Capítulo 142

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Pensei em um torniquete, para impedir que o veneno chegasse ao meu coração.
Peguei o lenço que sempre carregava em um dos bolsos e amarrei no antebraço entre a picada e o cotovelo. Em seguida, ergui um galho fino e o utilizei para apertar o lenço. Lembrei de tudo que li em um livro de primeiros socorros e assim fiz. O próximo passo seria pedir ajuda.
Olhei para os lados e a estrada se encontrava deserta. Meu braço estava inchando. Tentei me acalmar, mas não conseguia parar de pensar.
Eu precisaria tomar um soro antiofídico. Será que teriam em algum hospital de Jaraguari? Eu não estava com o celular da minha mãe. Deixei no balcão da cozinha da Fazenda.
O calor estava demais e eu já estava me sentindo zonza. A picada estava doendo muito!
Fechei os olhos, parada no meio da estrada. Se em breve não passasse alguém, seria tarde demais para mim. Minha mente voou até Luan. Lembrei se como ele agiu no baile, me abraçando, me beijando, quase como se me amasse.
— Luan. –sussurrei antes de desmaiar.

|Bruna|
—Mas que merda! –bati no volante, praguejando contra a minha falta de sorte.
Luan havia me ligado, furioso, ordenando que eu jamais recebe-se Helena em nossa casa outra vez. Afirmou que tinha fotos da minha amiga com Marcelo, que davam nojo. Disse também que havia expulsado Helena e que nunca mais queria ela naquela fazenda. Desligou o telefone, antes que eu pudesse  dizer que Helena não tinha como voltar para casa.
Me aproximei da estrada que levava até a fazenda e de longe percebi que havia algo na estrada, poderia ser algum animal morto. Mas, quando cheguei mais perto percebi que não se tratava de um animal morto, e sim da minha melhor amiga desmaiada.
Parei o carro rapidamente, deixando o motor ligado, saltei do mesmo deixando a porta aberta e corri em direção à minha amiga.

Coração de PedraOnde histórias criam vida. Descubra agora