Capítulo 175

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— Sinto muito por isso -disse Henrique para mim- Nós já tínhamos o prendido antes, mas ele fugiu. Agora o prendemos outra vez graças à você -disse ele a Luan- E o parceiro também. Vou conversar com você mais tarde Helena, não se preocupe -acrescentou- Eles estão sendo procurados por assassinato no nordeste. Acho que vai haver uma audiência de extradição em breve. Bom trabalho, Luan. Se algum dia quiser trabalhar para mim...
— Nunca me encaixaria -Luan respondeu- Gosto muito de falar palavrões.
Henrique fez uma careta.
— "Biscoitos e leite" é um excelente xingamento -informou ao amigo.
— Ah!
Henrique saiu do quarto.
Luan se aproximou da cama e me abraçou, com cuidado para não machucar meu braço ferido.
— E agora podemos pensar em tempos mais felizes –disse ele com a voz suave, sorrindo, enquanto me beijava.

Ao chegarmos na fazenda Santana, fiquei hospedada no antigo quarto de Bruna no andar de cima. Aquele era o quarto mais lindo que eu já vi na vida.
— Meu Deus! Esse banheiro é maior que o meu quarto! –exclamei enquanto Luan me carregava em para a cama.
— Nós gostamos de muito espaço –retrucou sorrindo– Está confortável?
— Claro que sim! –exclamei me acomodando.
Bruna e Marcelo entraram no quarto, carregando flores e frutas.
— As flores foram enviadas pelas meninas da clínica –disse Bruna– e as frutas pelo doutor Gustavo.
— Ele sempre te manda presentes? –Luan perguntou, parecia estar com ciúmes.
— Só quando sou picada por cascavéis e acabo internada no hospital. –respondi suave.
Bruna e Marcelo gargalharam.
— Parem com isso –ordenou, enterrando no chapéu na cabeça, quase cobrindo os olhos– Tenho que colocar os rapazes para trabalhar na pastagem. Volto a tempo do jantar –ele sorriu para mim– Quando você melhorar pode fazer pãezinhos para nós.
Soltei uma risada.
— Tudo bem.
— Mas não agora –ele previniu.

Coração de PedraOnde histórias criam vida. Descubra agora