Parte 7: Último esforço
O Grupo 37 resolveu partir logo, já que adotariam uma marcha lenta. Eles desmontaram as barracas, guardaram os suprimentos, dividiram as bagagens e tomaram a trilha que levava até o outro lado da floresta.
Eles andaram por horas até que encontraram um rio onde resolveram saciar a sede, encher os cantis e descansar um pouco, então, Allan reuniu o grupo e abriu o mapa no chão.
- Nós estamos aqui. – Disse ele apontando o local no mapa – Meu plano é andar por mais algumas horas pela trilha e depois pegaremos esse atalho.
- Mas o atalho nos leva para fora da trilha. – Constatou Roderick confuso. – Não será mais fácil de nos perdermos?
- Teremos que tomar cuidado em relação a isso. Mas andar na trilha pode ser mais perigoso. Lembre-se de que há grupos com missão de nos interceptar. Se nos esquivarmos do caminho mais óbvio teremos mais chances de não sermos notados.
- Além de economizar alguns minutos de caminhada. – Completou Aran.
- A fortaleza onde temos que chegar é a mesma da simulação do ataque de Roldórnia, não é isso? – Emily apontou. – Fica tão distante... Devem ter nos levado para um desses postos avançados distribuídos pela floresta naquela vez...
- Sim. Essas fortificações menores dão suporte defensivo para a Fortaleza de Fergond. Onde quer chegar com isso? – Aran não entendia.
- Estava pensando se não seria uma boa ideia ocuparmos uma delas. Como nossos oponentes precisam do nosso pergaminho para serem aprovados, se nos escondermos por tempo o suficiente, talvez os cansemos, facilitando nossa missão
- Seria um bom plano se eles não conhecessem a região, mas todos possuem mapas e as chances de investigarem os postos avançados em busca de grupos que tiveram a mesma ideia que nós seria alta, acaba que não vale o risco.
- Significa que teremos que continuar acampando na floresta, não é? – Teddy teve um tremelique.
- Ou em grutas, cavernas, tocas... – Roderick sorriu provocativo.
- Sensacional...
- Pelo menos elas não são representadas nos mapas. – Nabal reparou. – Mas cachoeiras sim e teremos que passar por uma nesse caminho. É seguro?
- Contamos com isso, já que será nosso local de descanso. – Respondeu Allan – Desde que não chova, não será problema.
- E se mais alguém decidir fazer o mesmo? – Emily fez o mesmo questionamento.
- Daí, teremos que lutar ou fugir, mas não podemos arriscar vagar pela floresta sem que tenhamos água. Nesse caso, acho que o risco compensa e será uma parada rápida. – Allan opinou.
- Se começarmos a pensar demais nessas coisas, acabaremos não fazendo nada, de tão paranoicos. – Roderick sacudiu a cabeça.
- Concordo. Inclusive, já perdemos tempo demais aqui. Vamos seguir.
Com isso, o grupo seguiu a trilha por algumas horas e desviou do caminho para pegar o atalho sugerido por Allan. Eles caminharam por mais algum tempo até que começaram a escutar o barulho da queda d'água. Eles apertaram o passo. Estavam com sede e famintos.
Aran e Allan andavam na frente abrindo espaço entre as plantas enquanto Roderick, com o mapa nas mãos, guiava o grupo ao lado de Emily e Teddy e Nabal vigiavam a retaguarda. Finalmente chagaram até a cachoeira.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Guerreiros do Norte
FantasyUm jovem templário em uma ilha precisa juntar forças com uma dupla de mercenários para salvar os aldeões de um bandido sanguinário repleto de lacaios. Um jovem alista-se no exército de seu reino para adquirir a força que precisa para vingar a morte...