CAPÍTULO 15

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Taehyung mais uma vez carregou o corpo fragilizado em seu colo, levando-o até a sua suíte. Por todo o caminho Jimin soltava gemidos baixos, enfrentando a febre alta. Deitando-no na cama, o mais velho saiu procurando pela casa o kit de primeiros socorros, que ele e Jungkook insistiam em ter em cada casa que tinham. Abrindo a caixa, verificou que havia gase,  curativos, remédios para ferimentos, mas nenhum anti-térmico.

Soltando um xinganento baixo, voltou para o quarto, checando mais uma vez o garoto sobre a cama. Jimin havia se encolhido em posição fetal, o edredom lhe cobria por inteiro, deixando apenas seus olhos fechados de fora. Tae tocou a mão em sua testa e bochechas, constatando que a febre estava realmente ali e era muito alta. Ele amaldiçoou a hora em que não pensaram que um termômetro seria necessário.

Jimin tinha parado de murmurar por um momento e Taehyung achou melhor deixá-lo descansar, quem sabe quando acordasse a febre já teria baixado? Sentou-se na poltrona da varanda, enquanto continuava seu trabalho, vez ou outra levantando para olhar o bailarino. Foi quando, algum tempo depois, se assustou ao ouvir um lamento mais alto vindo do amontoado em cima da cama.

Correu para o lado de Jimin e suas bochechas estavam ainda mais vermelhas. O corpo na cama se contorcia em agonia. Desesperado, Tae buscou no celular algum local que fizesse entrega de remédios, mas a praia em que estavam era longe do centro, em um local mais reservado do litoral, e nenhuma rede de entrega chegava lá. Ele decidiu então, pesquisar formas de baixar a febre sem remédios e leu em vários sites que deixar o corpo coberto não era o ideal.

Rapidamente, retirou as camadas de tecido que cobriam Jimin, deixando apenas o pijama em seu corpo. Em seguida, molhou uma toalha para passar no corpo em chamas, outra indicação lida. Cuidadosamente, Taehyung passou a toalha no rosto e pescoço do bailarino. Em seguida, ergueu a camisa no peitoral e passou-a por ali. Por debaixo da roupa, Jimin  parecia ainda mais quente, e isso o assustou mais ainda.

Foi quando decidiu retirar a parte de cima do pijama, para aliviar mais aquele calor. Ao passar a gola pelo rosto do menor, este repentinamente segurou suas mãos paradas no lugar. Ele puxou o tecido felpudo, em direção ao seu nariz, inspirando forte e chamou um nome, fazendo Taehyung congelar no lugar.

- Jungkookie...

O pijama era de Jungkook, claro que ele teria o cheiro de Jungkook. Jimin, mesmo doente, conseguiu identificá-lo. Ele sabia qual era o cheiro do produtor! Depois que sentiu o aroma do homem por quem estava apaixonado, Jimin achou que ele estava ali e se desesperou em seu momento de fraqueza.

- Kookie... Jungkookie, por favor! - Os chamados saíam misturados com gemidos e soluços de choro.

Taehyung se desesperou mais uma vez, por constatar que o menor chamava seu marido, que ele sabia o cheiro do perfume do outro e por achar que ele estava ali consigo agora.  Ele não sabia mais o que fazer para ajudar  Jimin! Nesses momentos de caos, ele sempre travava, mas sempre podia contar com alguém para ajudá-lo, o seu porto seguro, que agora nem fazia ideia do que estava acontecendo ali. Mas ele não tinha escapatória, precisava de Jungkook ali ao seu lado, e Jimin também.

Saiu do quarto e, apenas pensar que toda a sua trama suja seria descoberta, fez as primeiras lágrimas surgirem em seus olhos. Porque tinha feito aquilo? Jimin não merecia ter sido posto nessa posição! Ele deveria ter lidado com seus assuntos ao lado de seu marido. Mas ali estava ele, digitando o número de Jungkook, aos prantos, com Jimin ardendo em febre e chamando por seu homem.

- Jagiya? - Jungkook atendeu com voz de sono, já se passavam da meia noite quando ligou.

- Jungkook-ah! - Tae chamou pelo moreno, entrecortado por suas lágrimas que insistiam em rolar.

PASSO DE TRÊS • VMINKOOK ° Onde histórias criam vida. Descubra agora