babá

amigo

Murilo

Alguns dias atrás (horas depois do incidente do mercado)

— ei hoje o movimento foi fraco em, aqui sua diária, tenha um bom restante de madrugada garoto.

— obrigado, para você também, chefe, até.

Me alongo um pouco sentindo meus músculos tensos e cansados, tinha uma caminhada de dez minutos ainda até em casa.

Saio da boate e a rua está extremamente escura e praticamente deserta, exceto é claro pelas meninas que trabalhavam ali.

— boa noite Chay

—boa noite, como foi na boate?

— fraco, indiquei uns clientes para vocês.

— há sim, pode ter certeza que saíram felizes.

Ela tinha um sorriso safado no rosto que me fez rir, cumprimentei as outras meninas trocando algumas palavras e logo o chefe apareceu para verificar a movimentação.

— oi yuny como está?

—precisando de cliente, já fechou?

— sim, estou exausto, já vou para casa.

O homem concorda e abre um sorriso.

— ainda temos uma longa madrugada antes de descansar, mas vai lá.

Damos um abraço e sigo em direção ao meu apartamento.

— Murilo.

Ouço uma voz me chamando e levo um susto.

— ai caralho, qual foi.

— fiquei sabendo que ainda é barman, está a fim de uma grana? Tem um corre que é 3 certo para cada um.

— sabe que eu não faço corre, mas valeu pela oferta.

Ele tenta insistir por mais um tempo, mas continuo recusando, tentava manter uma boa relação com todos, me salvou de muitos assaltos, mas a certos limites que eu tento não ultrapassar.

Finalmente chego no meu apartamento sinto um perfume que não reconheço, ligo a luz e o vejo parado próximo a janela da sala do lado oposto a porta de entrada, dou mais dois passo à frente e fecho a porta atras de mim.

— é contra as regras, o que está fa...

—Nós precisamos conversar sobre a baby...

Ele faz uma pausa esperando eu raciocinar o que ele tinha dito

—Ela pretende voltar?

—Não

Digo rápido e indignado, do que ele estava falando?

—Tudo bem, não quero atrapalhar a vida dela, mas ela não pode ficar entrando em contato, sabe como as coisas funcionam, uma vez eu consigo manter no sigilo, agora, mais que isso é arriscado, se...

—Eu sei não precisa dizer... você anda vendo a Luna?

O que? A Luna? Não, por quê?

— só ela te ligaria.

— a baby me ligou e pediu um favor, sabe que a amo, mas...

— claro, vou conversar com ela.

— se a Luna voltar diz que eu estou morrendo de saudade e se ela quiser brecar geral nois ta com ela.

Abro um sorriso e concordo.

—Eu digo, mas você sabe que não deveria falar isso alto.

—To pocas com aquele arrombado já, até o velho uva passa as vezes lembra dela e você sabe o quanto isso significa né parça.