Capítulo 149

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Tentei ligar para Luan, mas ele não atendeu.
Estava à ponto de ligar outra vez quando o delegado Henrique adentrou a sala de espera.
— Tentou ligar para o seu irmão? –perguntou para mim– Desculpa, mas eles não permitem telefonemas na cadeia.
— Ah, não!
— Ah, sim –Henrique retrucou– Não se preocupe em chamar alguém. Eu paguei a fiança dele enquanto não estava em serviço.
Henrique levou uma das mãos até a nuca e coçou a mesma.
— Juro por Deus, os guardas estavam escrevendo os xingamentos que ele gritava. Nunca ouvi um linguajar tão porco em toda a minha vida. Pelo menos, o detetive não vai dar queixa por agressão...
— Ele não vai prestar queixa? Graças à Deus! –exclamei aliviada– Mas por quê?
— Ele fugiu para se salvar. Já os patrões dele, não tiveram tanta sorte –ele exibiu um sorriso genuíno– O detetive Marques e eu estávamos fazendo uma pequena investigação por conta própria, depois do expediente e com uma discreta ajuda de alguns amigos. E descobrimos –continua com o tom de voz baixo– que aquela namorada do Luan, Chloe, e o pai estão atolados até o pescoço em uma rede de tráfico da região. Ele fugiu quando o Marques enviou um agente com um mandado de busca para dar uma olhada lá. Foi a última notícia que tive –acrescentou ele, com uma risada abafada– Mandamos um alerta para todo o estado à procura deles. Acho que não vamos achar os dois tão cedo.
— Coitado do Luan! Ele e a Chloe estavam namorando...
— Fui eu quem pedi para que ele fizesse isso –esclareceu– Luan estava furioso também. Disse que isso estava atrapalhando alguma coisa muito pessoal. Odiei força-lo a fazer isso, mas seu irmão era a única pessoa que tinha acesso a ela.

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