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Olhava a paisagem através do vidro do carro, imaginando quando eu estaria aqui, que aquelas ideias que eu tinha de morar fora do Brasil haviam se realizado, graças ao meu bom Deus que me proporcionou isso. Estou aqui agora. Vou sentir falta da minha família, mas com o tempo vou me acostumar a viver aqui, na Califórnia.

- Chegamos, senhorita - o motorista fala, me tirando dos meus pensamentos. - Deu 14 dólares - fala, saindo do carro e abrindo o porta-malas.

- Obrigada, senhor - sorrio, agradecida, entregando o dinheiro a ele, logo que o mesmo me entrega as malas.

- Boa sorte na sua nova vida - acena para mim, e eu faço o mesmo.

No caminho pra cá, eu estava tão nervosa que comecei a falar sem parar. Achava que ele iria se estressar comigo, porém me surpreendi quando começou a interagir comigo, o que me acalmou bastante.

Começo a andar em direção à casa assim que o carro sai. O que eu achava interessante aqui era que as casas eram muito bonitas, grandes e confortáveis, com um preço bom. A casa que eu havia alugado tinha a fachada branca, com algumas plantas subindo pelas paredes com flores vermelhas. Sorrio ao ver as cores vivas e lindas que se encontravam ali. Paro em frente à porta e respiro fundo ao destrancá-la.

Ela é sofisticada e bonita, os móveis eram novos e bem cuidados. Não é daquelas casas de luxo, mas era o suficiente pra mim. Ando pela casa decorando cada canto, subo as escadas indo até o terceiro andar, vendo duas portas em um corredor branco. Abro uma porta e encontro onde seria o meu quarto. Claro que faria uma decoração mais a minha cara, mas, mesmo assim, ele era lindo.

Desço as escadas, pegando as minhas malas e logo as levando para o quarto. Vejo que no meu quarto tinha um banheiro e um pequeno closet, o que me deixou muito feliz. Nunca tive uma suíte na vida, muito menos um closet.

- Acho que vou deixar pra arrumar amanhã, estou cansada - suspiro, falando comigo mesma. O sorriso não saía do meu rosto.

Minha barriga reclama de fome. Vou até a minha bolsa, pegando um biscoito que tinha comprado no aeroporto. - Isso não vai adiantar, preciso fazer compras.

Olho pela janela do meu quarto, vendo uma pequena varanda do outro lado, na casa vizinha. Ando um pouco mais para perto da janela e encontro um garoto me olhando da varanda do seu quarto, com um leve sorriso fechado. Ele acena para mim, e eu aceno de volta.

Parece que alguém o chama, e ele sai da janela. Logo saio também, pegando o celular e procurando um supermercado ali por perto. Desço as escadas para a cozinha para ver se tinha algo nos armários. A maioria das coisas que tinha ali eu nunca tinha ouvido falar. Comidas com nomes estranhos me fizeram rir sozinha, tentando entender o que tinha ali. Escuto a campainha tocar e fico confusa, sem ter a mínima ideia de quem seria. Poderia ser a dona da casa querendo falar algo sobre o aluguel.

Caminho até a porta, abrindo-a e encontrando um garoto magro, meio forte, de cabelos pretos. Parecia ter a mesma idade que eu e segurava um bolo, com um leve sorriso no rosto, o mesmo que estava na janela do seu quarto.

- Oi - ele se pronuncia depois de um tempo que ficamos nos encarando. Momento estranho, por sinal. - Sou seu vizinho. Minha mãe soube da sua chegada e fez um bolo de boas-vindas.

- Oi, muito obrigada - sorrio. - Quer entrar? - Ele assente, e eu o guio até a cozinha para ele colocar o bolo na bancada. - Diz à sua mãe que eu agradeço muito pelo bolo. Aliás, meu nome é S/n.

- Sou o Corbyn. - Nome bonito para um garoto bonito.

- É um prazer, Corbyn - sento na cadeira da bancada, e ele faz o mesmo em outra.

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