Capítulo 2

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Dulce Maria

— Olá, Dulcinha.

— Não me chame assim, Alfonso.

— Olá, Dulce. — Sim, eu estava hipnotizada por Christopher atrás de Alfonso, algo nele me prendia de uma maneira estranha, só não sabia definir o que exatamente.

— Oi, Christopher. — ele me deu meio sorriso e voltou atenção para Alfonso na mesma hora.

— Vamos, Poncho, deixe elas em paz. — Christopher tentou puxar o amigo mas ele não se mexeu, arrisco a dizer que estava até meio bêbado.

— Calma, cara, agora a noite só está começando e estou doido para pegar essa morena aqui.

— Você pode, por favor, não falar desse jeito com a minha namorada? — Angel se pronunciou, me fazendo segurar o riso, Alfonso olhou para ela com os olhos arregalados e logo soltou uma gargalhada.

— Vocês não são namoradas, essa não vai colar.

— Somos sim, não que eu precise provar algo para você. — Angel levantou de sua banqueta e deu um selinho demorado em mim, assim que nos separamos, meu olhar se desviou para Christopher, que não tinha uma cara muito boa em seu rosto.

— Alfonso, deixe a Dulce em paz, vamos logo. — ele saiu empurrando o amigo para o outro canto. — Me desculpe por isso, ele está bêbado já.

— Não tem problema... — uma pontada atingiu meu peito quando ele se afastou, não podia entender o real motivo disso.

— Que cara chato, Dul, quem é?

— O fotógrafo e o dono da agência. Obrigada por me salvar dessa, ele passou o dia inteiro me cantando.

— O bonitão que estava atrás não gostou nadinha disso...

— Não, acho que é coisa da sua cabeça, ou então ele deve saber como o amigo é e quer que mantenha a distância por causa do trabalho, nada demais.

— Não sei, amiga, ele parecia nervoso e tenso... Não só com Alfonso mas também comigo.

— Angel, meu amor, está delirando. De verdade, Christopher é muito sério no trabalho, ele sabe o meu "potencial", provavelmente não quer estragar a reputação da agência. — varri o olhar pelo ambiente e pude ver Christopher sorrindo e quase beijando uma loira. Parecendo imãs, ele se virou para minha direção e seu sorriso morreu na mesma hora, pude ver que ele disse algo no ouvido da loira e eles saíram de mãos dadas.

— É, deixa quieto o que eu pensei. — Angel me despertou dos meus pensamentos me assustando, eu estava incomodada?

— Claro. — dei um sorriso fraco a ela que estranhou de imediato.

— Dul, o que foi? Está incomodada com ele e aquela mulher?

— O que? Claro que não, Angel, está maluca?

— Dulce Maria, você não me engana. E você não se apaixona, o que está acontecendo?

— Não acha que está exagerando, não? Não estou apaixonada, Angel, conheço o cara faz cinco minutos.

— Então, o que foi?

— Acho que estou carente, mas só. Ele seria uma boa foda casual mas só, até porque eu não durmo com o mesmo cara mais de uma vez. Eu acho ele bem gostoso e sexy mas é dono da agência, nada vai acontecer.

— E o fotógrafo?

— Chato demais, credo. E acredito que Anahí goste dele, talvez eu o use só para deixá-la irritada mas ficar com ele já é demais.

— Não vai arrumar confusão com ela, Maria.

— Eu não fiz nada, ela que fica me provocando, uma hora vai ter o que merece. — ficamos mais um tempo ali conversando até que dois caras se aproximaram e entraram no assunto, quando percebi, já estava beijando intensamente um deles, não era bem o que eu queria essa noite, mas pelo menos eu seria saciada.

Fomos para o banheiro do bar completamente desesperados e ali mesmo transamos, o sexo foi totalmente ok, mas aliviou minha tensão para passar viva durante a semana. Nos limpamos como pudemos e saímos dali, cheirando a sexo.

— Você podia me dar seu número, assim marcarmos de sair, o que acha? — George disse assim que sentamos de volta em nossos lugares, onde Angel também já tinha retornado.

— Claro. — peguei um guardanapo e comecei a escrever vários números aleatórios. — Aqui está, me ligue.

— Eu irei, gata. — ele me deu mais um beijo e se despediu com o amigo.

— Você precisa parar de dar números falsos para os homens.

— Eles que precisam parar de serem inconvenientes. Esse aí ainda fodia mal, tive que me aliviar com meus dedinhos também. — ela fez uma careta de reprovação e riu.

— Credo, Dulce. — continuamos ali rindo e logo resolvemos ir para casa, afinal era segunda-feira e tínhamos trabalho no dia seguinte.

Christopher Uckermann

Do outro lado do bar...

— Poncho, eu já te disse para parar de dar em cima da Dulce, será possível que você não consegue deixar seu pau dentro da cueca?

— Qual é, cara? É só uma foda, não me diga que não pensou nisso!

— Poncho, sabe quem é ela? Sabe a força do nome dela? Num estalo de dedos ela pode denunciar você por assédio, acabar com sua carreira e a minha agência.

— Então, isso é pela agência?

— Claro que é, por que mais seria?

— Está com ciúmes? — ri alto com a afirmação de Poncho, éramos melhores amigos a anos e ele sabe que eu não sinto essas coisas.

— Acorda, mané. Eu preciso proteger minha empresa de você, aliás já é a terceira modelo que você dá em cima descaradamente, eu deveria te demitir.

— Mas você não vai porque eu sou seu melhor amigo talentoso e renomado.

— Fazer o que... Mas sério, Dulce não!

— Que fixação cara, se não te conhecesse pensaria que quer transar com ela. — ele me olhou e eu apenas arregalei os olhos. — Meu Deus, você quer transar com ela! Cara, vai fundo.

— Não escutou todas as coisas que eu acabei de falar? Serve para mim também, e outra, não posso correr o risco de ela se apegar, pode dar realmente tudo errado e eu não vou me envolver com ninguém.

— Falando em se envolver, olha quem está entrando. — olhei para a porta e vi Ashley passar pela porta. Ela era bonita, loira e não muito alta, era quase que uma foda garantida.

Começamos a conversar e logo Poncho resolveu que iria embora, as coisas esquentaram entre Ashley e eu e passamos a nós beijar com volúpia. Logo a chamei para irmos ao apartamento dela, já que não levava ninguém para o meu. Olhei para frente e meu olhar se encontrou com Dulce olhando em minha direção, algo me prendeu a ela mas não sabia dizer o que. Afastei esses pensamentos e dei atenção à mulher que estava ao meu lado, paguei a conta e fomos em direção ao apartamento dela. A noite seria maravilhosa.

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