Capítulo 172

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— É mesmo? –perguntei.
— Sim. Então, vamos nos conhecer melhor e só depois vamos tomar decisões importantes. Tudo bem?
Sorri, com o coração transbordando de felicidade.
— Tudo bem.
Uma risada baixa escapou da garganta de Luan. Era a primeira vez que eu me sentia feliz de verdade depois de tudo o que passei.
Luan tirou o dinheiro do banco, e ligou para Henrique. O delegado pediu para que eu ligasse para o meu pai e combinasse uma hora em um local para entregar o dinheiro à ele.
— Você conseguiu! –meu pai exclamou– Você de maravilhosa! Isso vai salvar minha vida!
— Pensei que era para salvar a minha –retruquei desconfiada.
— Claro, a sua –ele se apressou em dizer– Quis dizer que vai salvar a vida de nós dois! Onde quer que eu encontre você?
— Ainda estou no hospital –lembrei.
— Ah, isso mesmo. Acho que posso te encontrar no hospital então –ele sugeriu.
Eu repetia o que ele dizia para que Luan e Henrique escutassem o que ele dizia. O delegado assentiu entusiasmado.
— Sim. Isso é ótimo –falei– Quando você pode vir?
— Em dez minutos –ele respondeu e desligou.
— Ele está vindo para cá –informei– Disse que isso salvaria a vida dele. Não estava nem um pouco preocupado com a minha.
— Sinto muito –disse Henrique– Mas ele nunca se preocupou com o bem estar de outras pessoas. Do contrário, nunca teria enviado aquela cocaína pura para o Bruno, sabendo que aquilo mataria ele.
Suspirei.
— Eu esperava que... –me calei por alguns segundos– Seria bom se ele se preocupasse pelo menos comigo. Mas se ele se importasse teria entrado dentro da jaula do leão, sem pensar nas consequências, quando a vida daquela criança estava em jogo.
— O que você fez –Luan retrucou e eu assenti.

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