Capítulo 173

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— Não pensei em nada, apenas reagi. Meu pai foi processado pelos pais da criança por causa disse, mas eles me chamaram para depois e descreveram os ferimentos que eu havia sofrido por tentar salvar a vida do menino. A família ficou envergonhada e pediu para o advogado encerrar o caso. O menino não ficou assustado e nem se feriu. Mas o juiz não foi tão tolerante. Disse que meu pai devia ter uma jaula mais segura no lugar e fixou uma quantia a pagar para à família do menino.
— Mas naquela ocasião ele já tinha gasto todo o dinheiro com aquela mulher interesseira. Precisou pedir um empréstimo, dando a reserva como garantia para pagar o que devia à família do menino. Ele perdeu tudo. E eu acho que ele pensa que eu devo isso à ele.
— Ao meu ver, ele é quem te deve por isso –disse Luan, seco.
— Concordo –Henrique acrescentou, se levantando– É melhor eu trazer algum reforço para cá e conversar com o serviço de segurança do hospital. –olhou para Luan– Você vai ficar?
— Claro que sim –retrucou– Não vou deixar a Helena sozinha caso o César consiga passar pelo seu esquema de segurança.
Henrique sorriu.
— Acho que ele não vai conseguir, mas é melhor previnir do que remediar. Quer meu um revólver?
Luan soltou uma risada.
— Nunca precisei de um. E não será hoje que vou precisar.
— Tudo bem. Grite se precisar de ajuda. Obrigado, Helena –agradeceu e eu assenti.
Henrique saiu do quarto e eu olhei curiosa para Luan.
— Por que não precisa de uma arma?
— Tive a pontuação mais alta da minha unidade no combate corpo a corpo –retrucou simples– Eu conseguia desarmar meus homens quando eles me atacavam armados.

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