Capítulo 2 - Parte 10

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    Parte 10: As novas patrulhas da fronteira

    Era o dia que Nabal esperou por tanto tempo. Ele seria nomeado soldado de Alao. Ele e seus amigos estavam vestidos a caráter: Uniformes de gala vermelhos com detalhes dourados, botas de couro leves e um peitoral de ferro polido. A celebração aconteceu no salão de festas do castelo de Heatrock. O barão Aldir Betsar trajava suas roupas militares: Uma armadura dourada, botas de couro e uma capa vermelha com o símbolo de Alao bordado em dourado. Ele levava sua espada embainhada no cinto. Todos os seus convidados estavam sentados nas poltronas arrumadas logo atrás dos formandos.

    Finalmente, o barão desembainhou sua espada. Ela fora forjada pelos magos ferreiros do reino e podia ser usada em combate juntamente com os poderes do espadachim. Ele levantou-a com as duas mãos e ergueu-a acima da cabeça. Ele inflamou a lâmina e começou a falar:

    - Hoje estamos nomeando os novos soldados do reino. – Ele abaixou a espada e caminhou até estar a pouco menos de dois metros dos formandos. – Aran Palmer, Nabal Mohr, Roderick, Theodore e Emily Lingrant vocês passaram pelo treinamento e o concluíram com louvor. – Ele abaixou a espada, tocando o ombro de um por um com a lâmina em chamas. – Estão oficialmente nomeados soldados do Reino de Alao. Sirvam seu reino e seu rei com honra e lealdade.

    Uma onda de aplausos emergiu dos convidados e quando o grupo se virou pra eles, encontraram o Coronel Alburn. Nabal e os outros foram até ele e o cumprimentaram.

    - Vim aqui para dar meus parabéns, soldados. Mas também vim para dizer que foram designados para servirem como patrulheiros na fronteira de Tauvan como seu primeiro trabalho.

    Nabal ficou sério.

    - Até aqui o senhor quer dar trabalho para nós? – Brincou Teddy.

    O Coronel se permitiu um sorriso.

    - Só assim você deixará de ser um molenga. – Retrucou.

    - Coronel Alburn. – Cumprimentou o barão.

    - Marechal Betsar. Aproveitei a ocasião para lhe trazer alguns relatórios.

    - Claro. – Ele se virou para os novos soldados. – Dispensados. Podem comemorar com seus familiares agora.

    Os dois oficiais deixaram o salão deixando as famílias a sós. Nabal apresentou seus amigos mais formalmente para Thelma. As famílias trocavam histórias e os amigos, lembranças. Depois de algumas horas, o secretário do barão entrou no salão dizendo que Aldir Betsar providenciara carruagens para leva-los de volta a Tauvan.

****

    Nabal chegou a sua casa, tomou um banho e foi direto para o quarto. Segundo o secretário, Alburn disse que ele e seus amigos deveriam se apresentar no forte de Gilmore em três dias.

    Ele deitou em sua cama e imaginou o que enfrentaria na fronteira do reino. SE enfrentaria alguma coisa, na verdade. Esperava que sim. Foi lá que seu pai estava há 13 anos e o que ele mais desejava era ficar frente a frente com o responsável por acabar com sua família.

****

    Os três dias se passaram e Nabal seguiu para o forte de Gilmore, que ficava a quase dois quilômetros de sua casa. Ele encontrou com Aran, Teddy, Roderick e Emily lá e eles se apresentaram ao comandante da patrulha. Ele estava em sua sala, anotando, assinando e lendo papeis de aspecto importante.

    - Por que temos tantos soldados faltando aqui? – Resmungava ele em voz baixa. Ele levantou os olhos. - Ah. Os novos soldados. Tenho seus nomes em algum lugar por aqui...

    Ele revirou alguns papéis e então, achou o que queria.

    - Aran, Emily, Nabal, Roderick e Theodore?

    - Somos nós sim, senhor. – Confirmou Aran.

    - Certo. Eu sou o Major Bahman, mas podem me chamar só de comandante, se preferir. – Ele revirou mais alguns papéis e tirou uma lista com vários nomes. – Vocês podem começar hoje mesmo. Renderão o grupo da tarde e ficarão aqui das 5 horas até meia noite, hora que serão rendidos pelo próximo grupo. A janta será providenciada por nós, as oito em ponto. Perguntas?

    - Onde será nosso posto de guarda? – Perguntou Aran.

    - Tem duas torres ao norte, ao leste e ao oeste do forte. Cada uma é responsabilidade de uma equipe. – Ele revirou mais alguns papeis. – Vocês ficarão com uma das torres do oeste. Quando chegarem lá, renderão a Torre 2. Ficou claro?

    - Sim senhor. – Responderam todos.

****

    Na hora estipulada, Nabal e os outros foram para o forte e pararam em frente a ele. A entrada ficava do outro lado.

    - Estive pensando. – Comentou Teddy. – As torres que devemos ir ficam ao oeste da entrada do forte ou de onde estamos?

    - O lógico seria a oeste da entrada. – Disse Roderick.

    - É. Mas... E se não for e acabarmos rendendo a guarnição errada?

    - Que tal perguntarmos ao comandante? – Sugeriu Aran.

    - Você viu o quanto ele fica ocupado? – Lembrou Nabal. – E dissemos que entendemos tudo. Seria falta de responsabilidade nossa.

    - Verdade... Não quero causar essa impressão no primeiro dia.

    - Então o que faremos? – Perguntou Roderick.

    - Que tal lermos a placa? - Sugeriu Emily.

    Os quatro olharam para onde ela estava e viram uma placa de madeira com setas que diziam a localização das torres.

    - Bom... Vamos ler aplaca. – Disse Teddy.

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