Capítulo 188

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Luan havia planejado uma grande festa de casamento, mas a consciência falou mais alto. Então, no dia seguinte, fomos até o cartório da cidade.
— Eu vos declaro marido e mulher –disse o juiz, olhando para nós dois.
Luan beijou minha aliança e eu fiz o mesmo com a dele.
— O primeiro dia do resto de nossas vidas –repetiu a frase que havia me dito ontem.
— Do resto de nossas vidas –sorri, enquanto ele me puxava para um beijo apaixonado– Eu te amo Luan! –sussurrei quando acabamos o beijo.
— Eu te amo Helena, sempre te amei –disse ele, sorrindo para mim.
— Parabéns senhor e senhora Santana –disse o juíz, que era um velho conhecido de Luan.
— Obrigado –meu marido agradeceu– Vamos, temos que ir para casa–disse, pegando em minha mão e eu assenti.
— Você é mesmo um homem puro e certinho -provoquei enquanto nós estávamos saindo do cartório, usando as alianças de casamento, com a certidão guardada na bolsa em que eu usava.
Luan deu de ombros.
— A suja falando do mal lavado -retrucou ele com um sorriso terno.
Me colei ao seu corpo forte, ainda me sentindo um pouco trêmula e fraca devido a picada da cobra, mas eu estava me sentindo tão feliz que tinha medo de explodir.
— Ainda precisamos fazer uma coisa -lembrei ele.
— Sim. Quer ligar para Carla ou quer que eu ligue?
Entrelacei meus dedos aos dele.
— Eu ligo para ela.
Uma semana depois, aconteceu o funeral da minha mãe. Uma missa na igreja onde eu costumava ir aos domingos, e depois enterramos suas cinzas ao lado de seus pais. Foi horrível, nunca pensei que sentiria tanta dor.
— Não chore meu amor -disse Luan, me abraçando.
— Eu só queria ter tido mais alguns momentos com ela -lamentei, enquanto Carla se aproximava de mim.

Coração de PedraOnde histórias criam vida. Descubra agora