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  O caminho foi chato, Elle continuou me dando um sermão de como eu não deveria ter falado nada sobre Queen e Zoe, que ele estava de bom humor e agora estava com a cara amarrada e blá, blá, blá.

— já falei que errei o que quer que eu faça Elle?

Ela nega e quando fala parece triste.

— é só que eu estou cansada de vê-lo sofrer isso já está durando três anos, Queen está fazendo bem a ele, só tenho medo de esse assunto o fazer dispensar ela e continuar a ficar infeliz pelos cantos.

  Ela olha pela janela por um tempo antes de continuar.

— você nem tanto, mas eu acompanhei de perto as brigas dele e da Amélia, uns dias antes da Zoe nascer ele disse que odiava Amélia, que nunca mais queria vê-la, ele não consegue se perdoar por dizer isso, é ainda mais difícil quando ele vê Zoe feliz e tratando Queen como mãe, pode não fazer sentido para nós, mas é ele quem tem que lidar com isso.

  Pego a mão dela tentando passar conforto, para ela foi ainda mais difícil, ela via Amélia como uma filha e passou a gravidez toda na casa de Samuel viu tudo inclusive Amélia definhando na cama, foi o porto seguro deles, tinha que ouvir ambos reclamando e declarando sua infelicidade.

— tudo bem querida, vamos parar de falar sobre isso, não gosto de te ver chorar.

  Digo dividindo meu olhar da rua para ela.

— é só que eu não entendo, porque não se separaram logo, eles sempre foram melhores como amigos que como namorados, diria até que pareciam mais irmãos.

  Ela suspira limpando uma lágrima, parecia se esforçar para não chorar.

— meu amor por favor.

  Estaciono o carro na primeira vaga que vejo e a abraço.

— não chora, o que eu posso fazer?

— me dar uma casa de praia.

  Afasto ela para olhar seus olhos e ela está sorrindo ainda com lágrima nos olhos.

— tudo bem compramos uma casa na praia.

  Digo rindo e limpando suas lágrimas, ela também ri.

— você é tão mauricinho, nem acredito que casei com você.

  Ela diz rindo me fazendo rir também, podia ser brincadeira, mas se ela realmente quisesse uma casa na praia para não chorar ela teria.

— temos que ir querido.

  Ela diz e eu saio com o carro de novo, o restante do caminho nós apenas ficamos falando dos bebês.

— é a próxima casa.

  Procuro uma vaga, estava cheio de carro a rua, vejo Samuel e Queen saindo do carro também mais a frente.

— vocês demoraram.

  Ele diz se aproximando de nós.

— é, tivemos um pequeno imprevisto.

  Elle diz rindo e vamos calmamente até a casa, era simples, até agora tudo como o previsto, assim que passamos pelo portão uma mulher se aproxima de nós com um sorriso.

— oi o senhor deve ser o pai do Samuel.

  A moça sorri e aperta minha mão em cumprimento.

— sou sim, é um prazer.

— o prazer é meu de receber o senhor aqui, espero que se sinta em casa.

  Ela se vira para minha esposa e a abraça ambas riem e por fim cumprimenta meu filho e os bebês.

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