Capítulo 3 - Parte 2

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    Parte 2: O Duque de Forsyth

    Uma das empregadas de sua casa bateu na porta do quarto de Norah para acordá-la. A jovem se levantou sentindo-se ótima e preparada para encarar o dia. Ela se arrumou e saiu de seu quarto. A empregada a esperava.

    - Senhorita, a carruagem já está a sua espera. – Disse a empregada.

    - Obrigada, Dorothy. – Agradeceu Norah. – Mamãe e papai estão acordados?

    - Sim senhorita. Eles estão te esperando na porta de casa.

    Norah assentiu e deu um abraço na empregada.

    - Cuide-se, viu? – Disse Dorothy.

    - Pode deixar.

    Norah desceu as escadas e encontrou seus pais a sua espera. Seu pai deu um passo à frente e pigarreou.

    - Bem, minha filha, você vai mesmo, não?

    - Eu vou sim, pai.

    - É... Já esperava que não mudasse de ideia. Sendo assim, vá com minha benção.

    - E com a minha também. – Acrescentou sua mãe, sorridente.

    Norah abraçou e beijou os dois.

    - Deem um beijo em Phillip por mim e diga-o que sentirei saudades.

    - Pode deixar filha. – Disse sua mãe. – Agora vá. Não deixe o Duque esperando.

    - Espere só mais um pouco minha filha. – Loranz pediu, tirando algo do bolso.

    - O que foi pai? – Perguntou curiosa.

    Loranz estendeu a mão, revelando um anel com o selo de sua família.

    - Este é o anel da família. Queria que levasse com você, para que se lembre de nós. Quando estiver com a cabeça cheia de dúvidas, olhe para esse anel e se pergunte "o que o papai faria?".

    Norah sorriu e abraçou seu pai.

    - Obrigada pai.

    Loranz assentiu.

    - Agora vá. Boa sorte filha.

    Norah abriu a porta e logo enxergou a carruagem dourada que a aguardava. Ela caminhou em sua direção seguida por um mordomo, que carregava suas bagagens. Eles carregaram a carruagem, Norah adentrou-a, deu um último adeus para a família e logo partiu para Forsyth.

    Aparentemente, o duque providenciara uma carruagem para cada aluno selecionado, o que os deixou se sentindo bem importantes. Embora separados, chegaram quase juntos no castelo Von Wolt no centro de Forsyth, que ficava a meio dia de viagem da capital. O castelo pelo exterior era incrivelmente imponente, talvez mais que o de Alvagarte. O duque era conhecido por fazer parte da família mais antiga e mais rica de Roldórnia, sendo assim, o castelo feito de pedras lisas, com todo metal que estivesse à mostra de ouro puro fazia jus a essa história.

    Norah e os outros se encontraram no jardim principal, em frente ao portão, ainda fechado. Um dos secretários do duque disse a eles que em breve estariam sendo dirigidos à presença do duque, que fizera absoluta questão de mostra-los seu castelo. A expectativa era grande, eles conversavam quando um secretário se aproximou e pediu que o seguissem.

    Eles passaram pelo portão duplo, aberto por soldados enormes, e se depararam com um hall magnífico: Várias colunas nos cantos sustentando o teto que, por sua vez, tinha pinturas das mais diversas que exibiam desde o brasão da família até as invenções mais famosas do duque. E lá estava ele: Parado, no topo da escadaria central que levava para o segundo piso. O duque trajava uma roupa digna de um monarca, tudo impecável. Ele descia os degraus enquanto dava as boas vindas aos seus recentes alunos:

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