PASSO DE TRÊS • VMINKOOK °

CALÍTULO 13

Na manhã seguinte, Taehyung acordou cedo, a cama parecia desconfortável demais naquela noite. Quando olhou o lugar ao lado, este já estava vazio. Caminhando pelo local, ouviu o barulho de socos na saco de pancadas que o moreno tinha instalado no quarto de treinos da cobertura.

Lá estava ele, apenas de shorts, esmagando o objeto com seus socos poderosos, como se este fosse o alguém que mais odiava. Seus cabelos estavam ensopados, parcialmente presos, suor escorria de seu peitoral. Taehyung ficou encostado um momento na porta, mas não foi notado um segundo sequer.

Saiu cabisbaixo dali, sem saber ao certo como agir. Jungkook já iria querer lhe contar o que estava acontecendo? Seria melhor esperar que ele viesse falar consigo, ao invés de forçar o assunto mais uma vez? Com essas dúvidas na cabeça, resolveu tomar o café da manhã e ir até o seu atelier ver como estavam as produções das peças da nova coleção.

Saindo do banho, com apenas uma toalha enrolada em seu quadril, deu de cara com seu homem, que vinha ao quarto com a mesma intenção. Ficou parado ao lado da porta, os dois se encararam por alguns segundos, passando um para o outro o tanto de tristeza que sentiam. Mas ainda assim, resolveram em silêncio que, aquela ainda não era a hora certa.

Na hora do almoço, Taehyung encontrou-se com Jin. Precisava desabafar com alguém, e Jin era seu melhor amigo desde a faculdade, foi se padrinho de casamento e seu confidente esses anos todos. Não havia nada que Jin não soubesse sobre a sua vida e, em todas as crises de seu relacionamento, ele estava lá. Assim como Taehyung também estava para ele.

- E então? O que houve com o Jungkook? Ele está bem? - Foi a primeira coisa que o mais velho perguntou, assim que o viu.

- Eu não sei. Isso não é ridículo? Ele sumiu a noite toda e quando chegou, não quis conversar.

- Huh? Ele estava bêbado? Não disse onde estava?

- Não, não estava bêbado. Me disse que voltou para a empresa, que tinha algo a resolver lá.

- Hum... Não sei se consigo acreditar nisso, Tae. Se voltou, porque não podia mandar uma mensagem, lhe atender?

- Calma, você ainda nem ouviu a pior parte! Ele estava chorando! Tipo muito! De soluçar no banho, que nem adolescente.

O rosto do Jin ficou paralisado pelo choque. Nem conseguia pensar em uma situação que fizesse Jungkook chorar. Tudo bem, ele era muito emotivo... Mas o que o faria soluçar feito adolescente? Definitivamente, muito errado!

- Taehyung-ssi... você vai ficar calado? Quero dizer, vai deixar isso pra lá?

- Eu não posso forçá-lo a me dizer nada. Só posso ficar aqui, me corroendo por dentro, esperando ele criar coragem para me contar.

- Você acha que ele pode ter... - Jin sabia que podia ser um golpe muito forte no amigo, mas ele precisava levantar a questão. Algumas coisas haviam acontecido na sua frente e ele precisava tirar à prova se não estava maluco. - Você acha que o Jungkook te trairia?

- Pff! Seokjin, você conhece o Jungkook tanto quanto eu. Você sabe que ele não faria isso.

- E se não fez? E se só pensou e depois se arrependeu? Tudo bem, não o pergunte sobre, espere o tempo dele. Mas, tente descobrir alguma pista!

- Quê? Como assim alguma pista?

- Siga o Jeon! Ele estava chegando mais tarde em casa, mas Namjoon me disse que ele sai sempre no horário. Então, se tem algo errado, está aí!

- Isso é ridículo.

- Tudo bem. Espere ele falar quando quiser e sufoque com essa agonia. Mas se você quiser saber o que está rolando, às seis em ponto estarei na frente do seu atelier esperando para irmos juntos.