhando para os lados.

    - O que houve? – Perguntou ofegante.

    - Depois, minha jovem. – Disse o duque. – Por hora, deixe que os curandeiros levem-na para seu quarto. Você precisa descansar. Quanto aos outros, venham comigo, por favor.

    Enquanto Norah descansava em seu quarto, os outros seguiram o duque até seu escritório. Depois que todos se acomodaram nas poltronas macias, Eniac começou:

    - Por favor, quero que me contem exatamente o que houve.

    - Bem, senhor duque, quando montamos o sistema para abrir a porta, Norah se ofereceu para energiza-lo. – Disse Linus.

    - Mas a energia dela não foi suficiente para abrir as portas e sabíamos que se alguém tentasse ajuda-la poderia danificar o conjunto e machucar eles próprios. – Continuou Neil.

    - Foi então que Norah teve a ideia de absorver toda a energia que forneceu e liberá-la de uma só vez, mas o conversor amplificou a energia quando passou por ele em sentido oposto.

    - Se Chris não tivesse dito para Norah liberar a energia na hora errada, ela teria morrido de exaustão. – Informou Hal. – Mas a energia foi tanta que acabou que... Destruiu todo o conjunto e as portas. A explosão jogou Norah longe. Foi então que Sabrina foi à procura de ajuda.

Guerreiros do NorteOnde histórias criam vida. Descubra agora