Capítulo Final - Parte 3

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    Parte 3: Retomem a Ilha!

    Estavam todos os líderes de divisão ainda na sala de guerra. Os auxiliares saíram para avisar aos guerreiros sobre o que estava sendo planejado.

    Nigel trouxe o mapa da ilha com as anotações de Nilton e outros papéis com algumas estratégias ofensivas que ele ajudava Nilton a desenvolver. Não possuíam nenhum cartógrafo com eles, o que dificultava na hora de fazer um mapa preciso, restando apenas o conhecimento dos locais sobre terreno, distância e localização das vilas. Em outras palavras, tinham um material bem limitado. Mas, para as finalidades que precisavam, aquilo dava conta. Depois de colocar tudo em cima da mesa, Lucas abriu o mapa enquanto Daniel olhava o que Nilton havia anotado.

    - Muito bem... - Começou Lucas. – Aqui temos a situação no momento: Nós protegemos toda parte sul da ilha a partir do Templo. Balgor controla a parte norte, mas, pelo que estamos sabendo, ele planeja atacar em algum ponto mais ao sul para expandir seu território e conseguir mais escravos.

    - Existe alguma chance de atacarem o Templo? – Perguntou Daniel.

    - É possível. – Respondeu Lucas. – Da última vez vocês nos ajudaram a repelir a tentativa deles de se apossar do Templo. Não seria improvável que tentassem novamente.

    - Nós sabemos como Balgor pensa. – Disse Yzabel. – Ele quer conseguir poder o mais rápido possível. Como consome todos os recursos das vilas antes de partir para outra, sua localização deve seguir um padrão: As vilas mais próximas de sua ultima localização são os alvos mais prováveis.

    - Sabemos que ele esteve na Vila das Cachoeiras bem aqui: No centro da região que domina. – Disse Amanda, a líder dos mensageiros. – Os últimos relatos dos postos de observação sugerem que ele se moveu mais para o sul.

    - Então significa que ele está pretendendo dar a volta na montanha... – Constatou Nigel. – Mas para qual lado?

    - É mais rápido contornar a montanha na direção leste. Ou seja, na perspectiva de Balgor, a oeste. – Disse Lucas. – Se ele seguir o que planeja, provavelmente vai se chocar com nosso posto de observação que montamos ali.

    - Podemos montar acampamento perto do Templo. Assim que ele passar, atacaremos de surpresa. – Sugeriu Daniel.

    - Verdade. Mas e se ele for pelo outro lado? –Perguntou Nigel.

    - Se ele passar pelo oeste, vai perder muito tempo no contorno da montanha. Até lá, ouviríamos relatos do nosso posto de observação de lá. De qualquer forma, conseguiremos apanhá-los. – Disse Lucas.

    - E em relação aos números? – Perguntou Yzabel.

    – Geralmente ele ataca com muitos, mas não todos seus capangas e faz uso de seus escravos mais do que os bandidos. Por isso não avança mais depressa. – Relatou Amanda.

    - Então, se ele continuar assim, não terá muitas chances de vitória. Se começarmos a manter presença nesses arredores, ele não vai ter escolha a não ser atacar com mais força.

    - Sim, mas pretendemos acertar com força os números de Balgor. Na última vez que fizemos isso, ele for forçado a recuar e nos deu mais tempo para nos arrumarmos. Dessa vez, pretendemos atacar de novo e não recuar nos contentando com apenas uma vitória. Ele não vai ter tempo de formar outro ataque antes de nós. O plano é esse: Forçar Balgor a retroceder cada vez mais, nos dando cada vez mais espaço. Uma hora ou outra, ele não vai ter mais como se esconder. – Sorriu Daniel.

    - Me parece um bom plano. – Constatou Lucas. – Como pensou nisso tão rápido?

    - Na verdade eu li essa sugestão bem aqui nesse papel. – Admitiu sorridente.

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