Capítulo Final - Parte 9

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    Parte 9: Retorno

    Norah carregava Nabal até a porta do laboratório secreto quando um grupo de pessoas passou pela porta do Salão Científico.

    - Deuses, o que houve aqui?! – Exclamou Sabrina.

    As prateleiras da sala ainda ardiam em chamas e algumas já desmoronavam em uma pilha de madeira em brasas. Olharam ao redor e viram Norah carregando um jovem de cabelos vermelhos.

    - Norah! – Chamou Chris.

    - Me ajudem aqui! – Pediu. – Deem apoio a ele para que eu abra a porta.

    Os três foram até ela. Chris e Hal pegaram, cada um, um braço do rapaz.

    Norah retirou um objeto de metal cilíndrico do bolso interno de sua capa e o introduziu na fechadura. Depois de um zumbido, a porta rangeu e se abriu.

    Todos se apressaram para entrar e descer a escadaria até a próxima porta e assim por diante.

    Eles estavam passando pelo corredor de acesso às celas quando escutaram passos descendo a escada. Todos ficaram em guarda, esperando por possíveis ameaças. Quatro homens apareceram pelo vão recém aberto da porta e pararam diante do grupo.

    - Nabal! – Exclamou um deles. – Ele está bem?

    - Estou bem. Só um pouco cansado.

    - Eniac escapou? – Perguntou o outro. – Notamos movimento por um dos corredores e chegamos até aquela sala. Vimos tudo em chamas, então procuramos para ver se o encontrávamos. Notamos o vão no canto da parede e nos apressamos em entrar, achando que era alguma passagem secreta que Eniac poderia ter usado para escapar.

    - Aqui não é passagem secreta, Manoel. É o local onde os amigos de Nabal estão presos. – Esclareceu Norah.

    Ele abriu um sorriso.

    - Serve também! Vamos Oswald, eles provavelmente precisarão de ajuda para carregá-los. Jorge vá buscar os curandeiros!

    O terceiro homem assentiu e correu de volta, escadaria acima.

    Norah agradeceu e se apressou para abrir a ultima porta.

    - Me deixem caminhar sozinho. – Pediu Nabal. – Não quero que me vejam assim.

    - Consegue? – Perguntou Hal.

    Nabal confirmou. Eles o soltaram e ele se firmou em pé, ainda que meio cambaleante, mas era o suficiente.

    A porta se abriu, revelando o ambiente de revirar o estômago. Nabal tomou a frente, procurando pelas celas até que parou diante de um grupo de cinco prisioneiros... Ele mal podia reconhecê-los. Os cabelos sujos enegrecidos pela poeira, rostos esqueléticos e inchados pela falta de alimentação... Ele se esforçava para não chorar. Imaginava que estariam mal, mas ver pessoalmente era completamente diferente. Era uma sensação horrível. Os cinco estavam juntos num dos cantos da cela, de olhos fechados. Não conseguia dizer se respiravam.

    Pelo chão, vários potes de vidro e ampolas estavam espalhados, um líquido esverdeado e viscoso ainda estava grudado no fundo de alguns deles.

    - Teddy... Aran... – Nabal tremia ao pronunciar seus nomes. – Roderick... Emily... Por favor...

    Ele se apoiou na grade da cela, soluçando.

    Norah foi até ele e pôs a mão em seu ombro.

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