Prólogo: No princípio, nada. No futuro, guerra!

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    - Em um universo vazio e desprovido de vida, uma força primordial jazia inerte. Tal força tomava a forma do Deus do Princípio, sua essência composta pelas duas forças que tudo regiam:

    Kalía, a essência que forma tudo o que vemos e tocamos, a Deusa do Espaço.

    Deios, a energia constante que dita todos os eventos, o Deus do Tempo.

    Essas duas forças em forma um único deus, observando o vazio, juntas, decidiram se repartir entre outras entidades:

    Yzor, a energia pura, o Deus da Luz;

    Isas, o equilíbrio, a Deusa das Trevas;

    Loubar, o mistério e a certeza, o Deus do Vento;

    Ul-há, a base da vida, a Deusa da Terra;

    Alao, a vontade e a determinação, o Deus do Fogo;

    Marash, a fonte da vida, a Deusa da Água;

    Parkavus, a coragem e lealdade, o Deus da Força;

    Sálori, a aventura e a glória, a Deusa do Gelo;

    Roldórnia, a sabedoria e o pensamento, a Deusa do Trovão.

    Com tal feito, infinitas possibilidades nasceram e os Novos Deuses moldaram um novo mundo a partir do vazio, criando as montanhas, os mares, os vulcões, as geleiras e um continente.

    Batizaram o continente de "Onicísios".

    - Então foi assim que tudo surgiu, senhor?

    - Sim, meu jovem. Mas isso não é tudo. Nesse novo mundo, a força primordial dos pais-deuses foi imbuída devido à força conjunta dos Novos Deuses e assim, criaram-se duas ilhas:

    Kaléia, a ilha do espaço.

    Deiséia, a ilha do tempo.

    Além delas, existe também uma ilha misteriosa nos confins dos mares para que os Deuses observassem seu novo mundo do alto de sua majestosa torre: Vigília.

    - Que foi para onde os Deuses foram... Mas por quê?

    - Foi uma decisão que tomaram por nossa culpa.

    - Nós fomos maus com eles, senhor?

    - Fomos maus com nós mesmos, mas é uma história mais recente... Enfim, o mundo que os Deuses criaram era grande e belo. Apesar disso, Eles ainda sentiam como se faltasse alguma coisa, algo mais dinâmico, mais complexo e mais interessante para quebrar toda aquela monotonia. Usando seus imensuráveis poderes, moldaram à própria forma, os primeiros seres dessa nova era e assim surgiram os primeiros seres humanos. Percebendo seu sucesso, resolveram criar mais, como os animais e plantas. A partir do dia depois da Criação, começaram do zero, a contagem dos anos.

    - Então nos somos os filhos dos Deuses?

    - Podemos dizer que sim. Também éramos os favoritos dos Deuses, pois demostramos ser altamente inteligentes e curiosos. Com isso, decidiram, os Deuses, que nos guiariam, ensinando-nos a construir, inventar e a descobrir novas habilidades e possibilidades, como explorar os mares, erguer monumentos, compor músicas e desenvolver ferramentas. Depois de séculos, nossos ancestrais se separaram em pequenos grupos e fixaram-se em territórios que chamaram de "reinos". Os deuses, empolgados por essa criatividade, resolveram dar suas bênçãos para seus reinos favoritos, fazendo com que cada humano do lugar recebesse uma pequena parte dos poderes divinos. Cada reino, então, foi batizado com o nome do respectivo Deus que o benzeu e foi dessa forma que conseguimos, agora, fazer o que fazemos.

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