Capítulo 3 - Parte 7

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    Parte 7: Pesquisa de campo

    Depois de descansarem durante a noite, os discípulos seguiram para o salão de refeições, para o lanche matinal, como o de costume. Novamente Eniac permaneceu silencioso e isso estava deixando a situação mais tensa, porém, nenhum deles ousava tocar no assunto sem que o Duque se mostrasse pronto a discutir sobre.

    Quando terminaram seus pratos, o Duque se levantou. Todos olharam atentamente enquanto o Eniac retribuía os olhares. Ele sorriu.

    - Imagino que estejam ansiosos para discutirmos sobre o livro. – Começou. A ansiedade era palpável e Eniac sorriu outra vez. – Muito bem, me acompanhem, por favor.

    Eniac saiu da sala com seus alunos logo atrás. Norah e os outros tentaram imaginar se o Duque os levaria para sua sala particular outra vez, mas logo descartaram a possibilidade, pois Duque tomava um caminho mais conhecido. Ele parou diante da porta do salão científico onde trenaram centenas de vezes.

    - Creio que não preciso avisar que se trata de um assunto confidencial. Esperem estarmos a sós para tocar no assunto.

    Eniac destrancou a sala e todos entraram, seguiram até o centro e o Duque se virou para eles.

    - Alguma pergunta?

    - Bem, senhor... Nós debatemos as possíveis implicações práticas, mas não pudemos chegar a uma conclusão porque tudo ainda estava indefinido. – Disse Chris.

    - O que meu amigo quis dizer é: Poderia nos dizer exatamente para que o senhor desenvolveu tudo isso? – Esclareceu Linus, rapidamente.

    - E como juntou dados para o desenvolvimento do funcionamento do dispositivo. – Completou Sabrina.

    - Na verdade, são duas perguntas que posso esclarecer com a mesma resposta. Porém, para um melhor entendimento, é preciso que vejam.

    O duque foi até a parede lateral da sala, até uma porta muito conhecida pelos seis, porém, nunca imaginaram que ela realmente pudesse ser aberta.

    - Duque Eniac. – Chamou Norah.

    - Sim, senhorita Norah? – Respondeu sem olhar para traz.

    - Se essa porta se abrisse, ela não levaria para o nada? Quer dizer... Não há nada nas plantas do castelo que mostrem algum lugar nessa localização.

    - Isso porque eu excluí essa parte das plantas do castelo.

    Ele retirou uma chave com formato alongado e sem dentes de um dos bolsos internos e introduziu no buraco que seus alunos já tinham usado no teste, alguns meses atrás. O duque energizou a chave e então, ouviram um zumbido.

    - Como os livros que possuem, essa porta só pode ser aberta por uma pessoa. Mas, como garantia, construí a trava internamente, para que ninguém pensasse que era uma porta de verdade. Além disso... – O Duque parou dramaticamente.

    A porta terminou de zumbir e, ao invés de abrir-se convencionalmente, foi deslizando para cima até que estivesse completamente escondida entre as paredes de pedra do castelo.

    - Sigam-me.

    O lugar era naturalmente escuro. Não havia nenhuma iluminação natural, a não ser os lampiões posicionados nas paredes laterais. Era uma escadaria longa. Norah contava os degraus e tentava calcular quantos metros haviam descido, até que deduziu que estavam alguns metros abaixo do chão. Regularmente começaram a ver alguns buracos no teto e um barulho estranho saindo dele.

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