Queen
Aperto meu filho em meus braços e tento me levantar, mas o senhor Sampaio me segura.
- espera e se ela acordar? Com fome ou algo assim.
Paro de tentar me levantar e o encaro.
- em algum momento terei de ir embora e não trouxe bamba para tirar leite, o senhor tem?
Ele nega e eu coço minha sobrancelha.
- eu contrato você.
Ele fala parecendo desesperado, o olho com um sorriso amarelo.
- isso é incrível de verdade, mas eu ainda preciso ir para casa, arrumar minhas coisas e avisar minha família.
Digo calma, minha família, isso seria o desafio, certamente iriam querer fazer uma festa de despedida que duraria a noite toda e teria um provável barraco, precisaria de no mínimo vinte quatro horas antes de voltar.
- vamos com você.
- QUE?
Falo mais alto do que deveria e me recomponho.
- o senhor não vai querer ir comigo.
- por que?
Ele pergunta desconfiado e eu penso em como responder, como eu falo que minha família é louca e estranha e que quando eu contar que vou morar no serviço vai todo mundo para lá.
- por que... Minha família é muito peculiar e muito unida.
- não estou entendendo o problema.
Passo a mão no meu rosto, tudo que eu não precisava era do meu chefe ver da família louca que eu venho.
- sabe, minha família é carinho, briga, discussão e festa, tudo junto e quando eu disser que vou vir para cá, irá haver uma comoção só conseguirei sair de lá de madrugada ou na manhã seguinte.
Digo receosa e ele parece duvidar.
- se o senhor realmente quiser ir tudo bem, mas vou logo avisando que eu não me responsabilizo pelo que irá ouvir.
Me levanto e ele também se levanta.
- o senhor tem certeza?
Pergunto uma última vez e ele concorda, merda, o que eu faço? Como vou manter toda minha família calma sem barraco ou muitos exageros? Desço as escadas pensativas.
Estávamos no meu bairro já e andávamos no limite de velocidade o que significa que o carro está indo bem de vagar e muitos conhecidos me cumprimentam.- você é bem popular por aqui.
Ele diz rindo e eu sorrio também, eu seria a fofoca do bairro por meses, peço para ele virar e já estamos na esquina de casa, respiro fundo já soltando o cinto.
- desde já desculpa pelo que vai acontecer.
Falo quando digo para parar, descemos e pegamos os bebês, estávamos a ponto de entrar quando vejo uma muvuca de crianças saindo.
- EI, EI ONDE VOCÊS VÃO?
Pergunto falando mais alto que as vozes delas que me olham.
- oi Nana.
- oi Nana.Todas me cumprimentam com um abraço dou oi para eles.
- onde vocês estavam indo?
- jogar bola, quer ir com a gente?
Os encaro os dez meninos com as mãos juntas.
- não posso, sábado eu vou, mas seus pais sabem que vocês estão indo?
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babá
FantasySenhorita Marques uma mulher de 23 anos com um filho nos braços a procura de um emprego. Samuel Sampaio acabou de perder a esposa em um acidente de carro e como a vida não para, ele precisa de alguém para ficar com sua filha. Com esse empreg...