Christopher Uckermann
Saí pela cidade em direção ao hotel de Anahí, por mais que eu amasse minha mãe e ela me desse os melhores conselhos sempre, ela não poderia me ajudar agora, já que não conhece Dulce.
Cheguei e já entrei em direção ao quarto dela, Annie estava me esperando prontamente já que eu havia avisado ela.
— Oi, Tinker Bell. — Eu disse assim que ela abriu a porta, dando um beijo em sua testa.
— Oi, bebito, entra. — passei por Anahí nos sentamos no sofá assim que ela fechou a porta. — Me conta, o que aconteceu?
— Eu não sei bem, Annie, estou confuso, Dulce me confunde.
— Ela não está diferente... Ainda mais depois do que você aprontou ontem.
— Eu vacilei, já sei disso, mas nós conversamos e nos entendemos. Não entendo como ela pode ter ficado com outro. E ela disse que o encontro foi profissional mas eles se beijaram, que encontro profissional é esse?
— Ucker, por que está com tanto ciúmes?
— Eu não sei, Anahí. Não sei, de verdade. — olhei para ela e apenas suspirei. — Na verdade, eu sei sim. Eu gosto da Dulce. — um sorriso iluminou em seu rosto e pude ver seu olhar brilhar. — Mas, eu não quero entrar em um relacionamento, ainda mais com ela.
— O que você quis dizer com isso, Uckermann?
— Dulce é livre, não se envolve com ninguém, não quer relacionamento sério e já notei como ela coloca sua carreira na frente de tudo em sua vida.
— Olha, ela nem sempre foi assim, mas coisas aconteceram em sua adolescência. Dulce também não tem relacionamento algum com a mãe, então, não tem a quem pedir conselhos ou orientação. Ela não sabe conduzir as coisas como devem ser, Christopher, ela sofreu muito e se blindou, você não pode julga-lá já que é igual.
— Eu sei, Annie, e eu entendo, eu só... não sei o que fazer.
— Sabe que ela também gosta de você, né?
— O que? — olhei para ela com um espanto enorme em minha feição, eu realmente não sabia disso.
— Nossa, você é tão bonito mas é burro igual uma porta. Acorda, Christopher, é só notar como ela te olha, quando o olhar de vocês se conecta, parece que tudo para, vocês dois entram no próprio mundinho.
— Isso acontece muito com nós dois, é muito louco...
— Pois então, Deus como vocês são lerdos.
— Mas, se ela gosta de mim, por que ela fez isso?
— Olha, eu não posso te contar, isso você vai ter que perguntar a ela.
— Tudo bem... Acha que ela vai surtar e fugir se eu disser que gosto dela?
— Acho! Mas você também disse ontem enquanto estava bêbado...
— Eu disse? Meu Deus, Anahí! — ela riu jogando a cabeça para trás, aumentando mais meu desespero. — Para de rir, loira, não tem graça.
— Ah, tem sim. — revirei os olhos e logo ela parou de rir, ficando séria novamente. — Olha, conversa com ela, mas vai...devagar, pra ela não se assustar. Dulce é frágil, Christopher, experiências passadas a fizeram assim, e se você realmente não quer um relacionamento sério, deixe isso claro para ela.
— Prometo que vou, Annie, só preciso organizar meus pensamentos.
— Só não a machuque, ok? Não me faça matar você. Somos melhores amigos mas Dulce é minha irmã, não se esqueça disso.
— Vou tentar, Annie. Sei que ela se magoou muito ontem...
— Sim, o que você tinha na cabeça, hein? Justo com a Angel?
— Anahí, eu não me lembro de nada, eu nem bebi o suficiente para ficar mal daquele jeito, eu disse a Dulce que achava que tinha sido drogado pela Angel...
— Olha, daquela ali eu espero qualquer coisa. Como você está agora?
— Ainda sem me lembrar de muita coisa mas pelo menos a ressaca passou.
— Certo, agora que sabemos que Angelique está na cidade, o cuidado tem que ser redobrado, ainda mais com Dulce. A obsessão dela é doentia e Dulce nunca notou.
— Ficarei de olho, pode deixar. Agora preciso ir, Annie, acho que vou conversar com Dulce já. — Eu disse me levantando e indo em direção a porta, sendo acompanhado por Anahí.
— Me conte tudo depois, não me esconda nada.
— Tudo bem. Até mais, Barbie. — dei outro beijo em sua testa e sai do quarto.
— Até mais, bebê.
Rapidamente, voltei para o hotel que Dulce e eu estávamos hospedados. Abri a porta do quarto e ouvi o barulho do chuveiro ligado, não pensei duas vezes em tirar minha roupa e me juntar a ela. Abri a porta do banheiro cuidadosamente, sem fazer barulho algum, e notei que Dulce chorava, corri até o box, e a puxei para um abraço, dando um leve susto nela.
— Você me assustou. — ela disse alguns minutos depois, quando seu choro cessou.
— Me desculpe, não foi minha intenção.
— Tudo bem... — ela disse ainda abraçada comigo.
— Por que estava chorando, Dul?
— Nada demais, as vezes eu sinto...falta de quem eu era, de coisas que eu abri mão... Tudo bem, tudo faz parte de um sacrifício, muita coisa tem acontecido ao mesmo tempo, eu estou sobrecarregada, acho. — suspirei e beijei seus cabelos molhados, a água quente corria entre nós e eu só conseguia pensar em cuidar dela.
— Vamos tomar um banho e nós conversamos, tá bom? — ela assentiu olhando em meus olhos e eu lhe dei um selinho demorado nos lábios.
Peguei o shampoo dela e passei em seus cabelos a massageando cuidadosamente, depois ensaboei seu corpo escultural, e se Dulce não estivesse tão fragilizada, com certeza eu já estaria duro por ela, só de ter essa visão em minha frente. Assim que terminei nela, tomei um banho rápido também e saímos juntos do banheiro, vestindo dois roupões. Deitamos na cama e puxei Dulce para mais perto de mim.
— Quer falar? — eu disse quebrando o silêncio.
— Vou para Milão em dois dias, Chris. — Arregalei os olhos e olhei em sua direção.
— Mas por que?
— Eu... vou sair da sua agência. — eu não poderia estar mais confuso do que agora, o que Dulce queria, do que ela estava falando e por que esse papo agora?
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Out Of Style
Fanfiction+18 | Finalizada | Dulce Maria é uma jovem modelo fotográfica, que transferida para a Casillas Agency. Linda e determinada, Dulce sempre foi fechada em relação à seus sentimentos, mas isso durou apenas até se encontrar com Christopher Uckermann, don...