Capítulo 15

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Dulce Maria

- Anahí? O que você quer? Não estou com cabeça pras suas provocações hoje, me deixe em paz.

- Brigas no mundinho Dulce e Christopher?

- Sim, mas não é da sua conta.

- Até que ponto você está mentindo, Dulce Maria?

- C-como assim?

- Eu te conheço a anos, está apaixonada pelo Christopher?

- Claro que não, Anahí, se eu tivesse apaixonada, eu não teria negado os rumores, e mais, eu não me apaixono, eu não namoro, eu nem ao menos durmo com a mesma pessoa mais de uma vez.

- Mas vocês dois transaram, né? - ela perguntou quase que em uma afirmação e eu fiquei estática, como ela ainda me conhecia depois de tantos anos sem termos nenhum tipo de contato?

- N-não, claro que não. Pra que você quer saber isso? Se mete na sua vida, Anahí, pedi para me deixar em paz.

- Vim te dar um aviso, novamente, não magoe meu melhor amigo, ou eu acabo com você!

- Filhona, ele saiu com duas na mesma noite, eu não tenho absolutamente nada a ver com isso.

- Não me importa, eu estou avisando a você. Até mais. - ela se levantou e saiu sem me deixar ao menos responder, e eu estava sem reação com o que tinha acabado de acontecer.

Continuei ali sentada pensando no que tinha acabado de acontecer, Anahí não tinha sido legal comigo, ela nunca seria, mas parecia que ela tinha um instinto quase que de irmão com Christopher, talvez se as coisas estivessem melhores entre nós, eu perguntaria, mas deixei pra lá.

Continuei com o restante do dia de forma tranquila, eu estava ponderando seriamente em voltar ou não para o hotel, não queria dar de cara com Christopher e encará-lo com toda aquela raiva entre nós. Saí dos meus pensamentos quando avistei um antigo amigo, de quando eu comecei a modelar, Juan e eu éramos inseparáveis, ele estudava moda ainda e eu era apenas uma iniciante, me lembro como era divertido trabalharmos juntos, e o tempo poderia passar, a distância podia aumentar, mas nossa amizade nunca mudava.

- Juan, meu amor, como está? - eu disse assim que ele se aproximou, me abraçando, com um largo sorriso. Ele me deu um selinho inocente, como nos velhos tempos e logo nos separamos.

- Muito bem, Maria e você? Está cada dia mais bela!

- Obrigada, Juanzito, mas você não me pegou num bom dia!

- Poxa, eu vi os tabloides, estão muito em cima de você, Dul.

- Nem fala, estou esgotada... - suspirei e senti ele passar seu braço por cima do meu ombro e seguimos andando.

- Eu imagino, minha gata, mas e aí, quem é o bonitão?

- Ele é dono da agência, mas não temos nada, é tudo fofoca.

- Tem certeza? Sabe, vocês formariam um casal lindo, combinam tanto.

- Juan, por favor...

- Dul, já parou para pensar no tanto de coisa que está se privando por seu passado? Por que não se dá uma chance?

- Você sabe o porquê...

- Dulce, você nunca vai sair do lugar se não tiver medo de se arriscar. Nem todos os homens são como David...

- Eu sei que não, apenas tenho medo, e outra, Christopher e eu não estamos interessados um no outro, ele saiu com duas ontem e eu também saí com Louis, lembra dele?

- Sim, um gatinho também...

- Pois é, está tudo bem assim, Christopher não é do tipo que se compromete também, nesse aspecto, confesso que somos iguais.

- Tudo bem então, não vou insistir, mas pense bem no que está fazendo com sua vida, você merece ser feliz e realizada, Dul, e sei que não é totalmente...

- Que droga, você me conhece tão bem. Vou mandar a Angie parar de fofocar minha vida para você.

- Ai que saudades da minha Angie! Como ela está?

- Muito bem, você precisa ir a Nova York nos visitar mais vezes!

- Prometo que vou. - ele disse olhando em seu relógio de pulso e arregalando os olhos. - meu Deus, estou atrasado, a culpa é sua, Maria!

- Minha nada! - eu disse rindo para ele e já o abraçando.

- Sua sim, tenho que ir, meu amor, pense no que te falei, certo? - apenas assenti e sorri sem mostrar os dentes - Nos vemos ainda antes de você voltar?

- Claro, me mande mensagem e marcamos um jantar!

- Ótimo, tchau, meu bem. - ele se despediu de mim com outro selinho, da mesma forma que me cumprimentou.

Resolvi ir para o hotel e finalmente descansar, teria que enfrentar Christopher de qualquer jeito, e como não teria escapatória seria melhor resolver logo esse assunto. Cheguei na porta do quarto e respirei fundo com medo do que eu encontraria, mas me surpreendi assim que abri, ao vê-lo aos amassos com uma morena no sofá do quarto. Agradeci mentalmente por eles ainda estarem de roupas e ter chego bem na hora, além de não estarem na cama em que eu também. Bati a porta com toda força que tinha, fazendo os dois se assustarem.

- Que linda cena, uma dica, não tentem transar em um quarto que está sendo compartilhado, pega mal, já foi melhor, Christopher, quem sabe dessa vez você se lembra. - eu disse com as mãos na cintura e uma voz alta.

- Ucker, você namora? - a morena disse olhando para ele.

- Não, Emma, Dulce e eu somos só amigos.

- Sim, mas você não devia trazer qualquer uma para cá. - peguei a mulher pelo braço, fazendo-a se levantar e arrastei ela para a porta. - Vamos, minha filha, suma daqui. E você, Uckermann, se quer comer ela, vai pra outro lugar.

- Dulce! - ele disse para mim em tom de repreensão.

- Menti? Vai, os dois! Sumam.

- Emma, deixa para a próxima, eu te ligo depois. - vi Christopher falar para ela com uma certa vergonha, o que me deu vontade de gargalhar, mas me segurei mesmo assim. Me virei caminhando em direção ao banheiro e comecei a tirar minha roupa para entrar no banho, ficando apenas de lingerie. - Dulce, o que foi isso?

- Gostou? É renda francesa, comprei ontem.

- Não estou falando da sua roupa, estou falando desse show que você acabou de dar! Ciúmes?

- De novo isso? Christopher, acorda pra vida, meu bem. Você faz o que bem quiser da sua vida, come quem quiser, mas não aqui, não aonde eu durmo também, combinamos isso e você não levou a sério.

- Dulce, coloca uma roupa para conversarmos, eu não consigo me concentrar com seus seios pulando em minha cara.

- Tarado, fique tranquilo, nossa conversa acabou. Agora, me dá licença que eu quero tomar meu banho e descansar, você me estressou o suficiente para um único dia. - sai de onde estava rebolando para provocá-lo e sabia que tinha dado certo, já que ouvi um grunhido sair da boca de Christopher. Entrei no banheiro e sorri vitoriosa com o que tinha acabado de acontecer, eu realmente não deixaria uma situação dessa passar assim.

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