Capítulo 139

187 4 0
                                    

— Ele disse que tinha que levar um segurança quando te levou para Campo Grande –respondeu suave– Não sou burra. Ouvi conversas de que seu pai está metido em confusão e ameaçando você e sua mãe. Mas acho que Luan não está envolvido nisso.
— Não. Claro que não –me apressei em dizer.
Bruna não tinha a menor ideia do que estava acontecendo de fato entre mim e o irmão dela. Talvez, era melhor que nunca soubesse.
Começamos a fazer o almoço, mas como Bruna previu, precisava comprar ovos. Haviam apenas dois na geladeira.
– Não posso fazer uma omelete suficiente para nós duas e para os meninos comerem mais tarde com apenas dois –ela soltou uma risada, enquanto pegava a chave do carro e a bolsa- Termine de fazer o macarrão enquanto eu vou no mercado rapidinho. Vão ser só quinze minutos. –ela percebeu a expressão preocupada em meu rosto– Luan não conseguiria chegar aqui em quinze minutos. Isso faz você se sentir melhor?
— Sim. –respondi.
— Fico imaginando o que está acontecendo entre vocês dois. Mas não vou perguntar. Ainda.
Bruna saiu apressada pela porta dos fundos e a fechou. Me senti menos segura.
Terminei de preparar o macarrão e desliguei o fogo. Escutei a porta da frente se abrir e fechar, sentindo um alívio.
Bruna estava de volta.
Ouvi passos pesados e firmes no corredor, apreensiva e virei.
E lá estava Luan, vestindo um jeans manchado, botas e uma camisa molhada de suor. O chapéu estava em uma das mãos. Quando seus olhos encontraram os meus, faiscaram de raiva.
— Venha até o escritório –ele ordenou– Tenho uma coisa para te mostrar –ele girou e se afastou, deixando com que eu o seguisse.
Parei na porta do escritório, mexendo nos botões da blusa de manga cumprida branca que eu vestia. Luan estava segurando o envelope do qual Bruna mencionou que havia chegado pelos correios. De lá, ele tirou uma foto e me entregou.

Coração de PedraOnde histórias criam vida. Descubra agora