— Estou morrendo de fome -falei para minha irmã- Que horas vamos jantar?
— A cozinheira se superou -Bruna respondeu com um sorriso- Risoto de camarão.
— Valeu a pena trabalhar o dia todo -falei- Vou trazer seu jantar aqui, no quarto -avisei para Helena.
— Eu vou descer... -começou ela.
— Não até que o doutor Ribeiro libere você -retruquei em um tom de voz firme- Não queremos uma recaída agora, não é?
— Não, mas o meu braço já está melhor –afirmou ela, movimentando o braço– O inchaço diminuiu bastante.
— Maldita cobra –resmunguei.
— Foi exatamente o que eu disse quando fui picada –garantiu.
Eu sorri.
— Você está com uma aparência muito melhor –meus olhos percorreram a camisola que ela vestia, ousados e possessivos.
|Helena|
A lembrança daquele olhar me manteve ocupada durante todo o jantar.
Luan trouxe meu jantar pessoalmente em uma bandeja, para a surpresa de Bruna, Marcelo e da cozinheira, que colocou um vaso de flores. Depois do jantar Bruna me disse que iria dormir, Marcelo havia saído e Luan veio até meu quarto com uma pasta de arquivo nas mãos e um lápis preso atrás da orelha. Ele vestia um pijama e um robe por cima.
Sentou ao meu lado na cama, encostando-se em uma das pilhas de travesseiros. Em seguida, abriu a pasta e começou a ler.
— O que você está fazendo?
— Estudando os formulários sobre programas de reprodução que o peão de gado trouxe –explicou ele– Nossa reprodução visa as principais características, como baixo peso ao nascer e estrutura magra. –acrescentou, me mostrando as informações da folha.
— Não. Estou querendo dizer... O que você está fazendo aqui desse jeito? –apontei para o pijama que ele usava.
Luan sorriu.
— Vou dormir com você.
— Não vai! –exclamei, ofegante– Para começar, não posso...
— Dormir –ele enfatizou– Vamos fechar os olhos e quando nos dermos conta, o dia já amanheceu.
Relaxei um pouco, mas ainda me mostrava cautelosa.
— As portas estão abertas –disse ele, apontando para a porta– E vão continuar assim. Ninguém vai perceber que eu estou aqui.
Bruna passou do lado de fora da porta e sorriu para mim, de repente se deu conta e voltou para trás, parando na porta.
Luan olhou para ela furioso.
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Coração de Pedra
FanfictionComo homem de negócios e fazendeiro, Luan Santana possui tudo o que sempre quis. Mas Helena Araújo jamais fez parte de seus planos. A doce menina sempre foi apaixonada pelo calado cowboy, embora soubesse que não tinha nenhuma chance... Afinal, ele e...