Parte Final: Vitória
Com a fuga do duque Eniac, o castelo de Forsyth ficou completamente abandonado, mas não vazio. O rei Vebern rapidamente ordenou sua ocupação pelas tropas reais e outros convidados, vulgo, os Mercenários. A festa durou três dias, com todos presentes, desde os Mercenários até Norah e seus amigos; do batalhão real até os serviçais do rei. Durante esse tempo, o rei não poupou esforços para convencer o grupo a aceitar uma recompensa gorda que ofereceu em troca do auxílio no resgate dos prisioneiros. Como representantes do grupo, Oswald e Manoel agradeceram, mas preferiram negar a generosa oferta alegando que não fizeram nada comparado a atuação de Norah. Vebern não se convenceu com aquelas palavras.
"Na verdade, só de conseguir ver aquela expressão na cara do maldito rei Morgan quando percebeu que teria que cessar o ataque, fez valer cada moeda do meu cofre pessoal!" – Disse ele, ao insistir novamente que aceitassem.
Não querendo fazer essa desfeita ao bom humor do monarca, os dois aceitaram a recompensa. Seria bom, no fim das contas, conseguirem mais dinheiro para a causa. Os equipamentos e comida não caíam do céu.
No final da comemoração, o pequeno grupo se despediu educadamente e disse que teriam que partir, pois tinham um amigo para pegar no caminho. Quando explicaram para o desentendido rei, ele ficou muito surpreso ao saber que quem tinha organizado a invasão e o resgate não tinha sido somente Norah, mas um Alao também. Inicialmente, reagiu cético, mas quando Norah confirmou a história, voltou a exibir um semblante de choque. Um alao e um roldórnio trabalhando juntos?! Qualquer um duvidaria. Pigarreando para recompor-se, o monarca pensou em oferecer um prêmio para o jovem alao, mas Oswald e Manoel garantiram que não seria necessário, pois só faria o jovem se sentir menos a vontade do que já era de costume. Com isso, os Mercenários deixaram o castelo acompanhados pelas "vivas" dos soldados de Roldórnia.
- Ainda temos que debater sobre a senhorita. – Disse Vebern a Norah. – Suas ações resolveram um problema de dimensões imensuráveis. Peça o que quiser e eu providenciarei de imediato!
Norah corou ao receber os aplausos dos guerreiros e um sorriso orgulhoso de seu pai.
- Eu agradeço a generosidade, rei Vebern, mas eu não vejo necessidade em receber premiações...
- Ora, deixe disso! Não é hora para ser humilde! Peça o que quiser. Pode até ficar com esse castelo, se quiser!
- Acho que já preenchi minha cota em Forsyth por uma vida inteira, majestade. – Sorriu a jovem. – Mas acho que sei de algo que o senhor pode fazer.
- Pois diga.
- Gostaria de uma carruagem de volta pra casa. Minha mãe nos espera preocupada. Além disso, acho que os soldados merecem outro dia de comemorações.
Os soldados observavam Vebern com expectativa.
Ele alisou a barba, pensativo.
- Se é o que a senhorita realmente deseja, não vejo porque não atender.
Vários gritos de comemoração emergiram dos soldados. Não era sempre que tinham uma folga daquela!
- Quanto ao seu primeiro pedido, providenciarei imediatamente. Imagino que a senhora Kaspar esteja arrancando a cabeça do corpo agora! – Riu Vebern, que olhou em seguida para Loranz. Pigarreando, acrescentou: - Sem ofensas.
- Há! – Riu Loranz. – Conhecendo-a como a conheço, diria que ela arrancaria nossas cabeças por demorarmos tanto!
O rei sorriu. Sua esposa, embora gentil, não era uma das mais pacientes também.
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Guerreiros do Norte
FantasyUm jovem templário em uma ilha precisa juntar forças com uma dupla de mercenários para salvar os aldeões de um bandido sanguinário repleto de lacaios. Um jovem alista-se no exército de seu reino para adquirir a força que precisa para vingar a morte...